sábado, 8 de fevereiro de 2020

WRC: Toyota descarta Fafe

A Toyota descarta a ideia de levar os seus carros para o rali Serras de Fafe, no final do mês, para se prepararem para o Rali do México ou até o Rali de Portugal. 

A equipa, cujas instalações do WRC estão na Finlândia, disse que a chance de imitar a Hyundai em mandar os seus carros não existe. "Não estamos a considerar essa prova e não iremos alinhar.", afirmou um responsável do departamento de comunicação ao site português sportmotores.com.

Apesar de nada se saber sobre o rali de Mortágua, que vai acontecer em Abril, e mais próximo da prova portuguesa, tudo indica que a marca japonesa não vai seguir os passos da concorrência, apesar de nada se saber sobre as intenções da M-Sport em poder alinhar nestas provas. A Hyundai, como é sabido, mandará Ott Tanak e Dani Sordo para as especiais à volta de Fafe e dar espectáculo.

Recorde-se que os carros do WRC podem alinhar nas provas do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), mas não contam para a classificação, nem os seus tempos serão contabilizados para a geral. A prova acontecerá entre os dias 29 de fevereiro e 1 de março.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Youtube Rally Testing: O teste de Ott Tanak para o Rali da Suécia


Recuperado do seu espectacular acidente no Rali de Monte Carlo, Ott Tanak começa a treinar-se para o Rali da Suécia, segunda proa do Mundial e que acontecerá dentro de uma semana. Estando a treinar na Suécia, poderemos ver qual é a situação atual, onde a neve parece ser mais escassa que o habitual na região de Karlstad, no centro do país.  

WEC: Toyota terá dois Hypercars

A Toyota confirma que irá inscrever dois carros para a nova temporada do WEC, que estreará os Hypercars. Sem adiantar detalhes, a marca que está no WEC desde 2012, revelou que os dois protótipos Hypercars de Le Mans estão atualmente em desenvolvimento na sua sede, em Colónia, na Alemanha. 

Tanto o diretor técnico Pascal Vasselon, quanto o diretor desportivo Rob Leupen, estão confiantes de que o projeto está no caminho certo para atingir essa meta. Porém, não há margens para erros e não há tempo a perder, porque o carro tem de estar pronto antes das 6 horas de Silverstone, previsto para o dia 5 de setembro e correr as 24 Horas de Le Mans de 2021.

Quanto a pilotos, a marca dirá que a seu tempo fará um anuncio nesse campo, mas pelo menos dois japoneses estarão no "lineup".

A Toyota é uma marca das marcas que participará na nova classe Hypercar, logo na primeira temporada, pois a Peugeot, que regressará também à Endurance, só colocará o seu carro mais tarde.

Formula E: Governo reprova traçado em Jakarta

O governo indonésio anunciou hoje que não aprovou o cenário traçado na cidade de Jakarta para a Formula E, e terão de encontrar outro local para a realização do ePrix. O campeonato iria utilizar o complexo à volta do Monumento Nacional (Monas), para a corrida do dia 6 de junho, mas o veto governamental faz com que se pense noutros lugares da cidade com 17 milhões de pessoas.

Após o feedback negativo do Secretariado de Estado da Indonésia quanto ao circuito proposto, a Fórmula E está a trabalhar com a cidade para que se possa relocalizar a corrida para outro lugar viável. Assim, a preparação continua de acordo com as circunstâncias.” – disse um porta-voz da Fórmula E.

Esta é a segunda contrariedade no calendário este mês, poucos dias depois do cancelamento do ePrix de Sanya devido à epidemia do coronavirus que está a acontecer na China. Essa prova estava prevista para acontecer a 21 de março. 

A Formula E regressa à ação no dia 15 de fevereiro na Cidade do México.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A imagem do dia

Muito antes de "Grand Prix", Hollywood tinha interesse em dramas automobilísticos. Em 1955, onze anos antes do filme de John Frankenheimer, estreou-se "The Racers", um filme baseado na carreira de Rudolf Caracciola. E tinha Kirk Douglas no principal papel.

A história é simples: Gino Borghesa, um piloto, conhece uma bailarina, Nicole Laurent, cujo cão de estimação causa um acidente na pista. Ela ajuda a adquirir um novo carro e começam um romance, com ele a avisar que o automobilismo está em primeiro lugar. As suas performances eram de tal forma fora de controlo que mata um mecânico e depois causa um acidente numa corrida em Bruxelas, onde é atirado para o hospital. Regressa à competição, mas fica viciado em morfina, para acalmar as dores. 

No final, a sua fama decai, a sua namorada abandona-o e é ultrapassado por um piloto mais novo. 

O filme, a preto e branco, tem como base um livro escrito por Hans Ruesch (1913-2007), um suíço que foi piloto antes e depois da II Guerra Mundial, antes de ser escritor e ativista dos direitos dos animais. O filme teve cenas filmadas durante a temporada de 1954 em pistas como Spa-Francochamps, Nurburgring, Reims e Mónaco. Não foi aparentemente um grande sucesso nas bilheteiras, mas pavimentou o caminho para outros filmes que apareceram nas décadas seguintes, desde "Grand Prix" e "Le Mans", até aos dias de hoje.

Falo disto hoje num tributo a Kirk Douglas, um dos mais carismáticos atores dessa época, que tee uma vida - e carreira - longas, com descendência. Morreu ontem aos 103 anos de idade, sendo um dos últimos moicanos de um tempo que não volta mais.

Apresentações Formula 1 2020 - O Haas VF-20-Ferrari

Antecipando-se à concorrência, a Haas apresentou o seu novo bólido para a nova temporada. O VF-20 parece ter muitas semelhanças com o SF-90 da Ferrari - não se admirem, afinal de contas é a Dallara que ajuda a construir o carro e eles têm uma parceria técnica com a Scuderia - e claro, mantêm os seus pilotos, o francês Romain Grosjean e o dinamarquês Kevin Magnussen.

O carro volta às suas cores habituais, depois de um 2019 com o bólido negro e dourado, para ficar com as cores da malfadada Rich Energy.

"Estou satisfeito em ver o carro retornar às cores mais familiares da Haas Automation, é certamente uma pintura com a qual as pessoas se identificam", começou por dizer Gene Haas, fundador da Haas Automation e presidente da Haas F1 Team. "Francamente, espero que o VF-20 nos faça regressar ao tipo de chassis que corremos em 2018, quando terminamos em quinto no campeonato de construtores. 2019 foi uma época difícil. Passamos por um processo educacional real, que chega a todas as equipas de Fórmula 1 em algum momento. Confio que aprendemos com essas lições e aplicamos esse conhecimento para tornar o VF-20 uma entrada mais competitiva.", continuou. 

"É importante para mim estarmos de volta à mistura e com pontos de pontuação consistentes, certamente temos a capacidade e provamos ser uma organização que podemos fazer”, concluiu.

Romain Grosjean afirmou que isto é meramente um "mostra e conta" e o que conta verdadeiramente é a performance do carro na pista.

"Não estamos fazendo uma apresentação, estamos apenas lançando", disse Grosjean à autosport.com.

"Vamos nos concentrar no essencial e realmente tirar o melhor proveito do carro o mais rápido possível. Estamos esperando para ver como o carro está na pista, temos todos os números do túnel de vento. Acho que aprendemos muito com o ano passado.", continuou.

"Agora, novamente, a única resposta que realmente obteremos é quando dirigimos o carro e vemos como ele se sai na pista", concluiu.

O carro será mostrado ao público no dia 19, no primeiro dia dos testes coletivos de Barcelona

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

CPR: Hyundai vai estar no Serras de Fafe com Tanak e Sordo

A Hyundai confirmou hoje na sua conta oficial do Twitter que Ott Tanak e Dani Sordo estarão presentes do Rali Serras de Fafe para se prepararem para o rali do México... e provavelmente, o rali de Portugal. Como os regulamentos do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) prevêm a presença desse carros, sem contar para a classificação geral e sem que sejam tomados os tempos, a sua participação no primeiro rali do campeonato, no final do mês, trará mais gente às especiais de classificação.

Temos o prazer de anunciar que vamos participar no Rallye Serras de Fafe e Felgueiras, de 27 a 29 de Fevereiro, a primeira prova do Campeonato de Portugal de Ralis 2020. Dani Sordo e Ott Tänak vão estar ao volante de dois Hyundai i20 WRC, com o objectivo de se prepararem para o primeiro evento de terra do WRC 2020, o Rally do México de 12 a 15 de Março” refere a marca coreana no seu Twitter oficial.

Para Sordo, será um regresso, dado que esteve em 2019, num rali onde acabou por vencer, a bordo de um i20 R5.

Apesar disto entusiasmar as pessoas que irão assistir a este rali, na realidade, a presença das equipas oficiais do WRC neste - e provavelmente noutras - provas de campeonatos nacionais é uma forma das equipas oficiais do contornarem as limitações dos dias de testes, e no caso de Fafe é também uma oportunidade dos World Rally Cars rodarem nos mesmos troços que serão utilizados no rali do mundial.

Precisamos de falar sobre o calendário

À altura em que escrevo estas linhas, é provável que o GP da China possa ser, ou adiado, ou cancelado para 2020. Mas não quer dizer absolutamente nada, porque a Liberty Media quer ter um subsitituto para a prova poderá ser cancelada... ou adiada. Seja como for, este ano teremos a estreia absoluta do Vietname e o regresso da Holanda, 35 anos depois, numa nova versão do circuito de Zandvoort, um clássico do automobilismo à beira-mar.

Mas como, por agora, temos Xangai no calendário, dir-vos-ei que temos 22 provas no calendário. A única saída foi o da Alemanha, que provavelmente regressará em 2021. É o calendário mais longo de sempre, e poderá não ficar por aqui. A Liberty Media quer mais corridas, alargando o calendário para 24 ou 25, com a inclusão de uma segunda corrida nos Estados Unidos, em Miami, para ser mais preciso. E claro, outros lugares poderão querer a corrida, como a Arábia Saudita, que poderá injetar 60 milhões de dólares para acolher no calendário, na sua estratégia de abrir o país ao mundo.

Se chegarmos a 25 provas, será quase uma corrida a cada duas semanas no calendário anual. Em 2019, foi a primeira vez desde 1963 que tivemos uma corrida em dezembro, e com o crescente alargamento do calendário, não ficaria admirado se tivermos corridas em janeiro ou fevereiro. No último caso, a última corrida foi em 1982, na África do Sul, e no segundo mês do ano, a mais recente prova data de 1979, com o GP do Brasil, em Interlagos.

Para o fã do automobilismo, pode ser o paraíso, mas para quem anda no circo, é um inferno. Um fim de semana de Formula 1 são seis dias: quarta-feira chegas ao circuito, quinta-feira é passada a montar os carros e reconhecer a pista a pé, e sexta, sábado e domingo para a corrida. Segunda-feira é para empacotar tudo e rumar ao aeroporto mais próximo, rumo à próxima corrida. Multiplicado por 25 são... 150 dias por ano. Mas depois acumula vinte dias passados dentro de aviões, em voos de dez, doze horas, de um lado ao outro do mundo. 170, 180 dias. É metade do ano num trabalho que o coloca fora de casa. Fantástico para um solteiro, mas para alguém casado e com filhos pequenos, é um pesadelo. Mesmo que seja o teu trabalho de sonho, é uma profissão de desgaste rápido. Só os loucos pelo automobilismo é que têm uma longa carreira nisto.

E nem falo sobre os mecânicos, pilotos, administrativos. Os profissionais da comunicação, que acompanham isto o tempo todo, também têm uma vida de saltimbanco. E por vezes, até chegam antes de toda a gente, porque querem conhecer os lugares que visitam. Não devem ter vida própria, mas têm. E digo isto tudo porque há uns tempos, um engenheiro da Haas, Thomas Dob, reagiu violentamente aos elogios de Jean Todt sobre o calendário da FIA. Numa declaração à UOL Esporte, no Brasil, ele afirmou que é uma profissão desgastante.

Segundo ele, devemos estar felizes por não ver nossos filhos. Isso é um ultraje. Esta é a opinião de uma pessoa que vem à corrida na sexta-feira e sai no domingo. Ele não passa tanto tempo na pista quanto nós. Muitos de nós fazemos isso há anos, e encontrar outro emprego não é fácil.”, comentou.

Os que aplaudem as corridas no sofá não fazem ideia de como este sonho se torna num pesadelo. A NASCAR, por exemplo, tem um calendário muito maior, mas todas as corrias são nos Estados Unidos. Ali, as equipas sempre podem fazer uma maior rotação entre mecânicos e engenheiros, para evitar o desgaste e as saudades de casa. Toda a gente tem familia, e as ausências ressentem-se. 

Outro que criticou recentemente este alargamento do calendário foi Franz Tost, o homem forte da (agora) Alpha Tauri, que afirmou à americana Racer que 22 provas é o limite absoluto.

Se tivermos mais corridas no futuro, acho que as equipas precisam trocar de pessoas – mecânicos, engenheiros. Caso contrário, seria demais para elas.", começou por dizer.

Não, não fizemos alterações [este ano]. É apenas uma corrida a mais que no ano passado. O prazo é quase o mesmo do ano passado. Há mais uma corrida durante a temporada, mas não precisamos mudar as pessoas rotativamente. Começamos em março e a última corrida é no final de novembro, não há uma grande mudança", continuou.

Em 2019, começamos a temporada no dia 17 de março e terminamos no dia 1º de dezembro. E em 2020, começaremos no dia 15 de março e a última corrida será no dia 29 de novembro. Não há grande diferença.

Tost pode até dizer que aguenta mais uma prova, mas é o limite. A partir dali, é território desconhecido. É certo que a Liberty Media quer mais dinheiro injetado na competição, ter mais corridas, mas isto não é a NASCAR. 24, 25, 26 provas espalhadas pelo mundo... e ainda há as férias de agosto, onde por três semanas, não se pensa na Formula 1. Imaginem se algum dia isso acabar?

Sou do tempo em que a Formula 1 tinha 16, e todos andavam felizes, sem grandes queixas. Mas mesmo assim, andar quatro, cinco ou mais meses fora - porque havia as semanas de testes em lugares quentes como o Rio de Janeiro ou Kyalami, na África do Sul, onde as pessoas poderiam até descontrair entre testes. Agora, não: é uma vida sempre a correr, entre circuitos e aeroportos. Onde está o prazer nisso? Pode ser excitante por uma, duas ou três temporadas, mas ao fim de meia dúzia, são poucos os resistentes, são os que querem realmente isto e não têm familia à espera em casa. Ser um eterno saltimbanco, por muito que gostem do desporto.

Em suma, tem de haver um limite no calendário, sob pena de isto se descontrolar, e o sonho virar pesadelo.. 

Youtube Motorsport Interview: A entrevista de Daniel Ricciardo no "The Daily Show"

Por estes dias, o Netflix vai apresentar a segunda temporada do "Drive to Survive", que deu acesso aos bastidores de uma temporada de Formula 1, neste caso, a de 2019. E o "The Daily Show" decidiu convidar para a ocasião o australiano Daniel Ricciardo, para falar sobre a série, a sua temporada e outras coisas mais. Acho que vão gostar.

WRC: Versão mais curta do Rali da Suécia vai ter lugar

A organização do Rali da Suécia confirmou esta quarta-feira que a prova irá avançar, mas numa versão mais curta. Menos seus especiais, o rali terá apenas 180 quilómetros de especiais cronometradas, espalhadas por quatro dias. Vai ser algo parecido com o que aconteceu em 2016, quando problemas semelhantes fizeram com que a prova tivesse o mesmo desfecho.

"É fantástico poder confirmar que o Rali Suécia vai avançar”, começou por dizer o CEO do evento, Glenn Olsson. “Muitas pessoas têm trabalhado muito nos últimos dias para que pudéssemos chegar a este ponto, e estou também muito feliz pelos adeptos, telespectadores e concorrentes, pois vão poder desfrutar de uma das provas mais espetaculares do WRC. Vamos receber os adeptos nas florestas, como planeado”, continuou.

Assim sendo, o rali arranca na quinta à noite com a partida na pista de cavalos de Karlstad, e termina no domingo na Power Stage de Likenas, mais concretamente na sua segunda passagem.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Formula E: Apresentada nova versão do Gen2

A organização da Formula E apresentou hoje uma nova versão do seu bólido. A versão 2.2 do seu carro tem novos apêndices aerodinâmicos nas suas asas, bem como uma barbatana atrás do cockpit do piloto. De acordo com a organização, as mudanças foram pensadas para dar um novo "look" aos carros e para penalizar mais os contatos em pista, de forma a minimizar a agressividade de certas manobras.

A asa frontal é muito parecida com a usada na geração 1, e as rodas não estão mais cobertas, o que até pode ajudar a performance dos carros. Não há grandes alterações em termos de potência de um carro que será usado nas temporadas de 2020-21 e 2021-22, as primeiras em que a Formula E terá a chancela oficial da FIA, antes da chegada da Gen3, na temporada de 2022-23, onde poderá ser usado um sistema rápido de carregamento de energia, semelhante aos reabastecimentos da Formula 1.

O Gen 2 já se destaca como um dos carros de corrida mais impressionantes a entrar em pista e, assim como o nome indica, o Gen 2 Evo é uma evolução do design ”, disse Alejandro Agag, CEO da Fórmula E.

Como fizemos com o carro de primeira geração, o Gen 2 Evo recebeu uma carroceria com perfil repensado para o tornar mais elegante e ágil. Este carro ficará para sempre nos livros de história como o primeiro a disputar o Campeonato Mundial de Fórmula E da ABB FIA.

Gostaria de agradecer ao presidente da FIA Jean Todt e à sua equipa por tornar esta evolução possível. O design futurista mostra mais uma vez a Fórmula E como a categoria de inovação em avanços tecnológicos e aparência.“, concluiu.

O campeonato prossegue no próximo dia 15 de fevereiro na Cidade do México.

Vamos ter neve na Suécia?

O Rali da Suécia é dentro de semana e meia, mas o tempo é motivo de preocupação por parte dos organizadores e claro, do próprio WRC. Apesar de haver queda de neve, as altas temperaturas na região fazem com que a neve derreta demasiadamente rápido para viabilizar o rali. Assim sendo, a FIA está a monitorizar a situação para saber se é possível ter o rali, depois da organização ter hoje decidido cancelar o Rali da Suécia Histórico.

"A neve caiu na região dos ralis nos últimos dias. Mas o clima fora de estação e as previsões atuais continuam preocupando a adequação das estradas nas etapas especiais para permitir que o evento prossiga conforme o planeado", afirma a direção do WRC no seu comunicado oficial.

"Um maior alinhamento com as equipas de fabricantes ocorrerá e a FIA realizará uma inspeção no local das etapas no início desta semana. Continuamos a examinar todas as formas possíveis para garantir que o rali prossiga. As condições estão sendo monitorizadas constantemente e a situação será reavaliada com todas as decisões necessárias a serem tomadas nesta semana.", concluiu.

Não é a primeira vez que a organização tem problemas com a neve acumulada nas classificativas. Foi cancelado em 1990 por causa das altas temperaturas, e em 2005 e 2016, foi afetado com o derretimento da neve em muitas das classificativas, danificando os pneus dos concorrentes.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

As alternativas a Xangai

Escreve-se isto a 3 de fevereiro de 2020. Ontem, a Formula E confirmou que o ePrix de Sanya tinha sido adiado para mais tarde, mas todos estão convencidos que será cancelado para esta temporada. A epidemia do coronavirus está forte no Império do Meio e ainda falta alcançar o pico da gripe. E com a competição elétrica - que era suposto acontecer a 21 de março - o que vêm a seguir é a Formula 1, previsto no calendário para o dia 19 de abril, duas semanas depois da estreia da categoria no Vietname.

Quer a FIA, quer a Liberty Media, quer os organizadores estão atentos, e o cancelamento é a última hipótese. Assim sendo, a chance que surgiu nas últimas horas é a da troca com a Rússia, para o dia 27 de setembro, o final do verão, julgando assim que a epidemia já esteja controlada, senão dominada e adormecida. Agnes Carlier escreveu sobre essa chance no site Speedweek, mas contactado pelo mesmo site, a federação russa ainda não recebeu nada da parte dos chineses sobre uma possivel troca no calendário.

Por outro lado, o site espanhol extraconfidencial.com revela que Chase Carey esteve em Jerez há quase duas semanas sobre a chance de receber uma jornada extra da Formula 1, agora como substituta do GP da China - provavelmente, seria o regresso do GP da Europa - mas mais tarde, como uma substituta do GP de Espanha, que está em Barcelona desde 1991, mas que tem lutado ultimamente com problemas financeiros, apesar do apoio financeiro da "Generalitat", que reconhece a importância da corrida nas finanças locais. Apesar de Jerez ter recebido a Formula 1 em 1994 e 1997, como GP da Europa, a última vez que a Formula 1 correu nesse local como GP de Espanha foi em 1990.

Uma coisa é certa: já ninguém conta com o GP da China na data prevista. O local onde em 2019 foi palco do GP numero 1000 da sua história poderá ser alvo de um adiamento, e vai ser uma questão de tempo até acontecer. Resta saber se vai ser tranquilo, procurando por uma troca com outra prova, ou mais radical, no sentido de uma "force majeure", como aconteceu há nove anos com o GP do Bahrein. 

No Nobres do Grid deste mês...


(...) Em 1977, Steve McQueen vai a uma casa no Kentucky falar com o seu proprietário. Conversam num instante sobre um artigo que ambos têm interesse, e faz uma oferta aparentemente irrecusável. O proprietário ouve-o com atenção, mas no final, acaba por recusar a oferta. Isto foi um negócio privado, uma conversa privada, mas o senhor recusar tal oferta de um dos atores mais bem pagos de Hollywood parece hoje descabida, mas aconteceu. 

O senhor com quem McQueen falara chamava-se Robert Kiernan. Ele tinha na garagem o Mustang Fastback que fora usado nas filmagens, e tinha comprado três anos antes a um policia de New Jersey, depois deste o ter comprado num leilão da Warner Bros. Kiernan reparou no carro à venda depois de o ler na secção de classificados da revista "Road & Track". Depois de falar com o policia, comprou-o por seis mil dólares.

McQueen nunca mais tentou falar com ele. Morreu a 7 de novembro de 1980 aos 50 anos de idade, sem ficar na posse do carro.

(...)

Em 2014, Robert Kiernan morre e cabe ao seu filho, Sean Kiernan, herdar o espólio. Ele decide que é altura de tirar os panos que o cobrem e voltar a ver a luz do dia. Quando o Fastback original é anunciado, no final de 2017, é uma sensação que percorre a América e o mundo. Afinal de contas, ele existe mesmo. (...)

Por quase meio século, "Bullit" tornou-se num filme icónico para toda uma geração, e o carro envolvido e guiado por Steve McQueen entrou nos desejos de uma juventude que via nos "muscle cars" um símbolo de liberdade e felicidade que terminou algum tempo depois na primeira crise do petróleo, em 1973.

Com o passar do anos, e da morte de McQueen, muitos queriam saber do seu paradeiro. Tinha desaparecido, ao ponto de muitos acreditarem que o carro tinha sido desfeito, sucateado e nunca mais recuperado. Na realidade, estava guardado numa garagem anónima, esperando pelo melhor momento para aparecer de novo. Quando apareceu e foi autenticado, o furor foi enorme, e no inicio deste ano foi o Mustang mais caro de sempre a ser vendido em leilão.

E é sobre o filme e a saga que o carro passou ao longo de quase meio século que falo este mês no Nobres do Grid.

Youtube Motorsport Video: Surfers Paradise 1991


Na semana da morte de John Andretti, morto aos 56 anos de idade, depois de dois anos e meio de luta contra um cancro do colon, recordo aqui a sua primeira e única vitória na IndyCar, na primeira corrida da temporada de 1991 da CART, no circuito australiano de Surfers Paradise. 

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Youtube Motoring Ad: Groundhog Day 2020

Hoje é o "Dia da Marmota" (Groundhog Day), e esse di ficou tremendamente conhecido graças ao filme com o mesmo título (que aqui ficou com nome Feitiço do Tempo). O filme tinha como ator principal Bill Murray, para além de Andie McDowell, e como este dia calha exatamente no dia do SuperBowl, a Jeep fez um anuncio sobre esse dia, para estrear no SuperBowl. 

E o resultado é este.

Noticias: Mercedes desmente rumores de saída da Formula 1

Os rumores sobre uma possível saída da Mercedes da Formula 1, caso a reunião da direcção da marca no próximo dia 12 decida nesse sentido, agitaram as águas entre os que seguem automobilismo. Contudo, O CEO da Daimler, Ola Kaellenius, diz que o rumor que coloca a Mercedes fora da Fórmula 1 é falso. Durante o German Auto Industry, em Berlin, na semana que passou, Kaellenius respondeu diretamente a esta pergunta com um "não é verdade."

Apesar de tudo, sabe-se que até ao dia 12, muitos irão ter dúvidas sobre a veracidade das declarações de Kaellenius e outros dirigentes da marca alemã. É verdade que existe o DNA automobilístico na marca, mas os maus resultados recentes em termos de vendas automóveis, a vontade de mudança na direção - um maior investimento na Formula E em detrimento da Formula 1 - entre outros motivos, poderão alterar os planos a médio e longo prazo.

Eu sou o responsável pelo desporto motorizado, mas também sou o primeiro a dizer que a indústria automóvel está a mudar. A Fórmula 1 e o desporto motorizado é algo que está no nosso DNA. O primeiro carro de Mercedes foi um carro de corrida. Precisamos de nos tornar mais eficientes, solidificando o nosso negócio e reduzindo a participação da Daimler.”, disse Toto Wolff, em declarações ditas no passado mês de novembro.

Formula E: ePrix de Sanya cancelado

O coronavirus já fez a sua primeira vítima automobilística: o ePrix de Sanya, que deveria acontecer a 21 de março, foi oficialmente cancelado pela organização. No comunicado oficial da competição, a organização afirmou que, devido a crescente preocupação com a epidemia e com a declaração de emergência internacional por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), decidiu não correr na data inicialmente prevista.

Contudo, apesar do cancelamento, a organização da Formula E, bem como as autoridades locais, estão a estudar possiveis datas no calendário para uma eventual viabilização da corrida ainda nesta temporada. 

"Estamos a trabalhar em estreita colaboração com nosso parceiro regional, das autoridades locais da província de Hainan e do governo municipal de Sanya, para continuar monitorizando a situação à medida que ela se desenvolve. Todas as partes levarão o tempo necessário para estudar a viabilidade de possíveis datas alternativas, caso a situação melhore.", encerra o comunicado oficial.

Caso não se realize nesta temporada, o calendário será reduzido para treze provas, encerrando com a jornada dupla de Londres, a 25 e 26 de julho. A próxima prova da competição acontecerá dentro de duas semanas, com o ePrix da Cidade do México.