De quando em quando, o jornal português Autosport pede os seus leitores para que lhe enviem perguntas ao seu especialista de Formula 1, o jornalista Luis Vasconcelos, que selecciona nove delas para responder, aquelas que merecem maior atenção. Da última vez que fizeram tal coisa, há três semanas atrás, perguntei o seguinte:
"Numa altura em que já se sabe que a Prodrive não vai para a frente (pelo menos em 2008) o que poderá acontecer com o tal "12º lugar"? Será que é de novo leiloado, ou David Richards tentará voltar à carga em 2009?"
Esta é a resposta de Luis Vasconcelos:
«Essa é uma “bota” que a FIA vai ter de descalçar numa altura em que convém recordar que preferiu a Prodrive, sem experiência em monolugares, a equipas como a Carlin, DPR, Racing Engineering e muitas outras com pergaminhos nas categorias de acesso à Fórmula 1. Ecclestone disse de forma bem clara no Brasil quem em 2008 vão correr apenas as mesmas onze escuderias que participaram nos dois últimos Mundiais, mas se a Prodrive ainda quiser correr em 2009 é de esperar que tenha de pagar uma multa de doze milhões de dólares, como aconteceu com a Toyota quando a marca japonesa faltou ao primeiro campeonato em que estava inscrita, o de 2001.
Só uma alteração importante no regulamento desportivo e uma revolução completa do Pacto da Concórdia poderão permitir que equipas como a Prodrive – que comprarão projectos completos a outras escuderias – alinhem no Mundial com os mesmos direitos das equipas que desenham e constroem os seus monolugares e isso parece difícil de acontecer.
Se David Richards renunciar definitivamente à sua pretensão de ter uma equipa de Fórmula 1, podem acontecer duas situações perfeitamente distintas: ou o inglês encontra alguém que compre o seu direito de participação no Campeonato do Mundo, encaixando uma preciosa maquia; ou a FIA declara o lugar vago para 2009 e abre nova corrida ao 12º posto disponível, esperando-se, que se assim acontecer, o entregue, desta vez, a uma equipa com capacidade para se apresentar em pista dentro de 16 meses.»
Interessante, não é? Algo me diz que num futuro próximo, este vai ser o lugar mais "quente" dos próximos tempos...
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