De acordo com a família, Moffat morreu numa unidade de cuidados continuados em Melbourne, onde estava há algum tempo. Ele sofria de Alzheimer desde 2019, altura em que entrou no Australian Motorsport Hall of Fame.
Nascido a 10 de novembro de 1939 em Saskatoon, no Canadá, foi para a Austrália aos 17 anos com a sua família, quando o seu pai, que trabalhava para a firma de tratores Massey Ferguson, foi transferido para esse país. Começou a correr com um Triumph TR3, e em 1964, começou a correr num Ford Cortina Lotus. Dois anos depois, em 1966, foi para os estados Unidos para correr na Trans-Am, ganhando uma corrida, também com um Ford Lotus Cortina. Nos anos seguintes, até 1969, dividiu o seu tempo entre os Estados Unidos e a Austrália, correndo com Ford Mustang, pela Shelby, e com um Mercury Cougar, pela Bud Moore Engeneering.
No final de 1973, a Ford sai de cena em termos oficiais e Moffat, continuando com máquinas dessa marca, montou a sua equipa para 1974, ganhando duas provas e acabando em terceiro no campeonato. Andando um pouco fora do país, Moffat ganha as 12 Horas de Sebring, num BMW, e participou em mais algumas provas fora da Austrália, sem o mesmo sucesso de Sebring. Retomou em 1976, para ser novamente campeão pela Ford, mesmo com um problema sério, quando o transportador onde levava o seu carro, pagou fogo e acabou em perda total.
Depois disto, até ao final da década, Moffat, que tinha sido condecorado com um OBE pelos seus serviços ao automobilismo - curiosamente, como canadiano, porque só se tornou australiano... em 2004! - mas seu resultados de relevo. A sua participação nas 24 Horas de Le Mans de 1980, num Porsche 935 da Dick Barbour Racing, ao lado dos americanos Bobby Rahal e de Bob Garretson, ficou-se pelo caminho, quando eram quartos na corrida.
Em 1981, Moffat choca os fás quando sai da Ford e vai correr pela Mazda. Com um RX-7, ganha os campeonatos de Endurance de 1982 e 84, foi segundo no Bathurst 1000 em 1983, um ano depois de ter regressado a Le Mans, ao lado dos japoneses Yojiro Terada e Takashi Yorino, onde foram sextos na classe GTX. Em 1983, também, ganhou o campeonato australiano de Turismos pela quarta vez e dois anos depois, o campeonato australiano de Endurance.
Depois de ter saído da Mazda e feito um ano sabático em 1985, foi para a Holden em 1986, correndo ao lado de Peter Brock - apesar da rivalidade, eram bons amigos - mas com quase 50 anos, e com o Holden Commodore, os resultados não foram muito memoráveis. Em 1987, foi para o Mundial de Turismos, ganhando em Monza e sendo quarto nas 24 Horas de Spa-Francochamps.
A partir de então, começa a cuidar da sua Alan Moffat Enterprises, com uma associação com a Ford, continuando com os RS500 até 1992, para depois trocar por um Falcon. A equipa continuou até 1996, enquanto Moffat se tornava comentador para a Channel 9 e Channel 7, enquanto um dos seus filhos, James Moffat, foi segundo em Bathurst em 2014 e 2021, a primeira com um Nissan, a segunda com um Ford Mustang da Tickford Racing.
Nos seus últimos tempos de vida, desde o seu diagnóstico, em 2019, enquanto batalhava contra a doença e ser o patrono da Dementia Australia, amigos como Larry Perkins e Fred Gibson encarregaram dos seus compromissos enquanto dentro da família, havia uma batalha legal pelas suas disposições testamentárias entre ele e a sua ex-companheira.




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