Lembram-se noutro dia falar do "One Hit Wonder"? Pois é... nunca pensei que tal ideia pudesse ser aplicada na Formula 1. Mas foi. Andy Warhol disse um dia que toda a gente tem direito aos seus 15 minutos de fama, logo, há sempre alguém que fica na história por um momento em particular, e muitas vezes, esse momento particular é tão marcante que o acompanha para o resto da vida, e até além dela... No caso de Peter Gethin, foi um momento e um local que o tornou famoso: Monza 1971, quando bateu Ronnie Peterson por um centésimo de segundo...
Peter Kenneth Gethin nasceu a 21 de Fevereiro de 1940, em Ewell, no Surrey britânico. Chegou ao automobilismo em meados da década de 60, altura em que conheceu Bruce McLaren, o homem que fundara a equipa com o seu nome. Em 1969, McLaren precisava de um piloto para substituir Chris Amon na Can-Am, já que o seu compatriota tinha ido de armas e bagagens para a Ferrari. Foi correr na Formula 5000 britânica nesse ano, onde foi campeão.
Peter Kenneth Gethin nasceu a 21 de Fevereiro de 1940, em Ewell, no Surrey britânico. Chegou ao automobilismo em meados da década de 60, altura em que conheceu Bruce McLaren, o homem que fundara a equipa com o seu nome. Em 1969, McLaren precisava de um piloto para substituir Chris Amon na Can-Am, já que o seu compatriota tinha ido de armas e bagagens para a Ferrari. Foi correr na Formula 5000 britânica nesse ano, onde foi campeão.
Assim sendo, continuou a competir com o McLaren M8D em 1970, fazendo parceria com McLaren, Dennis Hulme e os americanos Peter Revson e Dan Gurney, ganhando uma corrida e acabando em terceiro. Entretanto, fez uma perninha na Formula 5000, onde se tornou bi-campeão britânico, também ao volante de um McLaren.
Mas quando o fundador Bruce McLaren morreu, quando testava um M8D de Can-Am, em Goodwood, em Junho desse ano, Teddy Mayer, o sucessor de McLaren na equipa, pediu a Gethin para o substituir na equipa de Formula 1. Fez o seu trabalho, e conseguiu um sexto lugar no GP do Canadá, ficando na 23ª posição, com um ponto.
No ano seguinte, começou a carreira na McLaren, mas em Julho, com a morte de Pedro Rodriguez, a BRM procurava um substituto. Gethin, que segundo as más línguas, tinha sido despedido da McLaren por “fraco desempenho”, aceitou e a partir do GP da Austria, o britânico foi o segundo piloto da BRM para o resto da temporada. Nessa corrida, terminou em décimo, numa corrida ganha... pelo seu companheiro, Jo Siffert.
Na corrida seguinte, em Monza, Gethin partiu da 11ª posição da grelha, liderada pelo Matra de Chris Amon. À medida que a corrida desenrolava, Gethin mantinha-se no pelotão. Na última volta da corrida, Gethin era quarto, num apertado pelotão, onde o March de Ronnie Peterson, o Tyrell de Francois Cevért e o Surtees de Mike Hailwood tinham hipóteses reais de vitória. Mas na última curva, Gethin teve uma manobra arriscada, que fez com que ultrapassasse Hailwood, Cevért e Peterson, e ganhasse por um décimo de segundo, a mais apertada margem de vitória de sempre. Era a primeira vitória de Gethin na Formula 1. No final da temporada, aqueles nove pontos deram-lhe o nono lugar do campeonato.
Em 1972, continua na BRM, mas os resultados não são animadores. Numa equipa enorme, com cinco carros oficiais, os recursos dispersos, não permitiram mais do que um sexto lugar em Monza. Esse ponto deu-lhe o 21º posto na classificação geral. No final dessa época, decide largar a Formula 1 e procurar outros vôos.
Em 1973, ganha uma prova extra-campeonato, a Brands Hatch Race of Champions, batendo os Formula 1 com o seu Chevron de Formula 5000. No ano seguinte, é campeão das Tasman Series, uma série de corridas que aconteciam na Austrália e Nova Zelândia. Ainda dá uma perninha na Formula 1, correndo pela equipa de Graham Hill, no GP de Inglaterra, a bordo de um chassis Lola, onde não acaba a corrida.
Na corrida seguinte, em Monza, Gethin partiu da 11ª posição da grelha, liderada pelo Matra de Chris Amon. À medida que a corrida desenrolava, Gethin mantinha-se no pelotão. Na última volta da corrida, Gethin era quarto, num apertado pelotão, onde o March de Ronnie Peterson, o Tyrell de Francois Cevért e o Surtees de Mike Hailwood tinham hipóteses reais de vitória. Mas na última curva, Gethin teve uma manobra arriscada, que fez com que ultrapassasse Hailwood, Cevért e Peterson, e ganhasse por um décimo de segundo, a mais apertada margem de vitória de sempre. Era a primeira vitória de Gethin na Formula 1. No final da temporada, aqueles nove pontos deram-lhe o nono lugar do campeonato.
Em 1972, continua na BRM, mas os resultados não são animadores. Numa equipa enorme, com cinco carros oficiais, os recursos dispersos, não permitiram mais do que um sexto lugar em Monza. Esse ponto deu-lhe o 21º posto na classificação geral. No final dessa época, decide largar a Formula 1 e procurar outros vôos.
Em 1973, ganha uma prova extra-campeonato, a Brands Hatch Race of Champions, batendo os Formula 1 com o seu Chevron de Formula 5000. No ano seguinte, é campeão das Tasman Series, uma série de corridas que aconteciam na Austrália e Nova Zelândia. Ainda dá uma perninha na Formula 1, correndo pela equipa de Graham Hill, no GP de Inglaterra, a bordo de um chassis Lola, onde não acaba a corrida.
Logo a seguir, entra na aventura da Maki, onde nos treinos livres do Grande Prémio da Alemanha, no temebroso circuito de Nurburgring, tem um acidente grave que o faz pensar duas vezes se devia continuar a correr em automóveis. Para piorar as coisas, não tinha mais perspectivas, logo, decide que já era altura de terminar a sua carreira. Contudo, dois anos mais tarde, sai da sua reforma para correr umas corridas na Can-Am. Depois disso, retirou-se de vez.
A sua carreira na Formula 1: 31 Grandes Prémios, em cinco temporadas, uma vitória, um pódio, 11 pontos no total.
Nos anos 80, colabora com a equipa Toleman, onde se torna director desportivo. É aí que em 1984, toma conta de um certo Ayrton Senna... Hoje em dia, vive em Inglaterra, onde gere uma escola de condução com sede em Goodwood. Pertence à organização do histórico Festival de Velocidade, que se disputa no início de Julho nesse circuito inglês, e também serve de conselheiro a pilotos que começam as suas carreiras. Apesar desta vida pacata, Gethin vai ser sempre recordado como um dos vencedores mais curtos de sempre da Formula 1...
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