terça-feira, 17 de junho de 2008

GP Memória - Suécia 1973

O calendário de 1973 do Mundial de Formula 1 tinha duas estreias. A primeira tinha sido no Brasil, no Autódromo de Interlagos, onde embalado pelo sucesso de Emerson Fittipaldi, campeão do mundo no ano anterior, colocou o país de pedra e cal no calendário do Mundial até aos dias de hoje. A segunda estreia no Mundial era o Grande Prémio da Suécia, corrido no Autódromo de Anderstorp, e os motivos da sua inclusão eram os mesmos dos do Brasil: a inclusão de Ronnie Peterson.

Os organizadores queriam incluir a sua prova no calendário, desde 1970, mas só quando Peterson vai para a Lotus, no final de 1972, é que a CSI (predecessora da FIA) decide incluir Anderstorp no calendário. E o mais espantoso, no meio disto tudo, é que não teve que ser feita uma prova extra-campeonato no ano anterior, para ver se a pista tinha condições de receber o Grande Prémio.

No fim de semana de 17 de Junho, quase na entrada do Verão, o autódromo dos arredores de Gotemburgo recebeu as máquinas e pilotos do pelotão da Formula 1. E todos queriam ver o herói local, Ronnie Peterson, a ganhar uma corrida. Nos treinos, Peterson não desiludiu, ao alcançar a "pole-position". Ao seu lado, na primeira fila, ficava o francês Francois Cevért, no Tyrrell. Na segunda fila estavam o seu companheiro, Jackie Stewart, e o seu rival na lua pelo título, Emerson Fittipaldi. Na terceira fila ficava o Brabham de Carlos Reutmann e o McLaren do veterano neozelandês Denny Hulme.


Entretanto, no resto do pelotão, havia algumas novidades. Nanni Galli decidiu arrumar o capacete, e Frank Williams teve que confiar no "local" (era dinamarquês) Tom Belso para guiar o carro naquele fim de semana. Contudo, Belso, que fazia a sua estreia na Formula 1, nem sequer chegou a conduzir, pois o dinheiro do patrocínio não chegara a tempo. Assim, somente Howden Ganley é que correu nesse fim de semana. Entretanto, na Ferrari, decidiram somente levar Jacky Ickx, enquanto que Arturo Merzário ficava em terra. Chris Amon e o seu Tecno também não faziam a viagem à Suécia, pois queriam fazer modificações no seu carro.


Antes do inicio da corrida, os pilotos fizeram queixa dos fotografos, que se colcavam em posições perigosas nas várias curvas da pista, e que poderiam constituir um perigo quer para eles, quer para os pilotos. Por causa disso, a partida teve que ser adiada por uns minutos. Quando esta começou, o público ficou extasiado ao ver ambos os Lotus na frente da corrida, com o seu ídolo local à frente!



As coisas ficaram assim durante cerca de 70 das 80 voltas previstas na corrida. Mas antes disso, Hulme, com pneus mais duros, começou a ultrapassar paulatinamente os seus adversários. Reutmann na quarta volta, Cevért na volta 62, quando este teve problemas de pneus. E o neozelandês sobe para terceiro quando Fittipaldi desiste na volta 71, devido a caixa de velocidades dá de si. Assim, com os pneus melhor conservados, parte ao ataque a Stewart e Peterson.



Aí, a sorte esteve a seu lado: na volta 74, Stewart tem problemas de travões, e tem que ir à boxe, descendo para o quinto lugar. E então, parte para o ataque, com Peterson, à beira da vitória, a ter dificuldades em segurá-lo. E na volta 78, consegue ultrapassar o "Super Sueco", tirando-lhe uma vitória quase certa. Era a voz da experiência a dar à McLaren a primeira vitória ao chassis M23, enquanto que um desconsolado Peterson ficava com o segundo lugar. Para completar o pódio, aparecia o francês Francois Cevért. E nos lugares restantes ficavam o Brabham de Carlos Reutmann, o Tyrrell de Jackie Stewart e o Ferrari de Jacky Ickx, que ficou a uma volta do lider.


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