Sempre é penoso escrever sobre alguém que se tornou famoso no momento em que se morre. Pois atrás disso vem uma vida, que teve os seus altos e baixos, momentos felizes e tristes, e que tinha uma paixão e alguém a apoiá-lo nessa paixão. Riccardo Paletti queria estar na Formula 1 e conseguiu o que queria. Só por isso merece ser recordado, 25 anos depois da sua morte.
Nascido em Milão a 15 de Junho de 1958 (teria agora 48 anos), Paletti começou a correr em 1977, na Formula Super Ford, mas rapidamente chegou à Formula 3, em 1980. Em 1981, chegou à Formula 2, onde correu no Campeonato Europeu, ficando em 10º lugar, com dois pódios, em Silverstone e Thruxton, a bordo de um Onyx Racing, equipa que anos mais tarde se envolveu na Formula 1. Paletti era famoso não só pelas suas proezas automobilísticas, mas também porque guiava de óculos.
Em 1982, com o apoio do pai, que era o importador para Itália da firma de hi-fi japonesa Pioneer, decidiu pagar a sua entrada na Formula 1. Conseguiu arranjar um lugar na Osella. Tinha 23 anos e sabia que, com aquela equipa, seria difícil conseguir a qualificação para a corrida. E assim foi, com não-qualificações nos três primeiros Grandes Prémios da temporada, muitas das vezes a dois segundos do seu companheiro, o veterano piloto francês Jean-Pierre Jarier. Em Imola, com o boicote das equipas FOCA, Paletti consegue largar para uma corrida, mas desiste na volta 7 devido a problemas na suspensão.
Com tudo a voltar à normalidade, Paletti não se qualificou na Bélgica e no Mónaco. Mas quando o Grande Circo chegou à América do Norte, os Osella melhoraram a sua prestação, e Paletti conseguiu a qualificação em Detroit, a primeira com uma grelha completa. Contudo, na volta de aquecimento, despistou-se e o seu carro ficou inutilizado para a corrida.
Uma semana mais tarde, o Grande Circo estava em Montreal, para o GP do Canadá. Paletti iria fazer 24 anos na terça-feira seguinte, e a sua mãe foi ter com ele, pois tinham planos para comemorar o aniversário juntos na vizinha Nova Iorque. A qualificação correu-lhe bem e pela segunda vez consecutiva conseguiu um lugar na grelha para Domingo. Mais: o carro agora não tinha problemas, como acontecera em Imola e Detroit, logo tinha a certeza de correr.
No dia da corrida, o Ferrari de Didier Pironi e o Renault de Alain Prost partilhavam a primeira fila da grelha de partida. Mas o procedimento de partida ficou longo demais e quando as luzes ficaram verdes, o motor Ferrari do piloto francês "morreu", tornando-se num obstáculo dificil de contornar, numa pista tão curta. Os outros carros tentaram desviar-se, mas o March do brasileiro Raul Boesel bateu ligeiramente, sem consequências graves. Mas logo atrás vinha Riccardo Paletti, que não teve tempo de se desviar, e bateu fortemente no Ferrari. O impacto fez sair o carro número 28 do sítio e atingir o Theodore de Geoff Lees.
Com o impacto, Paletti tinha sofrido graves lesões no peito, e imediatamente, a ajuda veio a caminho. Pironi e o Dr. Sid Watkins, o médico da FIA, tentavam tirar o jovem italiano do carro, mas enquanto faziam isso, a gasolina que saia do Osella esteve em contacto com o motor ainda quente e pegou fogo. Este foi rapidamente extinto, mas já se sabia que os ferimentos de Paletti eram fatais. Poucos minutos mais tarde, depois de ser levado para o centro médico do circuito, confirmava-se o pior. Faltavam dois dias para fazer 24 anos.
A sua carreira: oito corridas, numa só temporada. Dessas, qualificou-se em três. Foi a última fatalidade em corrida durante 12 anos, até aos acontecimentos de Imola. Uma curiosidade trágica: Roland Ratzenberger, tal como Paletti, corria com o número 32 quando morreu… Como legado à sua memória, o circuito de Varano, perto de Parma, tem agora o seu nome.
Nascido em Milão a 15 de Junho de 1958 (teria agora 48 anos), Paletti começou a correr em 1977, na Formula Super Ford, mas rapidamente chegou à Formula 3, em 1980. Em 1981, chegou à Formula 2, onde correu no Campeonato Europeu, ficando em 10º lugar, com dois pódios, em Silverstone e Thruxton, a bordo de um Onyx Racing, equipa que anos mais tarde se envolveu na Formula 1. Paletti era famoso não só pelas suas proezas automobilísticas, mas também porque guiava de óculos.
Em 1982, com o apoio do pai, que era o importador para Itália da firma de hi-fi japonesa Pioneer, decidiu pagar a sua entrada na Formula 1. Conseguiu arranjar um lugar na Osella. Tinha 23 anos e sabia que, com aquela equipa, seria difícil conseguir a qualificação para a corrida. E assim foi, com não-qualificações nos três primeiros Grandes Prémios da temporada, muitas das vezes a dois segundos do seu companheiro, o veterano piloto francês Jean-Pierre Jarier. Em Imola, com o boicote das equipas FOCA, Paletti consegue largar para uma corrida, mas desiste na volta 7 devido a problemas na suspensão.
Com tudo a voltar à normalidade, Paletti não se qualificou na Bélgica e no Mónaco. Mas quando o Grande Circo chegou à América do Norte, os Osella melhoraram a sua prestação, e Paletti conseguiu a qualificação em Detroit, a primeira com uma grelha completa. Contudo, na volta de aquecimento, despistou-se e o seu carro ficou inutilizado para a corrida.
Uma semana mais tarde, o Grande Circo estava em Montreal, para o GP do Canadá. Paletti iria fazer 24 anos na terça-feira seguinte, e a sua mãe foi ter com ele, pois tinham planos para comemorar o aniversário juntos na vizinha Nova Iorque. A qualificação correu-lhe bem e pela segunda vez consecutiva conseguiu um lugar na grelha para Domingo. Mais: o carro agora não tinha problemas, como acontecera em Imola e Detroit, logo tinha a certeza de correr.
No dia da corrida, o Ferrari de Didier Pironi e o Renault de Alain Prost partilhavam a primeira fila da grelha de partida. Mas o procedimento de partida ficou longo demais e quando as luzes ficaram verdes, o motor Ferrari do piloto francês "morreu", tornando-se num obstáculo dificil de contornar, numa pista tão curta. Os outros carros tentaram desviar-se, mas o March do brasileiro Raul Boesel bateu ligeiramente, sem consequências graves. Mas logo atrás vinha Riccardo Paletti, que não teve tempo de se desviar, e bateu fortemente no Ferrari. O impacto fez sair o carro número 28 do sítio e atingir o Theodore de Geoff Lees.
Com o impacto, Paletti tinha sofrido graves lesões no peito, e imediatamente, a ajuda veio a caminho. Pironi e o Dr. Sid Watkins, o médico da FIA, tentavam tirar o jovem italiano do carro, mas enquanto faziam isso, a gasolina que saia do Osella esteve em contacto com o motor ainda quente e pegou fogo. Este foi rapidamente extinto, mas já se sabia que os ferimentos de Paletti eram fatais. Poucos minutos mais tarde, depois de ser levado para o centro médico do circuito, confirmava-se o pior. Faltavam dois dias para fazer 24 anos.
A sua carreira: oito corridas, numa só temporada. Dessas, qualificou-se em três. Foi a última fatalidade em corrida durante 12 anos, até aos acontecimentos de Imola. Uma curiosidade trágica: Roland Ratzenberger, tal como Paletti, corria com o número 32 quando morreu… Como legado à sua memória, o circuito de Varano, perto de Parma, tem agora o seu nome.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO Pironi não devia ter saído de casa em 1982. Incrível o quanto as coisas davam errado para ele e para as pessoas que estavam ao redor. Sobrou pra ele, pro Paletti, pro Gilles, pro Mass (que se sentiu culpado pelo acidente em Zolder) e etc...
ResponderEliminarGrande história, Speeder!!
pelo que eu sei mesmo ferido paletti tinha chance de sobrevivencia, o que o matou foi o gas dos extintores , ele morreu ! axfixiado , se eu tivesse no carro de apoio que estava no fundo. o tereia empurrado !
ResponderEliminarBibito:
ResponderEliminarO Paletti bateu o seu Osella com o Ferrari de Pironi a mais de 180 km hora. Num carro como aquele, feito num chassis de aluminio (não eram de fibra de carbono), o impacto fez com que o volante se deslocasse para o peito do piloto, atingindo-o gravemente.
A história que contas era o rumor que circulava na altura, mas no final, o próprio Dr. Syd Watkins, que o assistiu no local, confirmou que quando o atendeu, momentos antes do incêndio, ele já não tinha pulso...