quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Ron Dennis responde ao recurso da Ferrari!

Era inevitável. Depois da Ferrari ter conseguido levar o caso Stephney para o Tribunal de Apelo da FIA, devido ao resultado da reunião do passado dia 26, em Paris, Ron Dennis partiu para as hostilidades. E fê-lo em grande, através de uma carta de Dennis ao presidente do Automóvel Clube italiano, Luigi Macaluso, acusando a Ferrari de ter um carro ilegal no Grande Prémio da Australia.


Dennis também acusa a Ferrari e a imprensa italiana de estragar a reputação da sua equipa, espalhando informação que considera como "enganosa" (a maior parte das noticias que pediam uma pesada sanção à equipa de woking provinham de fontes italianas...)

Para as minhas bandas, a Autosport portuguesa decidiu publicar a carta na sua integra, que coloco aqui. Já vos digo que é grande, mas creio que é suficientemente pormenorizada e esclarecedora...

"Caro Sr. Macaluso,

Artigo 151c do Código Desportivo Internacional


Em referência à sua carta datada de 30 de Julho de 2007, endereçada ao Sr. Mosley, da FIA, e à resposta deste, remetida para si próprio, também datada de 31 de Julho de 2007, ambas publicadas no website da FIA, no dia de ontem (3ª Feira), sem oferecer à McLaren qualquer oportunidade para comentar esta troca de correspondência.



Na sua carta à FIA, o Sr. declara que "acha muito difícil justificar como é que uma equipa não é punida, depois de ter sido acusada de violar o artigo 151c do Código Desportivo Internacional".



Como se pode perceber da sua carta, o Sr. só ouviu a versão da Ferrari, pelo que gostaria de explicar ao Sr., detalhadamente, por que foi inteiramente justa a decisão de não punir a McLaren, e por que seria, de facto, igualmente justo se a McLaren não tivesse sido considerada culpada de violar o artigo 151c. Desde que esta questão surgiu, a McLaren mostrou-se completamente cooperante com a Ferrari e a FIA, na investigação dos fatos.



Na audiência anterior ao Conselho Mundial, eu próprio, e altos membros da McLaren, fornecemos provas, e fomos investigados pelo Conselho e pela Ferrari. Apresentamos a estes todos os documentos relevantes da McLaren, para serem considerados. Todas estas provas foram avaliadas na audiência. As provas tornam claro que os verdadeiros factos desta questão são os seguintes:

"Alarme" em Março de 2007

Em Março de 2007, (Nigel) Stepney, da Ferrari, contactou (Mike) Coughlan e informou-o sobre dois aspectos do monolugar da Ferrari, que ele considerou violarem o regulamento da FIA. Mais especificamente, Stepney alertou o Coughlan para um mecanismo ligado ao fundo plano e um separador da asa traseira, elementos que teriam sido vistos no monolugar da Ferrari antes do GP da Austrália.



Coughlan imediatamente falou com direcção da McLaren sobre estas alegações de Stepney, e a McLaren tratou de confirmar se as alegações eram verdadeiras, e concluímos que eram. Assim, alertámos a FIA para estas questões, adoptando a prática usual de solicitar ao Departamento Técnico da FIA sua opinião.



Em relação ao separador da asa traseira, a FIA, referiu que estava de acordo com o regulamento técnico. Relativamente ao fundo plano, a FIA declarou que era ilegal. Posteriormente, você irá avaliar a relevância disso. Tanto quanto sabemos, a Ferrari andou com seus monolugares com esse elemento ilegal no GP da Austrália, prova que venceu.



Tendo em conta o interesse do desporto, a McLaren decidiu não protestar o resultado do GP da Austrália, isto apesar de ser claro que a Ferrari tinha uma vantagem competitiva ilegal.



A Ferrari apenas retirou a ferramenta do fundo plano depois de confirmada a sua ilegalidade pela FIA. Não fosse Stepney ter chamado a atenção da McLaren para esta ferramenta ilegal, e a McLaren ter chamado a atenção da FIA, há razão para se supor que a Ferrari teria continuado a correr com um carro ilegal.



À imprensa, a Ferrari refere que a informação que Stepney forneceu a Couglhan em Março de 2007 como sendo "informação confidencial" da Ferrari. Isso é completamente errado. Não há nada confidencial relativamente ao separador da asa traseira, que é perfeitamente visível no monolugar.



Relativamente à ferramenta do fundo plano, Stepney revelou que a Ferrari se propunha utilizar algo ilegal no GP da Austrália e, naturalmente, durante o resto da temporada. Assim, concluiu-se que Stepney agiu apropriadamente, defendendo o interesse do desporto ao "acionar o alarme". Não é lícito que qualquer equipa espere que seus funcionários fiquem quietos se eles suspeitam, neste caso correctamente, que seus empregadores violam as regras.



A Ferrari também reclamou à imprensa que a McLaren em geral e eu em particular, deveríamos ter avisado a Ferrari que foi Stepney quem nos avisou relativamente à peça ilegal que utilizavam. Também me criticaram por ter feito um acordo de cavalheiros em Abril de 2007 sobre como direccionar queixas técnicas sem revelar que foi Stepney quem fez as descobertas em Março.



Por razões que devem ser óbvias a qualquer um, eu rejeito absolutamente estas críticas. Não penso que seja correcto revelar o nome do informador à Ferrari porque não é do interesses da F1 que membros de equipas sintam que não podem revelar exemplos de actividades ilegais sem porem seus nomes em risco ao serem identificados pelos seus empregadores. É interesse da F1 que descobertas alarmantes como esta sejam encorajadas e não desencorajadas. Se os membros da equipa acham que suas identidades serão reveladas, obviamente que não irão revelar nada.



O que a McLaren fez foi actuar, imediatamente depois de saber do contacto entre Stepney e Couglhan em Março de 2007 para garantir que Stepney e Coughlan terminariam com quaisquer contactos relativamente a este assunto.



Já que não discernimos nada de errado no alarme de Stepney sobre as actividades ilegais da Ferrari, pensámos que não o ajudaria ser o sr. Coughlan o revelador desse facto. Não nos sentimos confortáveis com um decepcionado Stepney estar em contacto com Coughlan. Por esta razão, em Março de 2007, imediatamente depois do GP da Austrália, Coughlan foi instruído por seu superior, (Jonathan) Neale, para acabar com os contactos com Stepney.



Em resumo, depois de confrontados com a informação de que a Ferrari se propunha utilizar uma peça ilegal, a McLaren agiu apropriadamente. De facto, agimos em conformidade com a susceptibilidade do assunto. Se alguma crítica tem de ser feita, então sugiro que você deva reflectir cuidadosamente a conduta da Ferrari, que parece ter vencido o GP da Austrália correndo com uma peça ilegal.



Os "documentos da Ferrari"



Agora vou relatar os eventos que ocorreram posteriormente entre Stepney e Coughlan e, em particular, ao fornecimento de um "dossier" dos documentos da Ferrari por Stepney a Coughlan em um encontro em Barcelona no sábado 28 de Abril de 2007.

Como vou explicar, estes eventos são bem separados no tempo, do alarme de Stepney em Março de 2007 porque, durante este período, Coughlan agia secretamente, violando seu contrato com a McLaren, e com propósitos pessoais, de forma inconcebível como parte de um esquema para deixar a McLaren e rumar a outra equipa com Stepney.



O resultado do encontro de sábado, 28 de Abril de 2007, é que, no começo de Abril, Coughlan contou a Neale que, apesar de seus melhores esforços de cortar contacto, Stepney continuou a contactá-lo para expressar seu desgosto extremo com a Ferrari. Neale solicitou a instalação de um 'firewall' no sistema de computador da McLaren para impedir e-mails de Stepney.



Somado a isso, Coughlan disse a Neale que a única maneira que ele pensava que pararia com essa situação era se Coughlan falasse a Stepney pessoalmente e lhe fizesse ver que tinha de parar do contactar. Neale concordou que ele poderia fazer isso fora do horário de trabalho.



No sábado 28 de Abril de 2007, Couglhan foi a Barcelona e encontrou Stepney. Só Coughlan e Stepney sabiam o que realmente aconteceu naquele encontro. Tendo em conta que a McLaren estava preocupada, quando Coughlan regressou ao trabalho, contou a Neale que seu encontro com Stepney tinha atingido seu objectivo e acreditava que Stepney não o voltaria a procurar.



Depois disso, ninguém na McLaren ouviu qualquer coisa sobre contactos entre Stepney e Coughlan até ao dia 3 de Julho de 2007. Todos na McLaren assumiram que a questão de Stepney contactar Coughlan para expressar lamentações tinha sido resolvida.



A 3 de Julho de 2007, a Ferrari executou uma ordem de busca à casa de Coughlan e encontrou dois Cd’s contendo documentos da Ferrari. Devo colocar uma ênfase especial no facto que os documentos foram encontrados na casa de Coughlan. Nenhum documento da Ferrari foi encontrado nos escritórios da McLaren.



Como é do domínio público, Coughlan admitu que Stepney lhe deu um dossier de documentos da Ferrari em Barcelona que ele usou por motivos pessoais, dizendo ser por 'curiosidade de engenharia'.



Ele manteve esses documentos em sua casa, e com a posterior ajuda da sua esposa, copiou-os em dois CDs, numa loja perto de sua casa, antes de destruir os originais usando um triturador doméstico, e queimá-los no jardim dos fundos. Coughlan diz que não fez uso dos documentos no trabalho e que ninguém mais na McLaren sabia que ele tinha na sua posse os documentos.



Desde que a Ferrari descobriu que Coughlan tinha os documentos em casa, emprestaram dimensões extraordinárias à situação para tentar maximizar o dano à McLaren, sem dúvida na esperança de ganhar alguma vantagem no Mundial.



Em particular, a Ferrari alega, sem justificação, que a McLaren estava ciente do que Coughlan fez e que utilizou os documentos. A Ferrari não tem provas, sejam quais forem, destas alegações ofensivas e falsas, e não apresentou nenhuma prova desse facto ao Conselho Mundial. O Conselho, correctamente, rejeitou tais alegações.



Sobre a alegação da Ferrari de que a McLaren estava ciente do que Coughlan fez, nos seus comunicados à imprensa, a Ferrari tentou confundir o alarme de Stepney feito em Março de 2007 (que a McLaren sabia) com os eventos a e após 28 de Abril de 2007 (que Coughlan manteve completamente em segredo).



Permita-me esclarecer: a McLaren conhecia as informações de Março de 2007, e reportou-as à FIA. Entretanto, isso nada tem nada a ver com o que Coughlan fez em e depois de 28 de Abril de 2007. A McLaren não teve conhecimento algum desses factos.



Para além disso, a Ferrari tentou agarrar-se a dois exemplos, relativos a declarações de Coughlan, em que este dizia que mostrou algumas páginas que diz serem dos documentos da Ferrari para outros dois membros da McLaren: (Rob) Taylor (outro engenheiro da McLaren que tinha previamente trabalhado com Coughlan quando estavam na Ferrari) e Neale (superior de Coughlan).



O Conselho investigou profundamente estes exemplos e concluiu, correctamente, que nem Taylor nem Neale sabiam de que as páginas mostradas a eles eram informações confidenciais da Ferrari, menos ainda de que eram parte de um dossier de centenas de páginas, que Coughlan recebeu secretamente e manteve em sua casa.



Por Taylor estar interessado, Coughlan mostrou-lhe brevemente um simples diagrama. Taylor não tinha ideia se era um diagrama velho ou novo e não sabia se tinha sido oriundo de Stepney. Não lhe foi dada qualquer cópia e não foi feito qualquer uso desse diagrama. Ele nem sequer prestou atenção ao incidente.



Em relação a Neale, ele tinha um encontro informal num restaurante em 25 de Maio de 2007, para discutir um pedido que Coughlan tinha feito para uma libertação antecipada de seu contrato de trabalho com a McLaren.



Perto do fim do encontro, Coughlan começou a mostrar a Neale duas imagens, mas Neale disse que não tinha interesse em vê-las. Neale falou que estas imagens não pareciam ter qualquer ligação com a Ferrari ou com qualquer outra equipa. Quando questionado na audiência sobre isso, Neale disse que, embora fosse apenas especulação de sua parte, achava que Coughlan se iria referir às imagens para procurar recursos para um modelo de equipamento digital.


Estes exemplos não alertam Taylor ou Neale de que Coughlan tinha posse dos documentos da Ferrari. Nenhum deles ou qualquer outro membro da McLaren tinha ideia do que Coughlan tinha feito. Eu recuso, assim, as alegações da Ferrari de que a McLaren usou de alguma forma os documentos que Coughlan manteve secretamente em sua casa.



O próprio Coughlan é categórico ao dizer que não fez uso dos documentos da Ferrari no monolugar da McLaren. O trabalho de Coughlan refere-se à gestão da produção de desenhos pelo grupo de design, e sua apresentação anterior à produção. Ele não teve qualquer responsabilidade pelo incremento de performance do monolugar.



Esta função cabe aos engenheiros-chefe e à equipa de recursos e desenvolvimento que reportam ao director de engenharia, Patrick Lowe, que forneceu provas detalhadas ao Conselho Mundial. Uma parte importante do trabalho de Coughlan era, contudo, monitorar os testes e a fiabilidade do monolugar ao longo do ano.

Somando-se a essa análise funcional, a McLaren conduziu uma pesquisa física e eletrónica (conduzida por Kroll) e um estudo de engenharia conduzido por Patrick Lowe para verificar se qualquer documento da Ferrari esteve ou está na McLaren ou se algum uso de tais documentos foi realmente feito em relação ao monolugar da McLaren.



Esta investigação confirmou que nenhum dos documentos da Ferrari estavam na McLaren, ao contrário do que sucedeu na casa de Coughlan, e que não havia possibilidade de que qualquer informação naqueles documentos possa ter sido usada em qualquer desenvolvimento do monolugar da McLaren. Na audiência, a McLaren demonstrou claramente, para satisfação do Conselho Mundial, que nenhum uso foi feito, de qualquer parte dos documentos da Ferrari no monolugar da McLaren. Assim, as alegações contínuas da Ferrari à imprensa de que a McLaren fez uso dos documentos da Ferrari são totalmente falsos.



Quanto aos motivos reais de Coughlan em conseguir e manter os documentos da Ferrari, e embora a McLaren não possa saber com certeza quais foram esses motivos de Couglhan (e Stepney), o que a McLaren sabe é que, dias depois de 28 de Abril, Stepney contactou a Honda (a 2 de Maio) e começou um processo pelo qual Stepney e Coughlan juntos, ofereceram seus serviços para rumar à Honda. A McLaren acredita que seja provável que Stepney tenha fornecido os documentos da Ferrari a Coughlan como parte de um esquema conjunto para procurar emprego noutra equipa.



Estes são os factos. Apesar de a McLaren não saber com certeza qual era o propósito de Stepney em passar os documentos da Ferrari a Coughlan e qual era o propósito de Coughlan ao recebê-los, a McLaren sabe com certeza que Coughlan agiu secretamente e que os documentos da Ferrari não foram usados no monolugar da McLaren, mas que Stepney e Coughlan queriam deixar a Ferrari e a McLaren para ir a outra equipa.



É um facto que Coughlan nunca passou os documentos da Ferrari para quem quer que seja na McLaren, ou contou a alguém na McLaren que tinha estes documentos. É um facto que ninguém na McLaren sabia que Coughlan tinha recebido qualquer documento de Stepney em 28 de Abril. É um facto que Coughlan foi aconselhado por Neale para parar com todos os contactos com Stepney logo depois do GP da Austrália.



Outras questões



Sua carta também sugere que o resultado poderia ter sido diferente se o Conselho tivesse dado à Ferrari oportunidades para ser ouvida além das que foram oferecidas. Eu novamente peço para que veja os factos, pois a Ferrari participou inteiramente na audiência antes do Conselho. Primeiramente, a Ferrari submeteu um longo, apesar de grosseiramente equivocado, memorando, com data de 16 de Julho de 2007, junto com documentos que totalizavam 118 páginas. A Ferrari não mandou o memorando à McLaren. O memorando circulou pelo Conselho no dia 20 de Julho. A McLaren nada viu até dois dias antes da audiência e foi quando pudemos corrigir suas acusações erradas. Neste hiato, o memorando da Ferrari ou partes dele parecem ter sido cedidos à imprensa italiana, já que muitas reportagens desta ecoam elementos daquele memorando.


Somado a isso, à Ferrari, que estava representada por advogados, foram dadas várias oportunidades pelo presidente da FIA para fazer questões durante a audiência. Todt testemunhou.


Estava claro que o presidente da FIA ofereceu à Ferrari todas as oportunidades de ser ouvida para garantir que todas as questões relevantes fossem conhecidas pelo Conselho Mundial. De facto, bem no fim dos procedimentos, a Ferrari interveio com um pedido para fazer os comentários finais. O pedido da Ferrari foi aceite e seu advogado teceu os seus comentários.


Portanto, simplesmente não entendo que base existe para a queixa da Ferrari de que foi lhe negada uma oportunidade para expor o seu caso. Ele foi exposto, tanto escrito quanto verbalmente.


Respeitosamente peço que você e a ACI-CSAI observem os factos principais desta questão de forma objectiva e justa em vez de ser influenciado por afirmações seleccionadas e enganosas feitas com o objectivo de denegrir a McLaren.


A razão pela qual a McLaren não foi punida é que o Conselho Mundial concluiu, de novo correctamente, que não deveria ser culpada pelas acções de Coughlan. Baseou suas decisões em argumentos sólidos e não em insinuações falsas. A reputação da McLaren foi injustamente manchada por reportagens incorrectas na imprensa em Itália e afirmações grosseiramente enganosas da Ferrari.


Este tem sido um Mundial fantástico, e seria uma tragédia se um dos melhores Mundiais dos últimos anos fosse sabotado pelos actos de um funcionário da Ferrari e outro da McLaren, que agiram por propósitos pessoais sem qualquer ligação à Ferrari ou à McLaren. Acreditamos que os comunicados de imprensa da Ferrari, os documentos que chegaram à imprensa italiana e os acontecimentos recentes têm denegrido a Fórmula 1 e a McLaren. O Mundial deve ser disputado em pista, não nos tribunais ou na imprensa.


Naturalmente, vamos apresentar a nossa visão da questão ao Tribunal de Apelação da FIA, já que acreditamos piamente que a McLaren nada fez de errado. Acreditamos que a justiça vai prevalecer e que a McLaren não vai ser punida.


Respeitosamente,


Ron Dennis"

1 comentário:

  1. Li a carta na sua íntegra e ainda acho que a McLaren merece uma punição. Afinal, os prateados foram, no mínimo, coniventes com relação às atitudes do Mike Coughlan.

    E sobre o carro "ilegal" da Ferrari, só digo que o modelo só foi proibido após a corrida de Melbourne. Portanto, no dia da corrida, ele ainda estava dentro das regras.

    Grande abraço Speeder!

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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...