Os vários pilotos portugueses em prova na edição de 2010 do Rally Dakar até tiveram boas prestações, apesar de em alguns casos, os resultados da classificação geral não reflectiam esse desempenho. Os pilotos da Mitsubishi Carlos Sousa e Miguel Barbosa foram um espelho disso, ao fazerem ambos uma corrida de recuperação.
"Correu tudo bem e da maneira que prevíamos. Sabíamos que a sair da 32ª posição não íamos ter a tarefa facilitada no que respeita às ultrapassagens. Fomos fazendo o nosso trabalho com algumas cautelas até porque conhecemos pouco do carro. Estamos satisfeitos com o desfecho do primeiro dia", começou por dizer Miguel Barbosa.
"Foi uma especial difícil mais ao estilo de ralis do que de todo-o-terreno e que exigiu bastante de nós. Mas a adaptação foi boa, tanto no que diz respeito a esta realidade do Dakar na América Latina como ao carro, que se está a revelar uma boa surpresa", concluiu.
Para amanhã, o piloto da Mitsubishi está confiante: "Amanhã a posição de saída será melhor o que vai certamente ajudar. Espero continuar a recuperar lugares e a tirar o melhor partido possível do carro. Tanto eu como o Miguel Ramalho fizemos um bom trabalho e esperamos continuar a progredir ao longo dos dias", rematou.
Já Carlos Sousa alinha pelo mesmo diapasão, embora tenha falhado a presença no "top ten" por meros 14 segundos. Mas para quem partiu dos mesmo lugares da classificação que o seu compatriota, até foi um bom dia: "Foi o primeiro contacto com o carro após vários meses de inactividade [n.d.r. Sousa foi operado a uma hérnia há seis meses] e pela frente tivemos logo um tipo de traçado extremamente rápido, a exigir alguma confiança no carro. Mas pior foi constatar o resultado prático das limitações que nos foram impostas a nível de restritor, pois mesmo com o acelerador a fundo não conseguimos ultrapassar os 170 km/h de ponta, quando os nossos adversários directos chegaram a atingir velocidades na ordem dos 190 km/h" começou por dizer.
"A partir do meio da especial, sinto que já não perdi tanto tempo e o carro revelou um comportamento irrepreensível. Cheguei a estar a apenas um segundo do oitavo à passagem do penúltimo CP, mas acabei depois por perder algum tempo nos dez quilómetros finais, porque entrei no pó do concorrente que partiu à minha frente. Achei que não valia a pena arriscar porque já estávamos muito próximos do final. Mas a verdade é que terei perdido uma ou duas posições à geral", declarou.
Contudo, era um homem satisfeito com o seu primeiro dia na estrada. "Para primeiro dia, não está mal. O público foi fantástico na estrada e o carro está óptimo a nível de afinações, pouco ou nada havendo a fazer para aumentar a velocidade de ponta, já que o nosso restritor limita-nos em cerca de 25 a 30 km/h face às restantes equipas. A partir daqui, o objectivo é tentar ir subindo de lugares todos os dias, mesmo se a especial de amanhã seja muito semelhante à de hoje", concluiu.
Outro dos pilotos que esteve em bom plano foi Ricardo Leal dos Santos. Para o piloto, que este ano conta com um navegador, Paulo Fiúza, o seu resultado nesta etapa, 18º lugar na geral e um dos melhores privados, e a bordo de um modelo BMW X5, enquanto que os outros andam de X3, demonstra a boa forma que começaram este rali: "Estou de facto muito satisfeito com o resultado. Sabia que era importante andar bem neste primeiro dia para não ser travado por concorrentes mais lentos, como hoje aconteceu já que estive quase 50 quilómetros para ultrapassar o carro que partiu à minha frente", salienta.
"Inicialmente havia uma zona mais encadeada, boa para o meu BMW, mas nas zonas mais rápidas sei que perdi tempo em relação a concorrentes com máquinas mais equilibradas que a minha. Estar entre os vinte primeiros à partida da 2ª etapa vai ajudar muito", concluiu.
Já no capítulo das motos, o dia foi bom para os portugueses, conseguindo três deles ficar no "top ten". Ruben Faria, o nono da geral, era um homem satisfeito no final da etapa: "Foi muito positivo. Não quis arriscar absolutamente nada, mas ao mesmo tempo queria ficar a conhecer verdadeiramente a minha moto. A primeira parte da especial era realmente muito veloz e aproveitei para me divertir também. Mas a segunda parte da especial era mesmo ideal para as 450 e por aí se explica o resultado do Casteu, o vencedor de hoje."
"A especial de hoje era muito rápida na sua fase inicial, um verdadeiro troço de rallye, e nessa fase da prova consegui passar alguns pilotos e juntar-me rapidamente a um grupo mais veloz. Mas no final surgiu uma zona mais sinuosa, com algumas trialeiras e por isso decidi adoptar uma toada mais calma, sem correr qualquer risco.", concluiu.
Em relação à etapa de amanhã, a postura é confiante mas cautelosa: "Não vamos deliberadamente atacar nesta fase da prova, mas se conseguirmos amanhã estaremos em La Rioja na frente da corrida, mesmo se no papel esta parece ser novamente uma etapa à medida das 450. Logo veremos.", declarou.
"Correu tudo bem e da maneira que prevíamos. Sabíamos que a sair da 32ª posição não íamos ter a tarefa facilitada no que respeita às ultrapassagens. Fomos fazendo o nosso trabalho com algumas cautelas até porque conhecemos pouco do carro. Estamos satisfeitos com o desfecho do primeiro dia", começou por dizer Miguel Barbosa.
"Foi uma especial difícil mais ao estilo de ralis do que de todo-o-terreno e que exigiu bastante de nós. Mas a adaptação foi boa, tanto no que diz respeito a esta realidade do Dakar na América Latina como ao carro, que se está a revelar uma boa surpresa", concluiu.
Para amanhã, o piloto da Mitsubishi está confiante: "Amanhã a posição de saída será melhor o que vai certamente ajudar. Espero continuar a recuperar lugares e a tirar o melhor partido possível do carro. Tanto eu como o Miguel Ramalho fizemos um bom trabalho e esperamos continuar a progredir ao longo dos dias", rematou.
Já Carlos Sousa alinha pelo mesmo diapasão, embora tenha falhado a presença no "top ten" por meros 14 segundos. Mas para quem partiu dos mesmo lugares da classificação que o seu compatriota, até foi um bom dia: "Foi o primeiro contacto com o carro após vários meses de inactividade [n.d.r. Sousa foi operado a uma hérnia há seis meses] e pela frente tivemos logo um tipo de traçado extremamente rápido, a exigir alguma confiança no carro. Mas pior foi constatar o resultado prático das limitações que nos foram impostas a nível de restritor, pois mesmo com o acelerador a fundo não conseguimos ultrapassar os 170 km/h de ponta, quando os nossos adversários directos chegaram a atingir velocidades na ordem dos 190 km/h" começou por dizer.
"A partir do meio da especial, sinto que já não perdi tanto tempo e o carro revelou um comportamento irrepreensível. Cheguei a estar a apenas um segundo do oitavo à passagem do penúltimo CP, mas acabei depois por perder algum tempo nos dez quilómetros finais, porque entrei no pó do concorrente que partiu à minha frente. Achei que não valia a pena arriscar porque já estávamos muito próximos do final. Mas a verdade é que terei perdido uma ou duas posições à geral", declarou.
Contudo, era um homem satisfeito com o seu primeiro dia na estrada. "Para primeiro dia, não está mal. O público foi fantástico na estrada e o carro está óptimo a nível de afinações, pouco ou nada havendo a fazer para aumentar a velocidade de ponta, já que o nosso restritor limita-nos em cerca de 25 a 30 km/h face às restantes equipas. A partir daqui, o objectivo é tentar ir subindo de lugares todos os dias, mesmo se a especial de amanhã seja muito semelhante à de hoje", concluiu.
Outro dos pilotos que esteve em bom plano foi Ricardo Leal dos Santos. Para o piloto, que este ano conta com um navegador, Paulo Fiúza, o seu resultado nesta etapa, 18º lugar na geral e um dos melhores privados, e a bordo de um modelo BMW X5, enquanto que os outros andam de X3, demonstra a boa forma que começaram este rali: "Estou de facto muito satisfeito com o resultado. Sabia que era importante andar bem neste primeiro dia para não ser travado por concorrentes mais lentos, como hoje aconteceu já que estive quase 50 quilómetros para ultrapassar o carro que partiu à minha frente", salienta.
"Inicialmente havia uma zona mais encadeada, boa para o meu BMW, mas nas zonas mais rápidas sei que perdi tempo em relação a concorrentes com máquinas mais equilibradas que a minha. Estar entre os vinte primeiros à partida da 2ª etapa vai ajudar muito", concluiu.
Já no capítulo das motos, o dia foi bom para os portugueses, conseguindo três deles ficar no "top ten". Ruben Faria, o nono da geral, era um homem satisfeito no final da etapa: "Foi muito positivo. Não quis arriscar absolutamente nada, mas ao mesmo tempo queria ficar a conhecer verdadeiramente a minha moto. A primeira parte da especial era realmente muito veloz e aproveitei para me divertir também. Mas a segunda parte da especial era mesmo ideal para as 450 e por aí se explica o resultado do Casteu, o vencedor de hoje."
"A especial de hoje era muito rápida na sua fase inicial, um verdadeiro troço de rallye, e nessa fase da prova consegui passar alguns pilotos e juntar-me rapidamente a um grupo mais veloz. Mas no final surgiu uma zona mais sinuosa, com algumas trialeiras e por isso decidi adoptar uma toada mais calma, sem correr qualquer risco.", concluiu.
Em relação à etapa de amanhã, a postura é confiante mas cautelosa: "Não vamos deliberadamente atacar nesta fase da prova, mas se conseguirmos amanhã estaremos em La Rioja na frente da corrida, mesmo se no papel esta parece ser novamente uma etapa à medida das 450. Logo veremos.", declarou.