![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNkTZpI-hwE8KsRk-cSAvJH5Pspaz9rKRcZL7S34vsTdg_R5Ev0TInxNQI9GZU_XxtQS1L8WBpaU0LZo_WvgsLWYAJRHUhiKw620k8WPp8peSV5oTnx9CPteeMsNZvliqmh1tN8T6jOIM/s400/540px-Scheckter%252C_Jody_1976-07-10_%2528Ausschn%2529.jpg)
Amanhã, comemoram-se os 58 anos de vida do primeiro, e até agora único, campeão do mundo sul-africano:
Jody Scheckter. Apelidado de inicio por “
Baby Bear”, por ser rápido, mas demasiado fogoso para os seus pares, mais tarde se tornou mais calmo e ponderado, o que lhe valeu o seu único título mundial, em
1979. Mas o seu nome foi referido por muitos anos, mesmo após a sua retirada, por ter sido o último campeão ao serviço da
Ferrari, antes desta começar uma travessia do deserto durante 21 anos…
Jody David Scheckter nasceu a
29 de Janeiro de 1950 em East London, na Africa do Sul. Irmão mais novo de
Ian Scheckter, que correu na March em 1977, e filho de um revendedor da Renault, começou a correr cedo em campeonatos locais, ao volante de um
Renault 8 Gordini. Em 1970, após ter ganho o campeonato local de
Formula Ford, emigra para a Inglaterra com o objectivo declarado de “
ser o melhor piloto do mundo”. A sua rapidez e a sua tendência para os acidentes deram-lhe o seu primeiro apelido: “
South African Wild Man”. Contudo, quando conseguia acabar, os seus resultados eram tão impressionantes que em menos de dois anos a McLaren estaria a dar-lhe uma chance para correr num dos seus carros, na última corrida da época, em Watkins Glen.
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Depois de impressionar nessa corrida, ao andar na terceira posição, antes de um despiste o relegar para o nono lugar final, a McLaren contrata-o para terceiro piloto para a temporada de
1973, ao lado de
Dennis Hulme e
Peter Revson. Correu em cinco corridas, e na segunda, no circuito francês de Paul Ricard, começa a impressionar pela sua rapidez… e pela sua impetuosidade. Depois de liderar boa parte da corrida, envolve-se numa colisão com o Lotus de
Emerson Fittipaldi, que o deixou furioso, chegando a dizer: “
Este homem é uma ameaça para ele mesmo e para os que correm”. Na prova seguinte, em Silverstone, a sua reputação pioraria, ao se envolver
numa das maiores carambolas da história da competição… no final da primeira volta, quando seguia na terceira posição, fez a curva Woodcote largo demais e despistou-se, trazendo consigo mais 11 carros!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPPJb3OjQ_k1so9QHzc1Ctqur801-DJvxZf7hk1Jf9HbO7Xi-EWv47QjbOI5OzZ4VEMuGW5LcxQsMaBHtSduY3yLzqJvK75dHx27GMKSfZwoKsANgzkhd_frXsVZk2YriSwQDKiWoIhPk/s400/Watkins+Glen+73.jpg)
No final da corrida, a
GPDA (Associação de Pilotos de Formula 1) queria que ele fosse banido da competição, mas a McLaren decidiu que Scheckter só voltaria a competir nas etapas americanas. Quando voltou, dirigindo o carro… zero(!), “Baby Bear” (o seu novo apelido na Formula 1) envolveu-se numa colisão com o Tyrrell de
Francois Cevért, e em Watkins Glen também não acabou. Mas a sua rapidez tinha chamado à atenção de um homem:
Ken Tyrrell.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5t5rGCdN3w0IY2wuoDBWFijV3rF0paxTBL5bFlmWpsMhTZ3KVzoU3x4XZ55buZD7Uy-2PrlTQ8bQ5yejKsmsPQtxAeTCqky1-GauWX1fuvU90kn7hZN6PmeMp2kr73TqPLWMP53KZlLs/s400/Af.+Sul+74.bmp)
Sem pilotos no final de 1973 (
Jackie Stewart retirou-se e
Francois Cevért está morto), o “tio” Ken contrata Scheckter e consegue convencê-lo que mais do que ser rápido, é melhor terminar corridas. Após um mau inicio, consegue pontuar nas oito provas seguintes, entre os quais duas vitórias em
Anderstorp e
Brands Hatch. A meio da temporada, Scheckter era candidato ao título, no seu
Tyrrell 007. Contudo, não conseguiu pontuar nas duas últimas corridas do campeonato e deu o título a Emerson Fittipaldi. Contentou-se com o
terceiro lugar, com
45 pontos.
O ano seguinte com a Tyrrell não foi tão proveitoso. Apesar de ter ganho em Kyalami, na sua terra natal, foi a sua única vitória do ano, e não conseguiu melhor do que mais dois pódios. Terminou o ano com
20 pontos, na
sétima posição. Entretanto, a Tyrrell e o seu projectista, Derek Garner, preparavam em segredo um projecto revolucionário: o
Project 34, o Tyrrell de seis rodas, para ser usado na temporada de
1976.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjznnzoX23vnU31pSG8Z-5bOUCE1zcT4Ekwol9tJq9aQzsEGEwG_BPBtOeKjeR6C3rQV1jTWdrxOnc1HSFNJIa53Wg-uJJnVhcWAVbwSZTxqaEuVWhJriEE9AJZgdjrsgqVGW6ALomQXfA/s400/ScheckterJody1976-07-31Tyrrell-FordP34.jpg)
O carro foi a sensação do ano, e Scheckter passou à história como tendo sido o primeiro (e único) piloto que ganhou num carro com seis rodas, no GP da Suécia, no circuito de Anderstorp. Para além disso, conseguiu mais cinco pódios e terminou o campeonato na terceira posição, com
49 pontos. Contudo, seria a última temporada de Scheckter na Tyrrell, pois pretendia novos horizontes. Encontrou-as numa nova equipa: a
Wolf.
Amanhã, publico a segunda parte da sua biografia.
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