E a corrida de Austin também marca o regresso de Liam Lawson, que está na Racing Bulls no lugar de Daniel Ricciardo, e sem dúvida, que quer mostrar serviço, para poder ter uma chance em 2025 para ficar com um lugar na Red Bull, se calhar no lugar de Pérez... ou outro. Tudo isto num fim de semana glorioso de outono, com sol e temperaturas amenas.
Na partida, Lando Norris largou bem, e tentou defender-se de Max Verstappen, mas enquanto ambos se defendiam, os Ferrari aproveitaram a primeira curva para os passar, com Charles Leclerc a ficar com o comando da corrida, e Norris, prejudicado com a manobra inicial, caía para quarto. Ou seja, nem se defendeu do ataque do piloto da Red Bull, como foi passado pelos Ferrari!
Atrás, Lewis Hamilton tentava uma corrida de recuperação, as depois de passar alguns carros nas primeiras três voltas, ele ia no limite quando saiu da pista na curva 19, a mesma onde o seu companheiro George Russell se despistara na véspera, durante a qualificação. Apesar de não ter batido na parede, como o seu companheiro de equipa, o facto de ter ficado preso na gravilha foi o suficiente para não só abandonar a corrida - acabaria por ser o único - como o Safety Car entrou em ação, para poder rebocá-lo fora dali.
A corrida só recomeçou na sexta volta, com Leclerc a manter o comando, deixando Max para trás, e Norris a cair um pouco, sendo passado por Sainz Jr, noutro Ferrari. Com o passar das voltas, o piloto monegasco conseguiu ter ritmo para afastar-se do neerlandês da Red Bull, enquanto Sainz Jr, no seu Ferrari, queixava-se do cheiro a combustível no seu cockpit, o que poderia indicar uma fuga de combustível.
No inicio da 11ª volta, Leclerc já tinha uma vantagem superior a três segundos sobre Max, e os McLaren pareciam não os poder apanhar. Com os médios calçados entre os da frente e o tempo do Safety Car, parecia que a janela de oportunidade - que seria na volta 15, se não fosse o Safety Car - poderia abrir mais tarde, mas claro, nunca se sabe.
Na wolta 19, Gasly e Tsunoda foram às boxes trocar para duros, os primeiros do "top ten" que oram às boxes. Nessa altura, Leclerc aumentou a sua vantagem para Max: 8,2 segundos, e Sainx Jr estava suficientemente perto para tentar uma estratégia de ir às boxes antes do neerlandês, ele que na volta 22 estava 1,7 segundos atrás do piloto da Red Bull. Ele foi às boxes nessa volta, calçar duros e tentar ser mais rápido que o piloto que estava na segunda posição na corrida. E conseguia: na volta 24, ele era o piloto mais rápido da pista.
Max foi às boxes na volta 26, numa altura em que le tinha perdido seis décimos para Norris. Calçou para duros e no regresso, tinha uns 20 carros de diferença para Sainz Jr, que virtualmente, era segundo classificado. Leclerc parou na volta seguinte, calçou duros, durou 2,5 segundos e regressou 7,6 segundos na frente do seu companheiro de equipa. Parecia que Maranello tinha tudo controlado... só ainda não sabíamos ainda dos carros de Woking. Norris estava na liderança, e só foi às boxes na volta 32, caindo para quinto. Mas tinha pneus mais frescos, bom para ele e não muito bom para os da frente. Piastri parou na wolta seguinte, indo mais lento em meio segundo para Norris.
Agora, Lelcerc estava na frente, 7.2 segundos sobre Sainz Jr e este aguentava Max, com uma vantagem de 3,9 segundos. Os McLaren seguiam, mas tinham mais de seis segundos de desvantagem para os apanhar. E já estavam a meio da corrida.
Com o passar das voltas, Max não conseguia apanhar Sainz Jr e com o degradar dos pneus, os de Norris, mais frescos, faziam o seu trabalho e apanhavam o piloto a Red Bull. E quando Liam Lawson decidiu ir às boxes na volta 39, decidiu colocar pneus médios, porque era mais eficaz. A mesma coisa fez Franco Colapinto na volta seguinte, porque ambos tinham iniciado a corrida com duros. Por ali, compensou.
E a partir da volta 42, Norris aproximava-se da traseira de Max. Pneus mais frescos, é certo, mas nesta altura do campeonato, toda e qualquer chance de apanhar o neerlandês e diminuir a diferença no campeonato, é bem-vinda. Na volta 45, a diferença é de menos de um segundo, numa luta pelo lugar mais baixo do pódio.
A luta pelo lugar começou na volta 48, na primeira tentativa séria, depois foi na volta seguinte, com o neerlandês a defender-se bem. Nova tentativa na primeira curva, no inicio da volta 50, mas tudo ainda na mesma. Nova tentativa de ultrapassagem na volta 52, com Max a defender-se muito bem, antes de passar na volta seguinte, com o neerlandês a ir ao limite, e o piloto da McLaren a passá-lo. Mas como a passagem aconteceu por fora, o risco de penalização por ele não ter devolvido o lugar... existia. Na última volta, aconteceu: cinco segundos, Max mantêm o terceiro lugar. Uma luta praticamente sem sentido.
Mas na frente, os Ferrari faziam a sua corrida. Leclerc tinha uma corrida tranquila, e Maranello tinha dobradinha. E nos lugares finais, coisas interessantes: Liam Lawson era nono, e mais dois pontos no seu regresso à Formula 1, depois de substituir Daniel Ricciardo, e Franco Colapinto ficou com o ponto final, e a certa altura até tinha a volta mais rápida!
E foi assim a corrida americana. Não há tempo para respirar porque na próxima semana... há mais. Agora, no México.
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