Na Hungria, a Ferrari utilizou a nova suspensão traseira, desenvolvida com dois objetivos principais – reduzir o desgaste da prancha de madeira sob o carro, que não pode perder mais de 1 milimetro dos 10 milímetros originais, e conferir maior estabilidade nas travagens. Se o segundo foi alcançado, o primeiro acabou por não acontecer, e com isso veio uma cadeia de compromissos técnicos que sabotaram o desempenho do piloto do carro 16.
Primeiro, os técnicos da Ferrari ordenaram que Leclerc alterasse os parâmetros da unidade motriz, para preservar combustível e reduzir a potência disponível, evitando assim danos na placa de madeira. Depois da segunda paragem nas boxes, esses mesmos técnicos decidiram ainda aumentar a pressão dos pneus, numa tentativa de recuperar a margem de segurança regulamentar para o desgaste da placa de madeira. Mas a medida retirou tração e aderência ao chassis SF-24, deixando Leclerc com um carro subvirador, pouco responsivo e incapaz de manter o ritmo dos rivais, fazendo com que acabasse fora do pódio e claro, queixoso em relação a estas decisões.
O que acontecerá depois deste desempenho na Hungria? A sensação que se passa é que foi uma oportunidade perdida, de um carro que se esperava estar a par da Ferrari, como chegou a estar em algumas ocasiões no inicio da temporada, e agora, parece que luta por uma posição no pódio a par de Mercedes, mas ambos distantes da McLaren, que estão a triunfar em boa parte das corridas nesta temporada. E pior: Lewis Hamilton, outro dos seus pilotos, ficou sem pontuar na temporada, a primeira vez que aconteceu - excluindo a desclassificação na China.
Agora resta saber se haverá algo para corrigir nas próximas corridas, porque no inicio de setembro, a Formula 1 vai a Monza, e eles irão querer fazer um bom desempenho na sua corrida caseira.

Sem comentários:
Enviar um comentário