No meio deste fim de semana agitado (pelo menos para mim), esqueci que fez ontem 100 anos que nasceu um dos homens que mais admiro no Brasil: Oscar Niemeyer.
Tenho que ser honesto: uma das razões porque gosto de arquitectura é devido às obras de Oscar. Ele vai muito mais além de Brasilia e dos edifícios que projectou. Mas o meu favorito pessoal não é nem a Catedral ou a Praça dos Três Poderes. Aliás, não é nenhum em Brasilia. Para mim, é o Museu de Arte Contemporânea, em Niteroi. É um projecto tardio, de 1991, mas basicamente é um belo projecto, bem integrado numa paisagem já de si bela (a Baía de Niterói). Acerca de como elabourou o projecto, disse simplesmente: "Cheguei, vi o mar, as montanhas do Rio. Vi uma paisagem fantástica que havia que preservar."
Acerca da arte que abraçou e das suas criações, disse: "De um traço nasce a arquitetura. E quando ele é bonito e cria surpresa, ela pode atingir, sendo bem conduzida, o nível superior de uma obra de arte."
Mas durante a sua longa carreira de arquitecto, são inumeros os projectos que reailizou: O Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes, A Catedral de Brasilia, o Edifício do Congresso Nacional, o Memorial JK em homenagem a Juscelino Kubisheck, o presidente que idealizou Brasilia, a Igreja da Pampulha (a sua primeira obra, de 1942)... tudo isto no Brasil:
Fora do país, temos o Hotel-Casino do Funchal, o Edificio Mondatori, em Milão, a sede do Partido Comunista francês, em Paris, o edificio do jornal francês L'Humanité, a Universidade de Constantine, na Argélia... dezenas de edificios cujos desenhos são da sua autoria, e que fizeram dele um dos mais importantes arquitectos do século que passou.
Parabéns, caro Oscar. E já agora, leiam esta entrevista, feita pelo jornalista brasileiro Paulo Henrique Amorim, onde ele fala de tudo, desde a arqutectura até à actualidade. Encontrei isto no Blog do Pandini.
Puxa, nem eu sabia que ee tinha feito isso tudo, sobretudo fora do Brasil. Bela homenagem, Speeder...
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