Os anos 80 foram pródigos em pilotos vindos da "Bella Itália", só que essa quantidade não deu títulos. Deu bons pilotos, como Michele Alboreto, Riccardo Patrese, Ivan Capelli ou Elio de Angelis. E entre esse contigente italiano, falo de um deles, que mostrou talento nos dois lados do Atlântico: Teo Fabi.
Teodorico Fabi nasceu a 9 de Março de 1955 (tem agora 52 anos) e teve um irmão mais novo que também correu na Formula 1: Corrado Fabi. Praticante de desportos desde cedo, aos 15 anos tentou a sua sorte no esqui, ao participar nos Campeonatos do Mundo da especialidade pelo... Brasil. Tudo isso aconteceu porque era neto de brasileiros...
Depois de não ter grande sorte nos esquis, virou-se para os automóveis. Depois uma excelente carreira nos karts, enquanto estudava Engenharia Mecânica no Instituto de Tecnologia de Milão, passa para a Formula Ford 1600, onde conquista o título italiano em 1977. Passa para a Formula 2 em 1978, onde revela-se, ganhando uma prova na Argentina. Dois anos mais tarde, fica na terceira posição na competição, ganhando três corridas.
No ano seguinte, vai competir para os Estados Unidos para correr na Can-Am, com bons resultados, ganhando quatro corridas e acabando na segunda posição do campeonato. E em 1982 começa a competir na Formula 1, a bordo de um carro da equipa Toleman. Das 16 provas do campeonato, Fabi competiu em sete, e não pontuou em nenhuma corrida.
No ano seguinte, troca a Formula 1 pela CART e faz uma grande temporada: faz a "pole-position" nas 500 Milhas de Indianápolis, onde desiste após uma avaria na volta 44, ganha quatro provas na temporada e torna-se vice-campeão da competição, com o prémio de "Rookie do Ano". Tudo faz com que volte à Formula 1 como companheiro de equipa de Nelson Piquet na Brabham.
Contudo, a temporada de 1984 foi repartida entre os Estados Unidos e a Europa, entre a CART e a Formula 1. Para o substituir nos dias em que havia coincidências entre ambas as competições, ia o seu irmão Corrado. Nessa época, Teo Fabi consegue um pódio em Detroit e mais duas provas nos pontos, acabando o campeonato na 12ª posição, com nove pontos. Entretanto, na CART, não consegue mais do que um pódio, e 15 pontos, em apenas meia temporada.
Para 1985, volta para a Toleman, mas não corre nas três primeiras provas do ano devido a uma polémica entre a equipa e o fornecedor de pneus. Quando voltaram a competir, Fabi tenta levar o seu carro para lugares pontuáveis, mas isso não foi conseguido. Contudo, Fabi consegue em Nurburgring uma inédita "pole-position" para a equipa, no mesmo fim de semana que esta é comprada pela Benetton...
Em 1986, com a Toleman transformada em Benetton, Fabi melhora as suas prestações. consegue duas "pole-positions" em Zeltweg e em Monza, mas curiosamente, nunca as aproveitou: na corrida austríaca, foi ultrapassado por Gerhard Berger, seu companheiro na Benetton, e em Monza, um problema nos treinos fez com que partisse na última fila... o melhor que conseguiu foi um quinto lugar em Imola. Esses dois pontos deram-lhe o 15ª lugar na classificação geral, com duas "pole-positions" e uma volta mais rápida.
Continua a correr em 1987, a bordo da Benetton, agora com o belga Thierry Boutsen como companheiro. consegue acabar mais vezes nos pontos, e tem um pódio em Zeltweg, acabando na terceira posição. No final da época, Fabi acabava na nona posição do campeonato, com 12 pontos, e um pódio.
Contudo, no final do ano, Fabi não fica na Formula 1 e volta para os Estados Unidos, correndo pela CART ao serviço da Porsche. Nos três anos seguintes, só ganha uma prova, em 1989, no circuito de Mid-Ohio. No final de 1990, a Porsche sai da CART, e a carreira de Fabi nos Estados Unidos faz uma pausa. Entretanto, Fabi também corria nos Sport-Protótipos, a bordo da Jaguar, e em 1991, torna-se campeão mundial da categoria.
Depois de mais alguns anos nos Sport-Protótipos, Fabi voltou à CART de 1993 a 1995, sem grandes resultados. No final de 1995, com 40 anos, decide que já era altura de abandonar a competição de vez.
A sua carreira na Formula 1: 71 Grandes Prémios, em cinco temporadas (1982, 1984-87), dois pódios, três pole-positions, duas voltas mais rápidas, 23 pontos.
Hoje em dia, Teo Fabi cuida em Itália da carreira de outro Fabi: o seu filho Stefano.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...