(continuação do dia anterior)
Sem dúvida, assistíamos ao declínio de Graham Hill. Mas a sua vontade de correr era maior, e o seu prestígio era grande, que a Brabham o contratou para 1971 para a sua equipa principal. Nesse ano, só conseguiu dois pontos na Áustria, numa altura em que a equipa passava por uma fase de transição, após a retirada de Jack Brabham, no ano anterior. Contudo, o Hill do passado por vezes vinha ao de cima. Na Corrida dos Campeões, em Brands Hatch, mostrou que sabia pilotar e ganhou, frente a muitos dos “jovens lobos”.
As coisas melhoraram um pouco em 1972, onde conseguiu quatro pontos, mas no final da temporada, Bernie Eccelstone, o novo proprietário da equipa, queria pilotos mais jovens e aguerridos, e dispensou Hill. Isto num ano em que a Matra o tinha contratado para correr as 24 Horas de Le Mans, onde em conjunto com o francês Henri Pescarolo, ganhou a mítica prova de resistência.
Sendo assim, Hill achou que era tempo de construir a sua própria estrutura. Graças ao apoio dos cigarros Embassy, Hill compra um chassis Shadow e vai correr a temporada de 1973. Uma temporada sem resultados. No ano seguinte, tenta um Lola, que se tornou um bom carro, onde consegue pontuar pela última vez na sua carreira, ao terminar em sexto o GP da Suécia.
No final de 1974, decide que o melhor é construir o seu próprio chassis. Contrata Andy Smallwood, da Lola, para construir o GH1, uma evolução do carro do ano anterior, e busca um segundo piloto, o alemão Rolf Stommelen. Contudo, ele tem um acidente grave em Barcelona, e é substituído por um jovem talento britânico: Tony Brise. No Mónaco, com o novo chassis, Graham Hill tenta a qualificação na corrida onde foi mais feliz. Contudo, na última volta, ele bate e não consegue um lugar nos 18 qualificados. Visto isto, os 55 mil espectadores aplaudem-no ruidosamente, durante o percurso que ele faz a pé até às boxes, num sinal de tributo e profundo respeito a aquele homem. Após isso, toma a decisão de se retirar da competição. Terminava assim uma era.
A sua carreira na Formula 1: 176 Grandes Prémios, em 18 temporadas (1958-75), 14 vitórias, 36 pódios, 13 pole-positions e 10 voltas mais rápidas, 270 pontos contabilizados, em 289 conquistados. Bi-Campeão Mundial de Formula 1 em 1962 e 1968, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 1966, vencedor, com Henri Pescarolo, das 24 Horas de Le Mans em 1972.
No final de 1975, depois de Graham Hill ter tido uma boa temporada com a sua equipa, onde Tony Brise e o australiano Alan Jones conseguiram três pontos, decidiram projectar o GH2, planeado para 1976, que estava a ser testado no Circuito de Paul Ricard, naquele Sábado, 29 de Novembro de 1975. Após os testes, Hill e a equipa, constituída pelo projectista Andy Smallwood, pelo director de equipa Ray Nimble, pelo piloto Tony Brise, e mais três mecânicos, voltaram para Londres no Piper Aztec de Hill para mais um jantar de angariação de patrocínios. Quando chegaram à zona de Londres, um imenso nevoeiro os recebia. Sem saberem, estavam a sobrevoar a uma muito baixa altitude e embateram numa árvore no campo de golfe de Elstree. Todos morreram. Aos 46 anos, depois de quase 20 a escapar de boa às armadilhas das corridas, e no qual muitos dos seus amigos morreram, tudo acabou num acidente aéreo.
Fontes:
Bandeira da Vitória – Ed. Autosport, Lisboa, 1996
Grand Prix – Ed. Público, Lisboa, 2003
http://en.wikipedia.org/wiki/Graham_Hill
http://www.ddavid.com/formula1/hill_bio.htm
http://www.grandprix.com/gpe/drv-hilgra.html
http://www.formula1.com/teams_and_drivers/hall_of_fame/126/
http://continental-circus.blogspot.com/2007/11/matria-do-dia-ltima-tentativa-de-graham.html
Sendo assim, Hill achou que era tempo de construir a sua própria estrutura. Graças ao apoio dos cigarros Embassy, Hill compra um chassis Shadow e vai correr a temporada de 1973. Uma temporada sem resultados. No ano seguinte, tenta um Lola, que se tornou um bom carro, onde consegue pontuar pela última vez na sua carreira, ao terminar em sexto o GP da Suécia.
No final de 1974, decide que o melhor é construir o seu próprio chassis. Contrata Andy Smallwood, da Lola, para construir o GH1, uma evolução do carro do ano anterior, e busca um segundo piloto, o alemão Rolf Stommelen. Contudo, ele tem um acidente grave em Barcelona, e é substituído por um jovem talento britânico: Tony Brise. No Mónaco, com o novo chassis, Graham Hill tenta a qualificação na corrida onde foi mais feliz. Contudo, na última volta, ele bate e não consegue um lugar nos 18 qualificados. Visto isto, os 55 mil espectadores aplaudem-no ruidosamente, durante o percurso que ele faz a pé até às boxes, num sinal de tributo e profundo respeito a aquele homem. Após isso, toma a decisão de se retirar da competição. Terminava assim uma era.
A sua carreira na Formula 1: 176 Grandes Prémios, em 18 temporadas (1958-75), 14 vitórias, 36 pódios, 13 pole-positions e 10 voltas mais rápidas, 270 pontos contabilizados, em 289 conquistados. Bi-Campeão Mundial de Formula 1 em 1962 e 1968, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 1966, vencedor, com Henri Pescarolo, das 24 Horas de Le Mans em 1972.
No final de 1975, depois de Graham Hill ter tido uma boa temporada com a sua equipa, onde Tony Brise e o australiano Alan Jones conseguiram três pontos, decidiram projectar o GH2, planeado para 1976, que estava a ser testado no Circuito de Paul Ricard, naquele Sábado, 29 de Novembro de 1975. Após os testes, Hill e a equipa, constituída pelo projectista Andy Smallwood, pelo director de equipa Ray Nimble, pelo piloto Tony Brise, e mais três mecânicos, voltaram para Londres no Piper Aztec de Hill para mais um jantar de angariação de patrocínios. Quando chegaram à zona de Londres, um imenso nevoeiro os recebia. Sem saberem, estavam a sobrevoar a uma muito baixa altitude e embateram numa árvore no campo de golfe de Elstree. Todos morreram. Aos 46 anos, depois de quase 20 a escapar de boa às armadilhas das corridas, e no qual muitos dos seus amigos morreram, tudo acabou num acidente aéreo.
Fontes:
Bandeira da Vitória – Ed. Autosport, Lisboa, 1996
Grand Prix – Ed. Público, Lisboa, 2003
http://en.wikipedia.org/wiki/Graham_Hill
http://www.ddavid.com/formula1/hill_bio.htm
http://www.grandprix.com/gpe/drv-hilgra.html
http://www.formula1.com/teams_and_drivers/hall_of_fame/126/
http://continental-circus.blogspot.com/2007/11/matria-do-dia-ltima-tentativa-de-graham.html
Excelente como sempre.
ResponderEliminarSó uma pequenina correção: o Stommelen era alemão, nasce em Colonia.
Na homenagem do dia no meu blog citei também o feito do Graham Hill de conquistar o Triple Crown, qual seja a foram interpretada deste titulo inoficial.
Abraço e parabéns
Mario
Tens razão. Devo ter confundido com as cores do seu capacete, que eram branco e vermelho... já vou corrigir.
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