Há 29 anos atrás, a Formula 1 perdia um dos mais talentosos pilotos que jamais tinha visto. Peertence a quele trio de pilotos que nunca ganharam um campeonato, mas que mereceram o seu lugar no Olimpo:
Stirling Moss,
Ronnie Peterson e
Gilles Villeneuve. Por duas vezes vice-Campeão do Mundo, vencedor de dez corridas, e detentor de 14 pole-positions, o "sueco voador" deixou muitos fãs por esse mundo fora, graças ao seu estilo de pilotagem.
Em 1965, na sua Suécia natal, guiando karts, tal como a esmagadora maioria dos que chegaram à categoria máxima, o karting foi a sua escola de aprendizagem. E ele aprendia da forma mais dura: à chuva!
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No ano seguinte, em conjunto com o seu pai, criam o "Svebe": um carro de
Formula 3, com base num chassis Brabham, com um motor de 1 litro para o campeonato local. Vai ser com este carro caseiro que Peterson dará nas vistas...
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Em 1968, assina um contrato com a
Tecno, que lhe dará um carro vencedor, tornando-se bi-campeão sueco de
Formula 3, em 1968 e 1969, e fazendo com que assinasse contrato com uma nova equipa: a
March.
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Em finais de 1969, Peterson assina o seu contrato na presença de
Max Mosley. Ele iria conduzir o carro na categoria de Formula 2, em
1970, mas as suas performances no GP do Mónaco desse ano levaram a que estivesse na equipa oficial de Formula 1 no ano seguinte, depois de ter conduzido para um privado, sem pontuar.
A primeira grande chance de vitória. Monza 1971, uma das diferenças mais curtas de sempre na categoria, batido pelo
BRM de
Peter Ghetin. O autódromo italiano iria ser o seu circuito "fetiche", onde iria ganhar por três vezes (1973, 1974 e 1976) Iria ser também o palco da sua corrida fatal... Vai ser também ao volante de um March que se torna vice-campeão do Mundo e ganha o título europeu de Formula 2.
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A sua dedicada companheira:
Barbro Edwardson. coneceram-se em 1970, casaram-se em 1975 e tiveram uma filha, de seu nome Nina-Louise. Pouco depois de Ronnie morrer, Barbo casou-se com outro piloto, o irlandês
John Watson. Contudo, as depressões que atravessava foram demais para ela e cometeu suícidio em Dezembro de 1987.
1973: chega à
Lotus.
Finalmente tem um carro à altura. Ganha quatro corridas nesse ano, mas se as coisas foram boas para ele, foram más para a equipa, pois a dispersão dos recursos entre ele e o brasileiro
Emerson Fittipaldi, fez com que perdessem o título a favor de
Jackie Stewart.
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1976: os dois últimos anos na Lotus foram de suplício. O desastroso
Lotus 76 tinha consumido demasiado tempo e recursos da equipa, e Peterson estava desiludido, pois achava que a Lotus era o palco ideal para tentar o assalto ao título mundial. Depois de ter corrido em Interlagos, zanga-se seriamente com Colin chapman e corre o resto da temporada na
March, onde ganha uma corrida... em Monza!
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No ano seguinte, na sua apresentação como piloto da
Tyrrell. Não foi um grande ano, pois o melhor que teve foi um terceiro lugar na Belgica, corrida ganha pelo seu compatriota e amigo
Gunnar Nilsson. Mas isso não significou que tivesse acabado para a competição. Muito pelo contrário...
1978, o seu ano final. De volta à Lotus, como segundo piloto, mostrou que a sua rapidez estava intacta. Mas também era um piloto fiel ao compromisso: mantinha-se sempre atrás de
Mario Andretti, seu companheiro de equipa e amigo pessoal. Anos depois, o americano diria que ele tinha sido "
o seu melhor companheiro de sempre em corridas".
Circuito de Zeltweg, 19 de Agosto de 1978: a sua vitória final, na Austria, debaixo de chuva. Reparem num pormenor: nesta altura já não usa mais aquela pala que tinha no seu capacete, que seriva para se proteger do sol, e tinha sido tão característico durante toda a sua carreira.
10 de Setembro de 1978. Monza, o acto final. Nos treinos, Peterson danificou o seu Lotus 79 e o seu unico carro de reserva era um Lotus 78, menos seguro e pouco usado. Na partida, dada de forma caótica, sem que todos os carros estivessem parados na grelha, a confusão deu-se 300 metros depois da partida, quando
James Hunt bateu no Arrows de
Riccardo Patrese, que por sua vez toca em Peterson, que bate de frente contra os rails de protecção.
O piloto sueco é retirado por Hunt, o suiço Clay Regazzoni e por Patrick Depailler. Os ferimentos que o sueco sofreu eram graves, e uma das pernas corria o risco de amputação. Mais tarde, no hospital, sofreu uma longa operação para minorar as fracturas. Contudo, durante a noite, a medula óssea entrou na circulação sanguínea, causando-lhe uma embolia fatal, na manhã de 11 de Setembro de 1978. Aos 34 anos.
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A sua campa, em Örebro, na sua terra natal. É a campa da familia, com a sua amada Barbro e os seus pais, Bengt e May-Britt. Na sua cidade natal, tem uma estátua dele em tamanho natural, que segundo dizem, é um dos ex-libris da cidade...
Já agora, dêm uma vista de olhos ao site oficial de tributo a este excelente corredor:
http://www.ronniepeterson.se/. Nâo se preocupem, há uma versão inglesa.
Sensacional, Speeder. Para mim, esta data trágica tem um estranho sabor: foi com o acidente de Peterson que "descobri" as corridas. Eu tinha dez anos, fiquei muito impressionado com as cenas do acidente e mais ainda quando soube que ele havia morrido.
ResponderEliminarComecei a ler tudo o que apareceu sobre ele e, como já gostava de carros, possuía algumas revistas com coberturas de F1. E, para resumir, aqui estou... Abraços. (LAP)
O Pandini disse tudo, bellísima matéria,sempre bem pesquisada, excelente seleção de fotos para documentar a história.
ResponderEliminarMais ua vez meus parabéns, são matérias como esta que fazem do seu blog um dos melhores do mundo!