Agora, nesta última parte, irá falar-se dos momentos finais e da luta - inútil - para tentar correr em 1995, desde procurar novos sócios até pedir ajuda ao estado francês, que por causa de uma lei, o deixou apeado e, provavelmente, precipitou a sua queda.
ESTRETOR E AGONIA
Para a temporada de 1994, a Larrousse voltava a construir o seu chassis, o LH94. Mudando de motor, para os Ford de oito cilindros, depois de ter tentado convencer a Peugeot, sem sucesso – que se estreava na Formula 1 - a fornecer os seus motores de 10 cilindros, conseguiu manter Eric Comas como seu piloto, tendo a seu lado o monegasco Olivier Beretta. Havia também novos sócios: um grupo suíço, a Fast Group, era seu parceiro, tendo entre eles o ex-piloto Patrick Tambay. Um sexto lugar por Comas em Aida até foi um bom começo, mas a meio do ano, a equipa estava com problemas de tesouraria. Um sexto lugar em Hockenheim, sobrevivendo ao caso desse Grande Prémio, foi outro bom resultado, mas foi mais oásis que outra coisa.
A partir do GP da Hungria, os pilotos apareceram rapidamente. Philippe Alliot – que era piloto de reserva da McLaren - reapareceu para o GP da Bélgica, enquanto Yannick Dalmas apareceu para as corridas de Itália e Portugal. Em Espanha, o japonês Hideki Noda tornou-se piloto até ao final da temporada, com o suíço Jean-Louis Deletraz a aparecer na corrida final do campeonato, na Austrália. No final da temporada, os dois pontos que Comas conseguiu foram suficientes para ficar na 11ª posição dos Construtores.
Apesar da Larrousse ter feito a inscrição para a temporada de 1995, eles tinham problemas: um chassis, que seria batizado de LH95, tinha sido feito, mas não ora testado por falta de fundos. E surgiu a chance de uma fusão com outra equipa francesa que queria ter a sua chance de correr na Formula 1 e que tinha sucesso na Formula 3000: a DAMS.
O seu diretor, Jean-Paul Driot, queria a equipa, e tinha um projeto de chassis, feito pela Reynard, mas com a ideia de ser mais o seu projeto que o de Larrousse. Sem acordo quanto à parte que cabia, decidiu não participar na Formula 1 nessa temporada, e foi à procura de outros associados. Encontrou nos seus compatriotas Laurent Barlesi e Jean Messaoudi, que tinham dinheiro, mas tinham tentado montar a sua equipa, sem sucesso.
Apesar de tudo, procuravam pilotos para a aventura: Eric Comas tinha sido escolhido, e outros como Emmanuel Collard, Elton Julian, Éric Hélary, Christophe Bouchut e Éric Bernard, estavam a ser considerados. Contudo, Larrousse estava com imensos problemas: os seus ex-associados estavam a processá-lo por dividas por pagar, a Ford recusava a fornecer-lhe motores por causa de dividas por pagar, e a FIA costumava multar as equipas que faltavam nas primeiras rondas do campeonato. Com tudo isto a acumular-se, antes do GP de San Marino, Gerard Larrousse anunciou que a sua equipa não iria participar na temporada, culpando outros pelo final do projeto.
No final, foram 127 corridas – em vários chassis – um pódio e 23 pontos, tudo em oito temporadas.
Depois de 1995, a única equipa francesa que apareceu foi a Prost, que comprou a Ligier em 1996 das mãos de Walkinshaw. Ela ficou até ao final de 2001, quando se retirou, terminando de forma definitiva a presença francesa em termos de equipas.
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