![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2aoNKWl8TXf3yGsTPQrfFsvI95ZejRfFjKpHeMm2-9AJM6o8Md0fpQB7AZIn86_3BdQS8MB9KS_cWQQhy-NxHuR5Uem6qtq5MrCePlEiJXJcGa2cdVhQ5tghixX2lZsyFPGTt9HT-EYU/s400/sem+t%C3%ADtulo+6.bmp)
Como os mais antigos sabem, até 1995, o GP da Austrália detinha dois factos: era disputado em Adelaide, e era o último GP da temporada. E como muitas das vezes o título era atribuído antes deste GP, o ambiente era muito mais descontraído do que o habitual. Em 1991, isso não fugiu à regra, com o brasileiro Ayrton Senna a conquistar o seu tri-campeonato, perante um Williams de Nigel Mansell, claramente em alta, preconizando futuras conquistas.
Claro, nem tudo estava calmo na Formula 1. Depois do GP do Japão, o francês Alain Prost tinha sido despedido da Ferrari, por ter chamado “camião” ao seu bólide, e foi substituído por Gianni Morbidelli.
Os treinos foram calmos, com Senna (na sua 60ª pole-position da sua carreira) e Berger a monopolizarem a primeira linha, levando a melhor sobre Mansell e Patrese, com estes a serem disputados em piso seco. E porque digo isso? Porque o dia da corrida foi algo muito diferente…
O dia começou com ameaça de chuva, e na hora em que começou a corrida, uma tempestade abateu-se sobre Adelaide. Os pilotos não queriam correr naquelas condições, mas havia demasiadas coisas em jogo (transmissões de TV, patrocinadores…) para que a corrida fosse simplesmente cancelada.
A partida foi dada, e os McLaren mantiveram as suas posições. Tudo esteve bem até à volta 5, quando o japonês Nakajima abandonou. A partir daí, começa o descalabro: Na volta seis, o estreante Schumacher despista-se e bate em Alesi. O acidente envolve também Nicola Larini e Pierluigi Martini, fazendo com que a Recta Brabham se tornasse muito mais curta do que o habitual…
Entretanto, Mansell tinha-se livrado de Berger e estava na peugada de Senna. Mas com o tempo a piorar, os despistes sucedem-se. Na volta 13, o March do brasieliro Mauricio Gugelmin tem um violento despiste no muro das boxes, quase caindo para dentro do “pit-lane” ferindo dois comissários. Na mesma volta, Mansell despista-se, magoando-se num pé.
Estávamos na volta 16. O director de prova, o belga Roland Bruynserade, decide mostrar a bandeira vermelha, interrompendo a corrida. Nos 50 minutos seguintes, são mostrados várias placas de 10 minutos, avisando os pilotos que a prova poderia continuar. Mas uma hora depois, e sem sinal da chuva abrandar, a corrida é terminada. Senna é declarado vencedor, mas só obtêm metade dos pontos. A seguir a ele, ficam Mansell, Berger, Piquet, Patrese e o Ferrari de Morbidelli, conquistando assim meio ponto.
Senna desabafou: “Cometemos hoje o erro de termos começado a corrida”, algo corroborado por Mansell e Alesi: “Não se via nada!”
E assim terminava a corrida mais curta de sempre. Uma prova que marcava a despedida de dois grandes pilotos: Nelson Piquet e Satoru Nakajima, o primeiro piloto japonês com importância, e que dois anos antes, numa corrida também marcada pela chuva, tinha alcançado a sua unica volta mais rápida...
A grande dupla McLaren-Honda conquistava o último título de construtores: (1988, 1989, 1990 e 1991).
ResponderEliminarNão foi mostrado ao vivo ou numa cena de recuperação como Nigel Mansell ultrapassou Gerhard Berger na disputa pela 2ª posição, assim como os acidentes de Michael Schumacher e Jean Alesi. Nem no arquivo de revisão da temporada de 1991 esses acontecimentos foram exibidos.
Notas:
- última prova na carreira que Nelson Piquet pontuou na Fórmula 1;
- última prova na carreira de Emanuele Pirro;
- última participação da equipe Lamborghini na categoria e
- última prova dos pneus Pirelli (retornou em 2011).