Deve ter sido dos pilotos mais interessantes da Formula 1 teve naquela década de 90. De inicio um piloto rápido e perigoso, evoluiu para um respeitaod segundo piloto, o primeiro escudeiro de Michael Schumacher na Ferrari, e que quase aproveitou a oportubidade que teve, quando este ficou lesionado no GP inglês, em 1999. Nesse ano, não ganhou o campeonato por um triz. Pois e, hoje falo-vos de Eddie Irvine.
Edmund Irvine Jr. nasceu a 10 de Novembro de 1965 em Newtonards, na Irlanda do Norte (fez agora 42 anos). O seu pai, Eddie Irvine Sr. estava envolvido no automobilismo, e a sua irmã, Sonia, também. Mais tarde, foi ela que geria a carreira do irmão na Formula 1. Eddie começou a guiar em 1983, na Formula Ford, e em 1987, ganha o campeonato birtânico, bem como o Formula Ford Festival, no circuito de Brands Hatch.
Em 1988 chega à Formula 3 inglesa, e no ano seguinte, passa para a Formula 3000. No ano seguinte, foi correr na Jordan de Formula 3000, e as suas prestações ao volante imprwssionaram Eddie Jordan, mas quando este foi montar a sua equipa de Formula 1, no ano seguinte, não levou Irvine com ele. Em vez disso, foi para o Japão, fazer carreira na Formula Nippon, onde lá ficou entre 1991 e 1993.
No final de 1993, a Jordan precisava desesperadamente de um bom segundo piloto. O ano na equipa não tinha sido bom, com uma sucessão de pilotos pagantes, após a reforma do seu segundo piloto, o belga Thierry Boutsen, que pouco ou nada acrescentaram à equipa. Sendo assim, Eddie Irvine veio em seu auxilio no GP do Japão, ele que era conhecedor da pista de Suzuka. A corrida ficou marcada pela sua competitividade que roçava os limites... e pelo murro na cara que levou de Ayrton Senna!
A sua atitude de desafio pode ter dado resultados (foi sexto), mas o facto de ter desdobrado quer Senna, quer Damon Hill, prejudicando a luta entre os dois pilotos pela liderança, como também o facto de ter colocado na gravilha o Arrows de Derek Warwick, criou má reputação no piloto irlandês. Para piorar as coisas, no primeiro Grande Prémio de 1994, no Brasil, foi protagonista de uma das mais arrepiantes carambolas de que há memória, atirando para a gravilha, para além do seu carro, o Benetton de Jos Verstappen, o McLaren de Martin Brundle e o Ligier de Eric Bernard. Resultado: a FIA baniu-o em três corridas. E não se sabia que aquele acidente era um prólogo de coisas bem mais graves...
Após esse incidente, a velocidade foi mais comedida e passou a ser mais objectivo. Agora era "Steadie Eddie", que não cometia erros. Em 1994 conseguiu seis pontos, que lhe deram a 16ª posição no Campeinato do Mundo. Em 1995, de novo com Rubens Barrichello, Irvine consegue o seu primeiro pódio, um terceiro lugar, no Canadá (a unica corrida ganha por Jean Alesi). No final da época, consegue dez pontos e a 12ª posição no campeonato. Isso fez com que fosse contratado para a Ferrari no sentido de ser o fiel escudeiro de Michael Schumacher.
No primeiro ano dessa dupla, o de 1996, com um mau carro, Schumacher consegue três vitórias, enquanto que Irvine, o melhor que consegue é um terceiro lugar em Melbourne, conseguindo ao todo 11 pontos e o décimo lugar no Campeonato do Mundo. As coisas mudam um pouco em 1997, onde consegue cinco pódios, sendo o melhor um segundo lugar em Buenos Aires, depois de uma árdua luta com Jacques Villeneuve pela lidernça. No final do ano, o sétimo lugar e os 24 pontos registam a evolução do carro.
No ano seguinte, Irvine já mostra muito melhor, e começa a ver que quer ser muito mais do que um simples escudeiro de Michael Schumacher. Mas primeiro quer ganhar corridas. Não vai ser este ano, mas os oito pódios, entre os quais os segundos lugares em Magny-Cours, Monza e Suzuka, demonstra a evolução que ele teve durante esse ano. No final de uma temporada dominada pelos McLaren, apesar da oposição de Michael Schumacher, Irvine consegue o quarto lugar, com 47 pontos.
Na temporada de 1999, Irvine tem uma entrada de leão: vence finalmente o seu primeiro Grande Prémio da sua carreira, em Melbourne, mas sabe que tem que obdecer à hierarquia, apesar de ter ganho o primeiro GP do ano. Contudo, tudo muda em Silverstone, quando Michael Schumacher bate na Curva Stowe, fracturando uma das suas pernas, ficando de fora para o resto da temporada.
Foi a oportunidade de ouro para Irvine: ganha em Zeltewg, Hockenheim e em Sepang, mas na última corrida do ano, Irvine não consegue fazer frente ao McLaren de Mika Hakkinen, que se tornou bi-campeão do mundo. Irvine teve-se que contentar com o vice-campeonato, com 74 pontos, quatro vitórias e nove pódios.
No final desse ano, independentemente de ganhar o título mundial ou não. Irvine iria embora da Ferrari, farto do tratamento de segundo piloto, e iria para a Jaguar, que recentemente comprara a Stewart. Tudo prometia (a equipa de Sir Jackie tinha sido quarta nos construtores), mas no final daquele ano de 2000, o melhor que Irvine conseguiu foi quatro pontos e o 13º lugar no campeonato de pilotos. No ano seguinte, um terceiro lugar no Mónaco foi o melhor que conseguiu, ficando no final da época com seis pontos e o 12º lugar. E na sua temporada final, a de 2002, Irvine consegue um terceiro lugar em Itália, ao lado dos Ferrari de Schumacher e Barrichello...
No final dessa época, achou por bem dar por concluida a sua carreira de piloto e gozar os seus milhões, quer na boa vida que levava (tem grande fama de "playboy", tendo namorado, entre dezenas de outras beldades, Pamela Anderson) quer nos largos investimentos em imobiliário que tem nos quatro cantos do mundo.
A sua carreira na Formula 1: 148 Grandes Prémios, em dez temporadas (1993-2002) quatro vitórias, uma volta mais rápida, 26 pódios, 164 pontos no total.
Actualmente é um dos homens mais ricos da Irlanda do Norte, com uma fortuna de 160 milhões de Libras (cerca de 240 milhões de Euros), e não tem estado parado: em 2005, quis comprar a Minardi, mas o negócio falhou, e em 2006 fez um programa no canal de TV inglesa Sky One, onde fazia uma espécie de "Guerra dos Sexos", com várias celebridades, onde fazia parceria com David Coulthard. Irvine tomava conta da equipa dos rapazes, e Coulthard das raparigas...
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