Praticamente uma semana depois de Keke Rosberg ganhar no mónaco, fazendo dele o quinto vencedor em cinco Grandes Prémios naquela temporada, máquinas e pilotos iriam voltar para outra pista clássica e rápida, totalmente remodelada para a Formula 1 moderna: Spa-Francochamps.
13 anos depois de acolher o seu último Grande Prémio de Formula 1 oficial, ganho pelo BRM do mexicano Pedro Rodriguez (1940-71), máquinas e pilotos voltavam ao mítico circuito das Ardenas, agora mais curto, com 7 quilómteros (metade da distância original), mas mantendo algumas dos seus pontos míticos, como o Eau Rouge, o Radillon, a recta Kemmel ou a zona rápida de Stavelot. Neste circuito, sabia-se que os motores Turbo estavam nitidamente em vantagem em relação aos aspirados, e esperava-se uma luta pela vitória por parte do trio Ferrari-Renault-Brabham, com os aspirados a espreitarem por uma oportunidade, mas nada de muito valor...
No pelotão da formula 1 havia algumas novidades. Na Arrows, Chico Serra fora substituido por um piloto local que vinha da Formula 2 e que trazia um patrocinio de 500 mil dólares, muito necessitados naquela equipa. Chamava-se Thierry Boutsen.
Os treinos confirmaram a supewrioridade dos motores Turbo, que ocupavam os oito primeiros lugares da grelha. Mas mesmo por ali havia algumas surpresas... Alain Prost fez a "pole-position" no seu Renault, batendo por pouco mais de um centésimo de segundo o seu compatriota Patrick Tambay, no Ferrari numero 27.
No terceiro posto, surge a primeira surpresa: o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris porta-se bem e consegue este fabuloso lugar, batendo o Brabham-BMW de Nelson Piquet, o quarto colocado. Na terceira fila, ficaram René Arnoux, no outro Ferrari, e o segundo Brabham de Riccardo Patrese. Na quarta fila, o ATS do alemão Manfred Winkelhock era outra surpresa, ao colocar o seu carro no sétimo posto, seguido pelo Renault de Eddie Cheever. Somente no nono lugar é que aparecia o primeiro aspirado, o Williams-Ford de Keke Rosberg, ficando à frente do suiço Marc Surer, num Arrows-Cosworth.
Niki Lauda era apenas 15º, enquanto que John Watson era 20º. Tempos difíceis para a McLaren, que ainda penava com motores aspirados... quanto a boutsen, o estreante era o 18º. E ainda havia dois não-qualificados: o RAM de Eliseo Salazar e o Osella-Alfa Romeo de Piercarlo Ghinzani. Para o piloto chileno, esta seria a última vez que participaria numa corrida de Formula 1.
No dia da corrida, as coisas estavam confusas. No novo ponto de partida, antes da Eau Rouge, o organizador decidiu aborta a partida devido... à má posição dos carros na grelha. Só que nem todos assim entenderam, e arrancaram como se fosse uma corrida normal. No final, alinharam de novo na grelha, e alguns mecânicos começaram a reabastecer os carros, o que era proíbido pelo regulamento. A confusão estava instalada, mas pouco depois se resolveu.
Na segunda partida, Prost e Tambay partem bem, mas não contam com um De Cesaris fenomenal, que na saída de Eau Rouge, já tinha o comando, seguido de Prost, Tambay, Piquet e Winkelhock. Quem já ficava pelo caminho era Patrese, com o motor a explodir.
O italiano continuou a marcar o ritmo até mais ou menos a meio da corrida, altura dos reabastecimentos. Só que este durou muito tempo, e quando volta à corrida, está atrás de Prost. Tenta ir atrás do francês, mas pouco depois, o motor explode. Assim, era agora Tambay que tinha o segundo posto e a tarefa de tentar apanhar o francês, mas naquele dia, Prost estava imparável, e foi assim até ao final da corrida.
Grande Camarada
ResponderEliminarja estou ancioso por essas perolas
mande ai
rianassis@hotmail.com