Nesta segunda parte, iremos falar daquilo que oram os seus melhores resultados, mas também a luta para se manterem relevantes no pelotão da Formula 1, contra gente que... uns, oram embora por causa das crises nos seus países, e outros, porque tinham intenções mais... sinistras.
No final de 1989, Larrousse chega a um acordo com a corporação japonesa Espo, no qual eles ficam com 50 por cento, em troca de colocar um piloto japonês. O escolhido acabou por ser Aguri Suzuki, que tinha estado na Zakspeed em 1989. Ao seu lado ficaria Eric Bernard, e o LC90, feito na Lola, manteria os motores Lamborghini de 12 cilindros.
A equipa aproveita a ocasião para mudar de instalações, saindo de Antony para Signes, no sul de França, perto do circuito de Paul Ricard.
Na qualificação, Suzuki puxou pelo motor Lamborghini até ao limite, conseguindo o décimo melhor tempo, e aproveitando o conhecimento da pista e os maus dias dos outros, acabou no terceiro lugar, atrás dos Benettons vencedores de Nelson Piquet e Roberto Moreno. Ele tornava-se no primeiro japonês num pódio de um Grande Prémio de Formula 1.
No final da temporada, a Larrousse conseguiu 11 pontos e o sexto posto mo Mundial de Construtores, que lhes daria dinheiro e facilidades de transporte. Contudo, um problema no registo burocrático - registaram a equipa como sendo fabricante de chassis, quando na realidade, não eram – e eles foram excluídos da classificação geral. Mas depois de um recurso, mantiveram os pontos, o dinheiro e as facilidades de transporte, embora em termos de registo histórico, ficaram excluídos.
Mas não foram só essas as más noticias: em 1991, os motores Lamborghini iam para a Ligier, logo, iriam ter de correr com os Ford DFR, preparado por Brian Hart, e a Espo sairia da equipa, por causa da crise imobiliária nipónica.
A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA
A temporada de 1991 até começa bem, com um sexto lugar para Suzuki na corrida de Phoenix. Bernard conseguiria outro ponto no México, mas à medida que a temporada prosseguia, a Larrousse lutava pela sobrevivência, porque os seus fundos estavam a minguar. Em julho desse ano, pediram proteção dos credores num tribunal francês, porque não conseguiam pagar as dívidas à Lola e à Hart, e no final de agosto, uma outra firma de capital de risco, a Central Park, comprava 65 por cento da equipa. Cedo surgiu um comprador: a pequena construtora de automóveis, a Venturi, depois de, durante o verão, terem falhado as conversações para uma fusão com a AGS, que também lutava pela sobrevivência.
A temporada não foi boa, conseguindo apenas um ponto com Gachot nas ruas do Mónaco. E cedo, a Venturi descobriu que gerir uma equipa não era barato, e vendeu as suas ações a outra firma de capital, a Comstock. Que na realidade... era uma fachada, gerida por um homem procurado por policias de meia Europa.
Rainer Waldorf, o homem ao qual as ações da Larrousse foram vendidas, chamava-se na realidade Klaus Walz e era procurado quer pela policia alemã, mas também pela francesa e suíça. A razão? Homicídios, pelo menos, quatro. No verão desse mesmo ano, ele tinha sido localizado pela policia francesa, e cercado na casa onde estava. Acabou por fazer um refém, e usando uma granada de mão – que não estava ativada – escapou à policia, e fugiu para a Alemanha. Ali, com outro nome, foi descoberto num hotel e acabou cercado, começando um tiroteio que durou nove horas e acabou com a morte de Walz, que se suicidou.
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