sábado, 28 de junho de 2025

Formula 1 2025 - Ronda 11, Áustria (Qualificação)


De regresso à Europa, depois de uma passagem pelo Canadá, a Formula 1 regressa para a Europa para aproveitar o fresco verão do vale de Spielberg, no centro da Áustria, a Formula 1 chega a um lugar onde as bancadas acolhem bem a cor vermelha. Só que, se antes era a cor da casa de Orange, do país do titular do carro da Red Bull - que corre em casa, diga-se de passagem - agora, é um laranja mais de tom papaya que domina as pistas, e isso pode ser ressentir um pouco nas bancadas em termos de euforia. Mas se perdem nessa parte, a esperança continua a ser grande, esperando por um truque na manga por parte do seu salvador da pátria, Max Verstappen, o mais recente neerlandês voador. 

Para os lados de Woking, a esperança era grande, mas tinham um problema em mãos, por causa do desfecho da corrida anterior. Se Lando Norris pode ter dado um tiro no seu próprio pé, perseguindo por uma abertura que só existia na sua cabeça, o consolo foi que não eliminou o seu companheiro de equipa. Podem não estar muito preocupados com isso porque, por um lado, ainda há muito campeonato, por outro, as coisas estão controladas. E ainda confiam que Norris ainda tem qualidades suficientes para tirar uns trunfos na manga e celebrar alguns feitos. 

E um deles poderá ser neste sábado, provavelmente na frente dos red Bull.

Um belo tempo de verão os acolhia em Spielberg, e claro, as expectativas são grandes. Especialmente numa altura em que bate nas bilheteiras a verão "hollywoodesca" da competição, do qual esperam que seja o "blockbuster" de verão que todos desejam. 

Com calor e algum atraso por causa das cambalhotas da Formula 2, a qualificação começou com alguma gente do meio do pelotão, como os Aston Martin, e o Williams de Alex Albon, antes do pessoal mais graúdo entrar em cena, cerca dos cinco minutos da sessão, quase metade. 


Max Verstappen subiu temporariamente à liderança, sendo empurrado par ao segundo lugar por Norris, mais rápido quase meio segundo que o piloto da Red Bull. Enquanto isso, Oscar Piastri teve uma ligeira saída de pista que lhe custou demasiado tempo. Na segunda tentativa, o australiano ficou atrás do colega de equipa, a uma distância de 0,3 segundos.  

No final da Q1, enquanto Liam Lawson espantava tudo e todos com o terceiro tempo no seu Racing Bulls, seguido de Pierre Gasly e Isack Hadjar, quem ficava com a fava era o Williams de Carlos Sainz Jr, depois de ter sido passado pelo Mercedes de George Russell no último instante. Para além de Sainz Jr, os restantes eliminados foram o Sauber de Nico Hulkenberg, o Red Bull de Yuki Tsunoda, o Haas F1 de Esteban Ocon e o Aston Martin de Lance Stroll. 

Pouco depois, quando começou a Q2, os Ferrari foram os primeiros a irem para a pista, com Leclerc a ser o primeiro, seguido por Hamilton. Com pneus usados, começaram a sessão com tempos na casa do segundo cinco (1.05).


Depois deste primeiro espetáculo providenciado por Maranello, Ferrari, os restantes pilotos entraram em cena para as primeiras voltas desta sessão. Liam Lawson, com pneus novos, subiu ao topo da tabela de tempos, com Isack Hadjar em terceiro, numa clara demonstração de que a Racing Bulls estavam numa boa tarde. Max Verstappen, com pneus novos, agarrou o primeiro lugar. George Russell (pneus usados) fez o terceiro registo, antes de Norris marcar um tempo que fez suplantar toda a concorrência, na frente de Piastri, Leclerc, Hamilton e um muito descontente Verstappen, afirmando via rádio que o carro era impossível de pilotar.


A cinco minutos do fim, as bandeiras vermelhas foram acionadas com a relva que ladeia os primeiros metros da reta da meta a incendiar-se. Descobroiu-se depois que o culpado tinha sido Hamilton, e por alguns minutos, os bombeiros estiveram no centro das atenções.

Quando o incêndio foi por fim apagado, a qualificação recomeçou com a corrida para os dez lugares finais. De facto, os carros deram o seu melhor, especialmente Max Verstappen, que melhorou para 1.04,836, mas não foi além do terceiro lugaer provisório, para depois ser batido por Charles Leclerc, que marcou 1.04,734.

Os eliminados foram os seguintes: o Aston Martin de Fernando Alonso, o Williams de Alex Albon, o Racing Bulls de Isack Hadjar, o Alpine de Franco Colapinto e o Haas F1 de Ollie Bearman. Em contraste, ver o Sauber de Gabriel Bortoleto e o Racing Bulls de Liam Lawson na Q3 é uma recompensa pelo trabalho bem feito. E claro, os brasileiros sonham. 


E assim, chegamos à Q3. 

Durou alguns minutos, mas quando começou, foi umas confusão do qual não houve consequências maiores. 

Norris tinha uma mão na pole, mas faltava a última volta do dia, a que decidia a pole para amanhã. Verstappen era o primeiro da fila e tentava aproximar-se da frente, numa sessão que não corria bem até ao momento. E foi ali que deu espectáculo, ao ir para a pista e marcar 1.03,971, um tempo abaixo dos 64 segundos, algo que é de louvar. 


E foi mesmo: Leclerc ficou a meio segundo do piloto da McLaren, com um tempo de 1.04,492, e mais longe ainda ficou Oscar Piastri, com 1.04,554. Max, o "piloto da casa" conseguiu "apenas" o sétimo melhor tempo, a quase um segundo, o que mostra até que ponto Norris mostrou a toda a gente que na qualificação, é o maior. Volto a frisar... na qualificação.

Amanhã, dia de corrida, é ver até que ponto tudo isto se confirma. Ou aparecerá mais alguma coisa de interessante. 

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