Nunca agora Portugal teve uma chance tão boa para meter mais do que um piloto na Formula 1. E para 2008, depois de ter falado na hipótese (duvidosa, mas real) de Tiago Monteiro voltar à categoria máxima, o jornal "Público" coloca hoje as hipóteses de mais dois pilotos, Alvaro Parente e Filipe Albuquerque, de em breve estar no restrito pelotão de pilotos de Formula 1. E há algumas revelações, sendo a principal é de que Filipe Albuquerque pode ser terceiro piloto da Red Bull em 2008.
Mas se quiserem ver todo o panorama, basta ler o artigo do jornal português, assinado por Hugo Daniel Sousa, que reproduzo aqui na íntegra:
08.11.2007, Hugo Daniel Sousa
Álvaro Parente, com o apoio do empresário Jorge Mendes, Filipe Albuquerque e Tiago Monteiro estão na fila para chegar à competição.
São pesadas as portas que dão acesso à Fórmula 1. Nesta altura do ano, diz Tiago Monteiro, há 40 ou 50 pilotos de todo o mundo a tentar preencher os dois ou três lugares livres nas 11 equipas de F1 que vão participar no Mundial de 2008. E há três portugueses nesta fila para chegar à principal competição automobilística: Álvaro Parente e Filipe Alburquerque dirigem mais as atenções para a hipótese de serem pilotos de testes, enquanto Tiago Monteiro tenta o regresso como piloto titular.
Filipe Albuquerque, de 22 anos, é neste momento o português que tem uma ligação mais firme a uma equipa de Fórmula 1. Integra desde 2005 a Red Bull Junior Team e tem uma proposta concreta para ser terceiro piloto da escuderia detida pelo bilionário austríaco Dietrich Mateschitz. "Estou a tentar reunir os apoios necessários para ser piloto de testes da Red Bull", disse ao PÚBLICO o jovem de Coimbra. "A outra proposta que tenho é ir para o Japão, fazer a Fórmula Nippon, ganhar o máximo de experiência e depois voltar à Europa, para entrar na F1", revela Albuquerque, que já fez testes privados na escuderia. "Já fiz mais de 1000km."
As perspectivas de Álvaro Parente são diferentes. O piloto do Porto venceu este ano a World Series by Renault e como prémio tem direito a um teste na escuderia francesa, em data e local ainda por definir. Agora apoiado pela empresa Polaris Sports, detida pelo empresário Jorge Mendes, Álvaro Parente está a explorar vários caminhos: negociações com equipas de F1 para ser piloto de testes e possibilidade de correr o GP2, o último degrau antes da F1. "Estamos a trabalhar em vários sentidos. E já tenho garantido que este mês vou fazer o desenvolvimento do novo Renault 3.5 [da World Series]. É bom porque não vou ficar parado", argumenta o jovem piloto, cujo currículo - campeão europeu júnior de karting em 1998 e vencedor da F3 britânica em 2005 - chamou a atenção da empresa Polaris Sports, que detém os direitos de imagem de Cristiano Ronaldo, Deco e José Mourinho. "Vamos usar a nossa experiência para promover a carreira de Álvaro Parente, que tem talento para estar entre os melhores", explicou ao PÚBLICO Luís Correia, responsável pela Polaris Sports.
Já a luta de Tiago Monteiro é diferente. Após dois anos na Fórmula 1 (2005 e 2006) em equipas pouco competitivas, o piloto portuense tenta agora o regresso. "Estou a negociar com duas escuderias. Mas quero voltar em equipas que me permitam entrar nos pontos de vez em quando. Não quero estar na F1 a todo o custo", explica.
Recusando revelar as equipas em causa, por dever de sigilo, Tiago Monteiro argumenta que, nesta altura, é impossível determinar com exactidão as possibilidades de regressar. "A F1 é um negócio em que tudo pode mudar até estar assinado. Um dia posso ser o primeiro da lista e no outro ser o terceiro ou quarto."A definição do futuro de Fernando Alonso tem condicionado todo o mercado de transferências. Filipe Albuquerque e Álvaro Parente acreditam que o "efeito" Alonso não terá reflexos nas suas negociações, mas já Tiago Monteiro espera "retirar benefícios" da "dança de pilotos" que a saída do espanhol da McLaren vai provocar.
Do montante em patrocínios necessário para entrar na F1 é que nenhum piloto quer falar. Mas Duarte Cancella de Abreu, que acompanhou de perto a carreira dos últimos três pilotos que estiveram na competição (Pedro Matos Chaves, Pedro Lamy e Tiago Monteiro), estima que "10 a 12 milhões de euros" seja o valor exigido para chegar à F1, embora o valor varie consoante o piloto e a equipa. Até porque um euro numa escuderia pode ser caro e noutra barato. "10 a 12 milhões de euros é o valor necessário em patrocínios para um piloto entrar na F1", estima Duarte Cancella de Abreu.
Falei hoje com o Pedro Lamy nos boxes de Interlagos e garantiu que ele e Schumacher estão disputando a vaga na McLaren.
ResponderEliminarMas não esclareceu se é pra vigia noturno ou chofer do Ron...
Caaaaaalma era só brincadeirinha =D
Mas que o Pedrinho merece ganhar esse Mundial, ah merece.
Claro que merece, Mário. Por falar nisso, tenho que colocar comentários sobre as Mil Milhas...
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