Hoje falo de um dos melhores pilotos da sua geração, alguém que começou a correr bem cedo, juntamente com o seu irmão, e que se tornou num vencedor num país sem tradição automobilística. Ganhou as 24 Horas de Le Mans, foi um dos lendários pilotos que correram a bordo dos Porsche 917, ganhou duas corridas de Formula 1, mas viu o seu irmão morrer, e teve um fim inglório. Falo-vos de Pedro Rodriguez de la Vega.
Nasceu a 18 de Janeiro de 1940 na Cidade do México, e era o mais velho de dois irmãos. O mais novo, Ricardo, nasceu dois anos depois, e teve uma carreira fulgurante na Formula 1, com um final trágico, ao morrer no GP do México de 1962, com apenas 20 anos de idade. Nessa altura, o seu irmão Pedro tinha começado a correr em carros de Sport, e com 17 anos, tinha ido a Le Mans para... correr! Depois da morte de Ricardo, pensou em abandonar a competição, mas poucos meses depois, ganhou as 24 Horas de Daytona, a bordo de um Ferrari. No final do ano, estreou-se na Formula 1, a bordo de um Lotus, nas corridas norte-americanas. Não terminou nas duas corridas que participou. Em 1964, fez parte da equipa Ferrari, onde ficou em sexto lugar no seu GP natal. Esse ponto deu-lhe o 22º lugar do campeonato.
Em 1965, voltou a correr pela Ferrari nos GP’s dos EUA e do México. Foi quinto em Watkins Glen, e esses dois pontos deram-lhe o 14º lugar na geral. Em 1966, decidiu correr mais algumas corridas na Europa, a bordo de um Lotus, mas não terminou nenhuma das corridas em que participou.
A sua carreira no inicio da temporada de 1967 era esta: oito corridas, três pontos. Um alto aproveitamento, sem dúvida. Foi aí que decidiu correr em Kyalami, a bordo de um Cooper-Maserati. Foi uma corrida dura, disputada sob um forte calor, mas no final... ganhou! Essa inesperada vitória espantou o mundo da Formula 1, mas não era invulgar para a época, já que a competição estava num período de transição, em que as equipas estavam a adaptar-se à Formula 1 de 3000 cc. Isso foi o suficiente para uma temporada completa a bordo da Cooper, onde conseguiu mais seis pontos, alcançando o sexto lugar final, com uma vitória.
Em 1968, muda-se para a BRM, onde consegue mais três pódios, sendo o seu ponto mais alto o 2º lugar em Spa-Francochamps, atrás do vencedor, Bruce McLaren. No final da época, repete o sexto lugar final, com três pódios e 18 pontos no bolso. Entretanto, consegue ganhar as 24 Horas de Le Mans, a bordo de um Ford GT 40 da John Wyer Automotive, tendo como seu companheiro de equipa o belga Lucien Bianchi.
Continua a correr em 1969 pela BRM (vai ser a sua equipa para o resto da sua vida na Formula 1), mas o carro não se torna competitivo. A meio da temporada, a BRM deixa-o correr o resto da temporada pela Ferrari, onde conseguirá apenas três pontos, e o 14ª lugar final.
Em 1970 as coisas correm melhor, em vários aspectos. A Porsche contrata-o para correr no seu novo modelo, o 917, juntamente com o seu companheiro Jo Siffert (1936-1971), e ganham tudo no Campeonato do Mundo de Sport-Protótipos, onde faz exibições de luxo, como a vitória nas Mil Milhas de Brands Hatch, corridas debaixo de imensa chuva. Para além dos Sport-Protótipos, corre ainda na CanAm.
Nasceu a 18 de Janeiro de 1940 na Cidade do México, e era o mais velho de dois irmãos. O mais novo, Ricardo, nasceu dois anos depois, e teve uma carreira fulgurante na Formula 1, com um final trágico, ao morrer no GP do México de 1962, com apenas 20 anos de idade. Nessa altura, o seu irmão Pedro tinha começado a correr em carros de Sport, e com 17 anos, tinha ido a Le Mans para... correr! Depois da morte de Ricardo, pensou em abandonar a competição, mas poucos meses depois, ganhou as 24 Horas de Daytona, a bordo de um Ferrari. No final do ano, estreou-se na Formula 1, a bordo de um Lotus, nas corridas norte-americanas. Não terminou nas duas corridas que participou. Em 1964, fez parte da equipa Ferrari, onde ficou em sexto lugar no seu GP natal. Esse ponto deu-lhe o 22º lugar do campeonato.
Em 1965, voltou a correr pela Ferrari nos GP’s dos EUA e do México. Foi quinto em Watkins Glen, e esses dois pontos deram-lhe o 14º lugar na geral. Em 1966, decidiu correr mais algumas corridas na Europa, a bordo de um Lotus, mas não terminou nenhuma das corridas em que participou.
A sua carreira no inicio da temporada de 1967 era esta: oito corridas, três pontos. Um alto aproveitamento, sem dúvida. Foi aí que decidiu correr em Kyalami, a bordo de um Cooper-Maserati. Foi uma corrida dura, disputada sob um forte calor, mas no final... ganhou! Essa inesperada vitória espantou o mundo da Formula 1, mas não era invulgar para a época, já que a competição estava num período de transição, em que as equipas estavam a adaptar-se à Formula 1 de 3000 cc. Isso foi o suficiente para uma temporada completa a bordo da Cooper, onde conseguiu mais seis pontos, alcançando o sexto lugar final, com uma vitória.
Em 1968, muda-se para a BRM, onde consegue mais três pódios, sendo o seu ponto mais alto o 2º lugar em Spa-Francochamps, atrás do vencedor, Bruce McLaren. No final da época, repete o sexto lugar final, com três pódios e 18 pontos no bolso. Entretanto, consegue ganhar as 24 Horas de Le Mans, a bordo de um Ford GT 40 da John Wyer Automotive, tendo como seu companheiro de equipa o belga Lucien Bianchi.
Continua a correr em 1969 pela BRM (vai ser a sua equipa para o resto da sua vida na Formula 1), mas o carro não se torna competitivo. A meio da temporada, a BRM deixa-o correr o resto da temporada pela Ferrari, onde conseguirá apenas três pontos, e o 14ª lugar final.
Em 1970 as coisas correm melhor, em vários aspectos. A Porsche contrata-o para correr no seu novo modelo, o 917, juntamente com o seu companheiro Jo Siffert (1936-1971), e ganham tudo no Campeonato do Mundo de Sport-Protótipos, onde faz exibições de luxo, como a vitória nas Mil Milhas de Brands Hatch, corridas debaixo de imensa chuva. Para além dos Sport-Protótipos, corre ainda na CanAm.
Entretanto, na Formula 1, Rodriguez tinha voltado à BRM e este tinha construido um bom chassis, que aliado ao seu motor V12, faz com que o piloto mexicano ganhe o GP da Bélgica sem contestação. Quase ganha uma segunda corrida, nos Estados Unidos, mas tem que se reabastecer a seis voltas do fim, dando a vitória ao jovem Emerson Fittipaldi. No final da temporada, amealha o melhor peculio de sempre, um total de 23 pontos, resultantes de uma vitória e dois pódios.
As coisas continuam a correr bem em 1971. Os Porsche dominam, e a sua última grande corrida a bordo da Prosche foi em Zeltweg, onde sozinho, corre as Mil Milhas, numa luta titânica com o Ferrari de Jacky Icxx e de Clay Regazzoni. O seu companheiro, Richard Attwood, só corre durante 12 voltas... Entretanto, o BRM é uma máquina competitiva, e tinha alcançado um segundo lugar em Zandvoort.
A 11 de Julho de 1971, após ter corrido o GP de França, em Paul Ricard, decide correr numa etapa das Interseries no circuito alemão de Norisring, em Nuremberga, a bordo de um Ferrari 512M, propriedade de Herbert Müller, o seu companheiro na Targa Florio desse ano. A ideia era não correr, mas Rodriguez era um piloto sedento de corridas, logo, aceitou o convite do seu amigo. Quando dobrava um concorrente atrasado, o carro despistou-se, devido a um furo lento, e bateu no muro. O carro, já em chamas, voltou à pista e colidiu com o Porsche 917 de Kurt Hild. O mexicano ficou com graves ferimentos, que o levaram à morte poucas horas depois. Tinha 31 anos.
No final daquela temporada, ficou em décimo lugar, com nove pontos e um pódio. Ao todo, na sua carreira, Rodriguez alinhou em 54 Grandes Prémios, durante nove temporadas, ganhou duas corridas, fez uma volta mais rápida, subiu ao pódio por sete vezes, teve 71 pontos ao todo. Foi vencedor das 24 Horas de Le Mans e Bi-Campeão de Sport-Protótipos, com o lendário Porsche 917.
Para além de correr, tinha uns hábitos interessantes: gostava de se vestir bem e de comer bem. Levava sempre um molho de Tabasco, para que pudesse temperar a sua comida, caso os restaurantes não tivessem tal coisa. Apesar de ser casado, tinha uma namorada inglesa. Não teve filhos.
Depois do Homem, ficou o legado. A primeira curva do Circuito de Daytona tem o seu nome, o Autódromo do México tem o nome dele e do seu irmão, e há uma fundação em seu nome, a Scuderia Hermanos Rodriguez, que se dedica à memória de ambos os pilotos.
Acreditava na inevitabilidade da morte: “Deus é quem decide quando é o fim da nossa vida. Podemos estar a correr, andar na rua, em qualquer lugar. Nuvolari correu durante 30 anos todas as semanas e morreu na cama, doente”. Se estivesse vivo, seria fã do “Sete Palmos de Terra”…
Não conhecia os feitos do Pedro Rodriguez... apenas que tinha vencido umas na f1 e as 24horas
ResponderEliminarÉ sempre bom ir conhecendo estas e outras histórias
http://16valvulas.wordpress.com