Hoje começarei a falar de um homem que, para muitos, marca uma geração. Outros podem afirmar que sempre escapou às convenções. Outros afirmam que é um herói, mas no final, é um homem que não deixa ninguém indiferente. De uma certa forma, a sua vida daria um bom filme. E esta semana ele faz anos. Falo de Niki Lauda.
Andreas Nikolaus Lauda nasceu a 22 de Fevereiro de 1949 em Vienna (faz agora 59 anos), nasceu em berço de ouro: filho de um rico industrial, Hans Lauda, de origem na Galicia (actual Polónia), começou a correr aos 18 anos num Mini Cooper, sem a aprovação familiar. Pouco depois, e graças a empréstimos bancários (o clã nunca lhe financiou as sua carreira), participou na Formula Super Vê, sem grandes resultados. Vendo as coisas complicarem-se, em 1971 usou mais uma vez o nome da família para pedir um novo empréstimo, desta vez para comprar um March de Formula 2. Os resultados foram bons, e a equipa oficial logo o contratou para a temporada de 1972, na Formula 1, ao lado do sueco Ronnie Peterson. Entretanto, ainda em 71, tem a sua estreia na categoria máxima do automobilismo, com um March, em Zeltweg, onde não chega ao fim.
O ano de 1972 é um desastre para Lauda, pois os March oficiais não são carros competitivos. No final da época não consegue pontuar, e decide pedir mais um empréstimo bancário para pagar a sua entrada na equipa oficial da BRM, para a temporada de 1973, ao lado do suiço Clay Reggazoni. A temporada corre um pouco melhor, e Lauda consegue fazer alguns brilharetes, liderando algumas corridas, mas a BRM estava a viver os seus últimos dias competitivos, e no final da temporada, Lauda só consegue dois pontos e a 18ª posição do campeonato.
No final de 1973, Clay Reggazoni decide voltar para a Ferrari, e em Maranello perguntam por algum bom piloto para o secundarizar. Este recomenda Lauda, e a casa de Maranello contrata-o, pagando-lhe um salário suficiente para que este saldasse todas as suas dividas!
A equipa estava a sair do pesadelo que tinha sido a temporada de 1973, e as boas capacidades de teste que Lauda tinha poderiam ajudá-la a recuperar a sua competitividade. Na primeira prova do campeonato, em Buenos Aires, a Ferrari mostrava-se, ao acabar na segunda e terceira posições, com Lauda a levar a melhor sobre Reggazoni. A 28 de Abril, em Jarama, Lauda ganha a sua primeira corrida e a Áustria julgava ter encontrado o sucessor de Jochen Rindt. Eles tinham razão… Contudo, a esta vitória inicial só houve mais uma nesse ano, na Holanda, e Lauda levava no final do ano 38 pontos para casa, e o quarto lugar na classificação geral.
Era um bom cartão de visita para a temporada seguinte. Após um inicio de temporada modesto, a Ferrari apresenta na Africa do Sul o novo modelo 312T (de “tranversale”). Desenhado por Mauro Forgheri, a ideia era de colocar o motor num baixo centro de gravidade, colocando uma maior distribuição de peso na zona do motor, virando a caixa de velocidades em 90 graus. Lauda testou-o intensivamente o carro e tornou-o num vencedor. Ganha cinco corridas (Mónaco, Bélgica, Suécia, França e Estados Unidos), faz nove “pole-positions” e duas voltas mais rápidas, e aos 26 anos, torna-se campeão do mundo, com 64,5 pontos, batendo a McLaren do brasileiro Emerson Fittipaldi. Em pouco mais de dois anos, a Ferrari veio do fundo do pelotão até voltar a tornar numa máquina vencedora.
O ano de 1972 é um desastre para Lauda, pois os March oficiais não são carros competitivos. No final da época não consegue pontuar, e decide pedir mais um empréstimo bancário para pagar a sua entrada na equipa oficial da BRM, para a temporada de 1973, ao lado do suiço Clay Reggazoni. A temporada corre um pouco melhor, e Lauda consegue fazer alguns brilharetes, liderando algumas corridas, mas a BRM estava a viver os seus últimos dias competitivos, e no final da temporada, Lauda só consegue dois pontos e a 18ª posição do campeonato.
No final de 1973, Clay Reggazoni decide voltar para a Ferrari, e em Maranello perguntam por algum bom piloto para o secundarizar. Este recomenda Lauda, e a casa de Maranello contrata-o, pagando-lhe um salário suficiente para que este saldasse todas as suas dividas!
A equipa estava a sair do pesadelo que tinha sido a temporada de 1973, e as boas capacidades de teste que Lauda tinha poderiam ajudá-la a recuperar a sua competitividade. Na primeira prova do campeonato, em Buenos Aires, a Ferrari mostrava-se, ao acabar na segunda e terceira posições, com Lauda a levar a melhor sobre Reggazoni. A 28 de Abril, em Jarama, Lauda ganha a sua primeira corrida e a Áustria julgava ter encontrado o sucessor de Jochen Rindt. Eles tinham razão… Contudo, a esta vitória inicial só houve mais uma nesse ano, na Holanda, e Lauda levava no final do ano 38 pontos para casa, e o quarto lugar na classificação geral.
Era um bom cartão de visita para a temporada seguinte. Após um inicio de temporada modesto, a Ferrari apresenta na Africa do Sul o novo modelo 312T (de “tranversale”). Desenhado por Mauro Forgheri, a ideia era de colocar o motor num baixo centro de gravidade, colocando uma maior distribuição de peso na zona do motor, virando a caixa de velocidades em 90 graus. Lauda testou-o intensivamente o carro e tornou-o num vencedor. Ganha cinco corridas (Mónaco, Bélgica, Suécia, França e Estados Unidos), faz nove “pole-positions” e duas voltas mais rápidas, e aos 26 anos, torna-se campeão do mundo, com 64,5 pontos, batendo a McLaren do brasileiro Emerson Fittipaldi. Em pouco mais de dois anos, a Ferrari veio do fundo do pelotão até voltar a tornar numa máquina vencedora.
(continua amanhã)
Muito bom, Speeder! Fico à espera da segunda parte.
ResponderEliminarSobre os pilotos austriacos, apenas um aparte, parece que havia má sorte: Rindt morreu na F1, Lauda teve um grave acidente, Berger tb teve um acidente do qual escapou milagrosamente sem grandes ferimentos, Wendlinger teve um acidente que acabou com a carreira na F1, Gartner morreu nas 24H de Le Mans, Ertl morreu num acidente de avião, Koinnigg morreu num GP dos EUA.
No entanto, os ultimos pilotos da Austria já não foram atingidos por essa má sorte, contudo a sua qualidade como pilotos é bastante inferior: Wurz, Friesacher e Klien.