quarta-feira, 13 de agosto de 2025

A imagem do dia



Há 30 anos, acontecia algo bizarro. E a culpa nem foi do piloto. 

Na volta 13 de uma corrida que ficou assinalado pelo regresso de Pedro Lamy à Formula 1, depois de 15 meses de ausência, pilotando o Minardi M195, no lugar de Pierluigi Martini, e pelo motor Peugeot de Rubens Barrichello a rebentar na reta da meta nos metros finais, perdendo um pódio certo, o Footwork de Taki Inoue parava por causa de um problema de motor. Com este a pegar fogo, o piloto japonês saiu do carro a correr, sem saber que, na sua direção vinha um Tatra a servir de carro de comissários, pronto para ajudar a apagar as chamas do seu carro.

E... foi atropelado. Francamente, não recordo de nenhum piloto ser atropelado por um carro, nem antes, nem depois. Outras coisas semelhantes, sim. Mas isto era inédito. Agora imaginem ver isto num domingo à tarde, um adolescente a aproveitar as suas férias de verão, a assistir a isto. Não me lembro de ter ficado de boca aberta, mas... não ficaria admirado.  

As pessoas podem pensar que o trapalhão foi ele, mas bem vistas as coisas, foi mais uma confusão do qual ele foi mais vitima que réu. 

E o mais estranho é que isto não era a primeiras vez. Em maio, no Mónaco, tinha sido vitima de mais um acidente causado pelos comissários de pista, nomeadamente pelo Renault Clio guiado por Jean Ragnotti, que servia da Safety Car nessa corrida. O carro ficou destruído e o piloto acabou no fundo da grelha, acabando por largar das boxes. 

Felizmente, na Hungria, como no Mónaco, Inoue saiu ileso. Podia ter sido pior, mas ele era suficientemente rijo para que estas fotos passassem mais por um momento insólito que algo mais sério. E foi há 30 anos, num domingo de calor na Europa central. 

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