Sempre se soube que a Williams queria um nome sonante, depois dos eventos de Imola. Frank Williams queria, Bernie Ecclestone também, logo, convencer Nigel Mansell a correr na parte final da temporada, para ajudar Damon Hill a chegar ao título, foi a melhor aposta. Mas ao longo do verão, enquanto multidões aplaudiam o regresso do "Velho Leão", o jovem David Coulthard, fresquinho dos seus 23 anos, menos 18 que Mansell, tentava fazer o seu trabalho, e com o segundo lugar na corrida anterior, em Portugal, parecia ter merecido um lugar permanente para o resto da temporada e para 1995, que era importante.
Contudo, antes do GP europeu, soube-se que o Leão seria o piloto para as três etapas finais. Sim, tinha mostrado algumas coisas em terras americanas, mas em muito menor escala do que na sua temporada de campeão, em 1993. E com ele ao volante, a confiança dos outros em ver no cockpit e interferir na batalha pelo título contra um Michael Schumacher que ia regressar, depois das duas corridas de suspensão, após a desclassificação na corrida belga, parecia estar um pouco a afundar.
Aliás, já existiam cartazes a dizer: "Mansell, continuas a ser bom, mas dá as chaves do carro ao Coulthard!". A idade estava a chegar a todos...
Mas a Formula 1, em 1994, estava orfã de nomes e precisava de tudo. Dali a dois dias, iria saber até que ponto ele continuava a ser competitivo, no alto dos seus 41 anos...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...