sábado, 28 de junho de 2008

Bolides Memoráveis - Matra MS120 (1970-72)

No final de 1969, a Matra tinha ganho o seu título mundial, graças a Jackie Stewart e o seu modelo MS80. Contudo, era um carro "hibrido" pois não só a equipa não era oficial (era dirigida por Ken Tyrrell), como os motores eram os Cosworth DFV V8, que dominavam o panorama internacional. A Matra tinha entretanto construido o seu motor V12, que tinha o equipado nos seus modelos de Sport-Protótipos, e agora queria os equipar na tamporada de 1970.


Ken Tyrrell pediu a Jackie Stewart para os testar, e o piloto escocês disse que o motor era inferior ao Cosworth V8. Tyrrell seguiu o conselho do seu piloto, e decidiram comprar chassis March para a temporada de 1970, preparando-se para a aventura de construir o seu próprio chassis. Entretanto, a Matra, que optado por não correr com o seu próprio nome em 1969, decidiu voltar em 1970, construindo o seu próprio chassis à volta do seu motor V12. Assim nasceu o Matra MS120.


Desenhado por Bernard Boyer, o carro baseava-se no modelo MS80, vencedor no ano anterior, e do qual se aproveitava o triângulo da suspensão. Construido em monocoque de aluminio, tinha dentro de si o motor Matra V12, com uma inclinação de 60 graus, uma potência de 430 cavalos, a 11.300 rotações por minuto. Essa combinação tornava-o no mais barulhento e mais potente motor da época, e o seu silvo é hoje em dia recorado por muitos afficcionados.


O carro estreou-se na Africa do Sul, nas mãos dos franceses Jean-Pierre Beltoise e Henri Pescarolo. O ano não foi muito bom, comparado com o ano anterior, pois os carros não eram muito fiáveis, mas no final da época, tinham conseguido três terceiros lugares, e 23 pontos no campeonato de Construtores.


Em 1971, sai Pescarolo e entra o piloto neozelandês Chris Amon. Aparece o modelo B, que tem como novidade o redesenhar do bico frontal, com pontas mais aerodinâmicas. Amon vence o GP da Argentina, prova extra-campeonato, mas esse começo não se reprecutiu no resto da época, onde conseguiram somente um pódio e dez pontos no total.


Para o ano seguinte, decidiem apostar somente em Amon, pois já se concentravam nos Sport-Protótipos, mais concretamente nas 24 Horas de Le Mans (que viriam a ganhar nesse ano). Aliás, foi uma semana depois de Le Mans que a Matra teve a sua melhor prestação na Formula 1 como equipa. No longo circuito de Charade, Amon estreia o modelo 120D e faz a pole-position. Na corrida, a potência do carro faz com que ele lidere destacadamente, mas um furo devido às pedras no circuito, fê-lo ir para as boxes e efecuar uma corrida de recuperação, batendo por várias vezes a volta mais rápida, no sentido de tentar recuperar a liderança, mas no final termina em terceiro, a 31,9 segundos do vencedor, o Tyrrell de Jackie Stewart.


No final do ano, com 12 pontos no bolso, a Matra decide retirar-se da formula 1 como equipa, e concentrar-se nos Sport-Protótipos. Regressaria em 1974 como fornecedora de motores à Shadow de Jean-Pierre Jarier, e em 1977 e 78 à Ligier, dando-lhes a sua primeira vitória no GP da Suécia desse ano, através de Jacques Laffite. Em 1981 e 82, voltam à Ligier, com mais duas vitórias, antes de se retirarem de vez com o advento dos motores Turbo.


Chassis: Matra MS120
Projectista: Bernard Boyer
Motor: Matra V12 de 3 Litros
Pilotos: Jean-Pierre Beltoise, Henri Pescarolo, Chris Amon
Vitórias: 0
Pole-Positions: 2 (Amon 2)
Voltas Mais Rápidas: 2 (Amon 2)
Pontos: 45 (Amon 21, Beltoise 17, Pescarolo 8)


Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/Matra
http://www.supercars.net/cars/3163.html
http://www.matrasport.dk/Cars/Sports-Formula/sports-formula-index.html

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