A partir de meados dos anos 80, o domínio americano no campeonato CART começou a ser contestado, principalmente por ex-pilotos de Formula 1 europeus. Sempre houve participantes não-americanos nas 500 Milhas, e o primeiro vencedor europeu data de 1913, com o francês Jules Goux, mas eram participações pontuais e nunca houve essa invasão no domínio do campeonato em si.
Contudo, a partir de 1984, com o regresso de Mário Andretti aos Estados Unidos, depois de uma passagem bem sucedida na Europa, alguns ex-pilotos europeus e brasileiros encontraram nas corridas americanas a descontracção e a proximidade com os espectadores que já não havia nas corridas de Formula 1. E um desses pilotos que foram para a CART no sentido de ganhar prazer em correr era Emerson Fittipaldi.
Na altura com 42 anos, “Emmo” tinha voltado a correr em 1984, depois do fracasso do seu projecto de Formula 1, que deixara a si e à sua família arrasado física, emocionalmente e financeiramente. Em 1989, corria na Patrick Racing, com um chassis Penske, e tinha dado boa conta de si no inicio desse campeonato, sendo um dos favoritos à conquista do primeiro lugar.
Mas Fittipaldi tinha rivais: Rick Mears e Al Unser Sr, seu companheiro na Patrick. Com quase 50 anos na altura (faria no dia seguinte à corrida) Al Unser Sr. era, conjuntamente com A.J.Foyt, um dos dois únicos quádruplos vencedores das 500 Milhas, e logo, um veterano a ter em conta. Nos treinos, os três pilotos ocuparam a primeira fila da grelha, com Mears, no seu carro amarelo patrocinado pela Pennzoil, o mais rápido de todos, a uma média de 360,4 Km/hora. Ele tinha razão em correr a essa média: pela primeira vez na competição, o vencedor iria receber 1 milhão de dólares!
Na partida, Fittipaldi assumiu a liderança, e lá ficou durante grande parte da corrida. Entretanto, na volta 4, Kevin Cogan teve uma forte batida que desintegrou o seu carro, mas saiu ileso. Ao longo da corrida, o piloto brasileiro continuou na frente, mas teve o assédio dos pilotos americanos: Unser Sr, Mears, Andretti, Brayton, Rahal… perto do fim, Al Unser Jr, o filho de Al Unser, aproximou-se perigosamente da liderança e na volta 196 a quatro do fim, conseguiu ultrapassá-lo. A emoção continuou e na volta 199, Fittipaldi assaltou a liderança. Na Curva 3, os carros andavam lado a lado, e tocaram-se. O americano, que estava no lado de dentro, bateu no muro de protecção, e o brasileiro ganhou as 500 Milhas, o primeiro de origem estrangeira a ganhá-lo desde 1969.
No final da corrida, Unser Jr. cumprimentou-o, num evidente sinal de desportivismo, e justificou o incidente como sendo de “duas pessoas tentando desesperadamente ganhar aquela corrida”. Mesmo com este embate, Unser Jr. classificou-se em segundo, e outro brasileiro, Raul Boesel, acabou em terceiro.
Contudo, a partir de 1984, com o regresso de Mário Andretti aos Estados Unidos, depois de uma passagem bem sucedida na Europa, alguns ex-pilotos europeus e brasileiros encontraram nas corridas americanas a descontracção e a proximidade com os espectadores que já não havia nas corridas de Formula 1. E um desses pilotos que foram para a CART no sentido de ganhar prazer em correr era Emerson Fittipaldi.
Na altura com 42 anos, “Emmo” tinha voltado a correr em 1984, depois do fracasso do seu projecto de Formula 1, que deixara a si e à sua família arrasado física, emocionalmente e financeiramente. Em 1989, corria na Patrick Racing, com um chassis Penske, e tinha dado boa conta de si no inicio desse campeonato, sendo um dos favoritos à conquista do primeiro lugar.
Mas Fittipaldi tinha rivais: Rick Mears e Al Unser Sr, seu companheiro na Patrick. Com quase 50 anos na altura (faria no dia seguinte à corrida) Al Unser Sr. era, conjuntamente com A.J.Foyt, um dos dois únicos quádruplos vencedores das 500 Milhas, e logo, um veterano a ter em conta. Nos treinos, os três pilotos ocuparam a primeira fila da grelha, com Mears, no seu carro amarelo patrocinado pela Pennzoil, o mais rápido de todos, a uma média de 360,4 Km/hora. Ele tinha razão em correr a essa média: pela primeira vez na competição, o vencedor iria receber 1 milhão de dólares!
Na partida, Fittipaldi assumiu a liderança, e lá ficou durante grande parte da corrida. Entretanto, na volta 4, Kevin Cogan teve uma forte batida que desintegrou o seu carro, mas saiu ileso. Ao longo da corrida, o piloto brasileiro continuou na frente, mas teve o assédio dos pilotos americanos: Unser Sr, Mears, Andretti, Brayton, Rahal… perto do fim, Al Unser Jr, o filho de Al Unser, aproximou-se perigosamente da liderança e na volta 196 a quatro do fim, conseguiu ultrapassá-lo. A emoção continuou e na volta 199, Fittipaldi assaltou a liderança. Na Curva 3, os carros andavam lado a lado, e tocaram-se. O americano, que estava no lado de dentro, bateu no muro de protecção, e o brasileiro ganhou as 500 Milhas, o primeiro de origem estrangeira a ganhá-lo desde 1969.
No final da corrida, Unser Jr. cumprimentou-o, num evidente sinal de desportivismo, e justificou o incidente como sendo de “duas pessoas tentando desesperadamente ganhar aquela corrida”. Mesmo com este embate, Unser Jr. classificou-se em segundo, e outro brasileiro, Raul Boesel, acabou em terceiro.
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