Como estamos em pré-época, e não tenho muita vontade de falar sobre o sítio onde Fernando Alonso vai (ou não) guiar em 2008, volto de novo ao passado para falar sobre pilotos, carros ou corridas que ache relevantes. E para variar de equipa, falo sobre uma marca importante, mas que não tenho falado sobre ela nos últimos tempos: a McLaren. E hoje falo sobre o primeiro chassis vencedor na Formula 1: o M7A.
Desenhado por Robin Herd e Gordon Coppuck, o M7A sucedeu ao M4A, que era baseado no carro de Formula 2, de 1967, sem grande sucesso. Baseado num chassis de aluminio (como era usual naquela época), e com motor Ford Cosworth DFV de 3 Litros, e uma caixa de velocidades Hewland DG300, de cinco velocidades, o carro tornou-se mais eficaz do que os seus modelos anteriores, e Bruce McLaren voltou ao pelotão da frente da Formula 1, acompanhado pelo seu compatriota Denny Hulme, recém-transferido da Brabham e com o título de campeão mundial.
O carro estreou-se no GP de Espanha de 1968, em Jarama, com a cor laranja que lhe depois ficou como marca nos seus carros (quer na Formula 1, quer na Indy, quer na Can-Am). McLaren não terminou, Hulme foi segundo, o que era um bom prenuncio. Isso foi confirmado na Belgica, onde McLaren ganhou o seu primeiro Grande Prémio em seis anos. Mais tarde, nesse ano, Denny Hulme ganha os Grandes Prémios de Itália e Canadá, sendo um grande candidato ao título desse ano, mas acabou por perder a favor de Graham Hill.
Entretanto, o seu amigo Dan Gurney usou o mesmo M7A para correr as últimas três corridas do ano, sob as cores da Anglo-American Races, onde conseguiu um quarto lugar em Watkins Glen.
Em 1969, o M7 apareceu com a versão C, melhorada em alguns aspectos, mas os resultados foram mais fracos. O melhor que conseguiu foi ganhar o GP do México desse ano, através de Denny Hulme. Contudo, Bruce Mclaren terminou esse ano na terceira posição do campeonato do mundo, com 26 pontos, muito distante do campeão do Mundo, Jackie Stewart.
Em 1970, aparece o McLaren M14A, sucessor do M7, contudo, desenvolve-se uma versão D, no sentido de albergar o motor Alfa Romeo V8 de 3 Litros. Pilotos como Andrea de Adamich e Nanni Galli tentam a sua sorte em cinco Grandes Prémios de 1970, mas não conseguem pontuar. Em 1971, o piloto sueco Jo Bonnier iria usar um chassis M7C para correr em algumas corridas do campeonato, sem conseguir pontos.
No fim de tudo, o M7A foi o primeiro chassis vencedor de uma longa lista de carros bem sucedidos e desenhados na equipa de Woking. Deu a Bruce McLaren uma segunda vida na Formula 1, que em paralelo com o seu sucesso na Can-Am, em conjunto com Dennis Hulme (The Bruce and Denny Show), começou a colocar a marca na galeria dos vencedores da Formula 1. Outros chassis famosos iriam surgir ao longo da década de 70, mas Bruce não iria assitir à sua concretização, pois morreria a 2 de Junho de 1970, num acidente quando testava o McLaren M8D de Can-Am no circuito inglês de Goodwood.
Carro: McLaren M7A
Projectistas: Robin Herd e Gordon Coppuck
Motor: Cosworth V8 de 3 Litros
Pilotos: Bruce McLaren, Denny Hulme, Dan Gurney, Jo Bonnier, Andrea de Adamich e Nanni Galli
Corridas: 22
Vitórias: 4 (Hulme 3, McLaren 1)
Poles: 0
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: (Hulme 53, McLaren 48, Gurney 3)
Fonte: Wikipédia (English)
Obrigado pelo comentario.
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