Apesar de ser sennista de gema, confesso que Alessandro Nannini sempre foi dos pilotos que mais simpatizava no “Grande Circo”. O ar bonacheirão e a maneira descontraída que encarava a competição sempre me agradou, e quando teve aquele acidente que praticamente terminou a sua carreira na Formula 1 (mas não no automobilismo), simpatizei ainda mais com ele. E hoje em dia, tomo todos os dias um café da sua marca… Vá, cantem os parabéns a este aniversariante, Alessandro Nannini!
Alessnadro Nannini nasceu a 7 de Julho de 1959 em Siena (fez agora 48 anos). É o irmão mais novo de Gianna Nannini, uma das mais famosas cantoras rock de Itália. Começou a correr em em motocross, passando em 1978… para os ralis! Dois anos mais tarde, tentou a sua sorte nos circuitos, ao volante de um Formula Itália, onde foi campeão em 1981.
No ano seguinte começou a sua ligação com a Minardi, ao correr para a sua equipa em Formula 2. Sem resultados de relevo (conseguiu dois segundos lugares), também correu para a equipa de Sport-Protótipos da Lancia, onde entre outras coisas, ganhou uma corrida em Kyalami, acompanhado por Ricardo Patrese, e liderou as 24 Horas de Le Mans de 1984, onde desistiu devido a problemas de caixa de velocidades.
Quando a Minardi embarcou na aventura da Formula 1, em 1985, os responsáveis ficaram surpreendidos pelo facto da FIA não ter-lhe dado a Super-Licença a Nannini, com a sua experiência nas outras categorias. A sua chegada à Formula 1 só aconteceu em 1986, na Minardi. Nesse ano, para além de não se ter qualificado no Mónaco, somente terminou uma corrida, no México, mas em 14º lugar, logo, zero pontos no final da época.
No ano seguinte, manteve-se na Minardi, mas um motor fraco e pouco fiável fez com que coleccionasse desistências atrás de desistências. Mas no final da época, a Benetton notou nele e contratou-o para as três épocas seguintes, onde mostrou todo o seu potencial, sendo um piloto de abordagem agressiva, em contraste com o temperamento mais calmo do seu compnheiro, o belga Thierry Boutsen. Mas também seria na Benetton onde terminaria abruptamente a sua carreira...
Em 1988, pontuou na sua segunda corrida, em San Marino, e chegou ao seu primeiro pódio em Silverstone, numa corrida marcada pela chuva. Repetiu o feito em Jerez, de novo no terceiro lugar. No final da temporada, Nannini classificou-se no 10º lugar, com 12 pontos, dois pódios e uma volta mais rápida, em Hockenheim.
O ano de 1989 foi melhor. Sem Boutsen, que partira para a Williams, Nannini tornou-se no primeiro piloto de uma equipa do meio do pelotão. Apesar do atraso do B189, teve boas prestações no início da temporada, culminando com um pódio em Imola. O meio da temporada, com o carro novo, repetiu o terceiro lugar em Silverstone, com uma ultrapassagem magnifica a Nelson Piquet na ultima curva da última volta da corrida…
A sua coroa de glória foi no controverso GP do Japão, em Suzuka. Tendo sido terceiro classificado durante boa parte da corrida, com o acidente entreos McLaren de Ayrton Senna e Alain Prost, Nannini herdou a liderança na volta 47, mas algumas voltas depois, Senna ultrapassaria-o. No final da corrida, a FIA decide desclassificar o brasileiro, e Nannini ganha a sua única corrida da sua carreira, uma vitória herdada, por certo. Terminou a temporada com um segundo lugar na Austrália, debaixo de chuva. No final da temporada, os 32 pontos deram-lhe o sexto lugar da geral, com uma vitória e quatro pódios.
O ano de 1990 vê Nannini ganhar um companheiro de equipa: Nelson Piquet. A luta foi difícil, mas o italiano soube dar réplica. Chegou ao pódio em San Marino, com a volta mais rápida da corrida, foi segundo em Hockenheim, numa excelente prova, apenas superado por Ayrton Senna, e em Jerez, termina a prova no terceiro posto. Mas o Grande Prémio espanhol seria a sua última corrida na carreira.
Uma semana após esse pódio, Nannini estava na sua casa em Siena quando experimentava o seu novo brinquedo: um helicóptero. Quando tentava aterrar na casa dos seus pais, um problema de motor fê-lo estatelar no chão, deixando-o com um braço decepado. A cirurgia de reimplante do braço foi demorada (mais de 8 horas), mas bem sucedida. Contudo, a sua carreira na Formula 1 tinha acabado. 15 dias mais tarde, Nelson Piquet e Roberto Moreno, seu substituto, davam a primeira dobradinha de sempre á Benetton, e dedicaram a vitória ao convalescente Nannini. Terminou a sua última temporada na Formula 1 na oitava posição, com 21 pontos, três pódios e uma volta mais rápida.
O resumo da sua carreira na Formula 1 foi este: em 78 corridas, espalhadas por cinco temporadas, conseguiu 65 pontos, uma vitória, nove pódios e duas voltas mais rápidas.
Na altura do seu acidente, corria-se o rumor de que ele tinha sido abordado pela Ferrari no sentido da sua contratação, algo que recusou, pelo facto deste ser apenas de um ano. Mais tarde, quando voltou a guiar um Formula 1, foi a bordo de um Ferrari especialmente adaptado para ele…
Depois da Formula 1 e da sua longa reabilitação, Nannini foi para a DTM onde, ao serviço da Alfa Romeo, fez uma parceria bem sucedida ao volante dos Alfa 155 com o seu compatriota Nicola Larini. Em 1997, foi para o campeonato FIA GT a bordo de um Mercedes, acabando a temporada em sexto lugar na geral. No final desse ano, aos 38 anos, abandonou a competição, virando-se para o negócio dos cafés da família.
Contudo, este ano decidiu voltar à acção, aceitando o convite para correr na GP Masters, a competição para maiores de 45 anos. Vamos a ver se mantêm a agressividade que sempre demonstrou nas pistas…
Muito bom como já disse no autosport.pt.
ResponderEliminarDá uma vista de olhos aqui:
http://autosport.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=as.stories/29490
Fica bem
Cumprimentos
Pena que Alessandro Nannini encerrou a carreira na Fórmula 1 no ano que ele vinha melhorando e com um companheiro de equipe experiente como foi com Nelson Piquet. Nannini vinha aprendendo com o tricampeão que não adianta apenas ser rápido. Precisa principa
ResponderEliminarlmente saber desenvolver o carro.
Fábio Kawagoe