quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Extra-Campeonato: Os empates portugueses que dão cabo dos meus nervos...

Eu confesso que fujo do futebol como foge o Diabo da Cruz, mas há uma honrosa excepção: a Selecção Nacional. Não disse nada no Sábado, porque pensava que as coisas poderiam equilibrar-se na quarta-feira, mas no final, não deu em nada.



Não gosto de treinadores que jogam para empatar, assim como não gosto de jogadores que encaram a Selecção como se fosse um frete. E vi as duas coisas nos jogos desta jornada dupla contra a Polónia e contra a Sérvia. Em situações normais, estes jogos teriam como resultado uma vitória nossa. Mas a tática de Scolari, de recuar a equipa quando o resultado é favorável por uma bola, é em muitos aspectos, um convite à derrota. E é isso que sinto depois destes dois jogos: que os empates souberam a derrota. E para piorar as coisas, aquela agressão no final da partida, com o Dragutinovic, só vai enterrar as coisas para o nosso lado...


Luiz Filipe Scolari vai ficar nos nossos livros de história como um dos melhores seleccionadores nacionais de sempre. E estou eternamente agradecido a ele, pois sem isso, provavelmente não iriamos tão longe em termos de Selecção. Afinal de contas, ele mostrou que nós podermos sonhar com um título europeu ou mundial. Teve outra boa qualidade: sendo estrangeiro, estava a salvo de pressões dos "três grandes" (Benfica, Porto e Sporting) para que convocasse os jogadores das suas perferências. Nâo que agora, isso tenha importância (mais de metade dos habituais convocados jogam no estrangeiro), mas conseguiu estar acima das "clubites", msemo com a visível hostilidade portista...


Mas a sua teimosia, em apostar em certos jogadores, ou em certa táctica, esse conservadorismo, pode estar a levar ao abismo: a possibilidade de não nos qualificarmos para o Euro 2008, a disputar na Austria e na Suiça começa a ser real. apesar de termos menos um jogo que os nossos adversários, a maneira como encaramos os jogos tem que ser radicalmente mudada. A ideia de "ganhar em casa e empatar fora" é meio caminho para o desastre. Para mim, com a Selecção que temos, temos a obrigação de ganhar todos os jogos, mesmo que no final possamos perder. Mas devíamos vender cara a derrota. Porque a nossa Selecção é o orgulho do nosso país.


E A Nossa Selecção é o melhor motivo para que os nossos emigrantes andem na rua de cabeça erguida. Nos últimos anos, nunca uma equipa como a Nossa Selecção fez tanto para aumentar a auto-estima do nosso país. Hoje, não me consigo identificar com eles. Jogaram mal, não se encontraram, não tiveram atitude, brio, vontade de vencer. Parece que encaram isto como se fosse um frete. Não pode, nem deve ser.


As coisas ainda podem ser corrigidas, claro. E a primeira coisa que se deve fazer é mudar o discurso. Agora, não há margem de erro: é jogar para ganhar. Estes jogadores milionários têm que "comer a relva", no Azerbeijão, no Cazaquistão, na Arménia, na Finlândia. Estes quatro jogos só podem ter um resultado: a vitória, e nada mais. Caso contrário, o destino só pode ser um: o despedimento de Luiz Filipe Scolari e a demissão de Gilberto Madaíl, o presidente da Federação. Já deram as abébias todas. Agora chega! Eu pensava que a calculadora tinha acabado de vez...

2 comentários:

  1. Caro Speeder, tal como tu eu tb prezo muito a selecção nacional, seja de que modalidade for. Tmabém agradeço o que este treinador fez nos últimos tempos pela NOSSA selecção. O que mais me indignou após o Mundial foi o facto d treinador Brasileiro não ter saído pela porta grande. Um vice campeonato Europeu e uma boa prestação no Mundial são feitos consideráveis para uma equipa como a nossa. No entanto ele ficou, com ele ficou o sistema de jogo e as tácticas e os jogadores. Acredito que Portugal se qualifique para o Europeu, mas não penso que devemos manter o Scolari por mais tempo, tudo tem um fim, a questão está em saber quando desistir antes de nos inundarmos irremediavelmente em críticas e maus resultados...

    Abraços

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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...