O Grande Prémio de Espanha foi um "tira-teimas" para definir muita coisa num campeonato que estava a ser disputado entre a Lotus e a Ferrari, pelo menos até à entrada em cena do Lotus 79, em que venceu convincentemente, através de Mario Andretti, na corrida anterior, no vircuito belga de Zolder. Agora, nas quentes paragens espanholas do apertado circuito de Jarama, iria-se ver se o carro continuaria ou não, o seu desempenho portentoso.
Desta vez, a Lotus já tinha dois modelos 79 para Andretti e o seu companheiro de equipa, Ronnie Peterson. Tinham até um novo patrocinador, a firma de máquinas fotográficas Olympus. Isso implicou o desaparecimento definitivo da equipa Hesketh, que após seis temporadas onde teve James Hunt como seu piloto-charneira (e uma vitória na Holanda, em 1975), fechava de vez as suas portas.
Quem também não tinha aparecido na grelha foi a Martini, que tinha como seu piloto o jovem René Arnoux. Mas esta era uma aparição temporária, pois voltaria para correr mais tarde. Contudo, a grelha tinha 29 inscritos, o que implicaria uma pré-qualificação. Quem ficou com a fava foi o Theodore de Keke Rosberg. Na qualificação, dos 28 participantes, quatro juntaram-se à multidão, para assistir ao Grande Prémio da bancada: os McLaren privados do local Emilio de Viliota e de Brett Lunger, o ATS de Alberto Colombo e Artur Merzário, no seu carro pessoal.
Quanto aos lugares da frente na grelha, era o obvio: Andretti e Peterson monopolizam a primeira fila da grelha, com os Lotus 79, seguidos na segunda fila pelo Ferrari de Carlos Reutmann e pelo McLaren de James Hunt, e na terceira fila pelo outro Ferari de Gilles Villeneuve, e pelo Brabham-Alfa Romeo de Niki Lauda. Emerson Fittipaldi partia do 15º posto no seu Copersucar.
Na partida, os Lotus são surpreendidos pelo McLaren de Hunt, que lidera nas primeiras cinco voltas da corrida, sempre pressionado pelo carro negro e dourado de Andretti, já que Peterson se atrasou e circulava no nono lugar. Na sexta volta, o piloto americano finalmente ultrapassa o inglês da McLaren e afasta-se do resto do pelotão.
Entretanto, Peterson faz uma corrida de recuperação, primeiro ultrapassando o Wolf de Scheckter, e depois aproveitando os atrasos de Villeneuve e a desistência de Patrese para rolas na quinta posição após a volta 29, quando sobe mais um lugar com a ida de Reutmann às boxes, para colocar pneus novos.
Estando nessa posição, batalhava com o Ligier de Jacques Laffite e o Brabham de John Watson pelo terceiro lugar, quando o acaso fez com que o inglês se atrapalhasse com o trânsito, e ambos os pilotos ultrapassaram-no, na volta 35. Uma volta mais tarde, o sueco sobe para terceiro, aproveitando a oportunidade para passar o piloto francês. Parte então à conquista do segundo lugar, que ainda pertencia a Hunt, e à volta 53, apanha-o. O inglês, pouco tempo depois, é ultrapassado por Laffite e por Lauda, caindo para o quinto lugar, mas na volta seguinte, quando o motor de Lauda explode, recupera uma posição.
Contudo, é sol de pouca dura: Hunt é ultrapassado pelo Wolf de Scheckter e pelo Brabham de Watson, e fica na sexta posição. lugar que fica até ao final da corrida.
Quando a bandeira de xadrez é mostrada, na volta 75, Andretti e Peterson tinham conseguido a segunda dobradinha seguida, e o Lotus 79 era uma máquina cada vez mais inalcançavel. Agora, Mario Andretti era cada vez mais líder, com 36 pontos, mais dez do que o seu companheiro Peterson.
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