![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh89XA15YdDinajmnrET0AkJJF5daX-jXhIzqeidT1-iMsr4Bb5PfSSzEG84PCBTJKEAZgxsiDEZVRo4z71aS4bjMynhaa0IAF5HzqSvyTNZQnURVY-ziZUAME3_Q-QFdZtmMBq7_4Fx9HS/s400/Brasil+83.bmp)
Mas hoje vamos recuar 24 anos no tempo, para falar do Brabham BT52, de 1983, que deu à equipa de Bernie Ecclestone o seu último título de pilotos e o bi-campeonato ao brasileiro Nelson Piquet. Com a ajudinha do blog Quatro Rodinhas, explicarei a história desse modelo...
Em fins de 1982, Gordon Murray estava a projectar e construir o BT 51 para esse ano, equipado com o efeito-solo e já preparado para albergar a nova versão do motor BMW Turbo. Contudo, no final desse ano, a FISA decidiu banir o efito-solo a partir da temporada seguinte, e às pressas, projectou e montou o Brabham BT52, já com as novas especificações.
O monocoque era feito numa base de aluminio, mas com alguns componentes em fibra de carbono, com o objectivo de o tornar o mais leve possível. O motor, de 1.496cc turbocomprimido da BMW, desenvolvia 700 cavalos em corrida, às 11.000 rotações por minuto, embora em condições de qualificação, a potência chegava até aos 900 cavalos! Com a obrigatoriedade do fundo plano que acabava com o efeito-solo, os pontões laterais ficavam bastante recuados e a forma do aileron dianteiro fazia com que o Brabham BT52 se assemelhasse a uma flecha.
Outra das características do BT52 era o depósito de combustível de reduzidas dimensões porque Murray tinha estudado, como estratégia da corrida, a paragem durante a corrida para reabastecimento. Isto permitia que o carro estivesse mais leve durante a corrida e a utilização de pneus de compostos mais aderentes e macios.
Em termos de condução, os pilotos Nelson Piquet e Riccardo Patrese afirmavam que este era um carro fácil de guiar, e isso era crucial para os resltados que aí viriam. O BT52 estava pronto na ronda inaugural, no Brasil, onde Piquet foi o melhor, perante o delirio das dezenas de milhares de compatriotas seus.
Os seus maiores rivais durante a temporada de 1983 eram o Renault R30C e Renault R40, de Alain Prost e o Ferrari 126 C2B e Ferrari 126 C3, de Patrick Tambay e René Arnoux. Até a meio da temporada, os Renault e Ferrari levaram a melhor sobre o Brabham, mas ainda dava para colocar Piquet no pódio por mais duas vezes, no Mónaco e em França.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrVBbqcoDx7_aRICPzDgvIZ6FVbkPT4J78NF08xY3WrtFKUG_G1usR36Hcnoo23XK4qrjR5zZN3zGm2BIHXdm6hZjjy6KL3LIRY_IYeNVGW-P8HuIJIUyuDDLcZAPAOv4vXANCBVmhm6bh/s400/Hockenheim+83.bmp)
Contudo, na altura, estalou uma polémica relacionada com o tipo de combustível usado pelo carro. Os rivais diziam que este não estava de acordo com os regulamentos:
“A BMW trabalhou em conjunto com a Wintershall, filiada à BASF, e produziu um combustível notável que literalmente varreu a concorrência no final de 1983. A FISA declarou que o combustível estava dentro das regulamentações. Anos depois, foi revelado que o combustível utilizado naquele Outono era na realidade bem semelhante a... combustível para foguetes.” In Revista Formula 1 50 Anos Dourados.
Para a história, ficou este carro como aquele que deu o título de pilotos à Brabham. O BT52B serviu como base ao BT53, para a temporada de 1984, agora com um depósito maior, devido à proíbição dos reabastecimentos. Com um motor BMW superior, tudo indicava que as coisas iriam manter-se nessa temporada, mas o McLaren MP4/2 nesse ano não deu hipóteses a ninguém...
Mais um fantástico carro, um dos mais belos Formula 1.
ResponderEliminarAbraço