Uma corrida na arena húngara é, se não houver novidades ou "golpes de estado", monótona. As raras vezes em que se vê algo de emocionante, ficam na História. A ultrapassagem do Piquet ao Senna, a ultrapassagem do Mansell e Senna, a chuvarada de 2006, essas são as tais excepções. Mas hoje tivemos três na aridez de uma corrida longa como aquela: a partida de Felipe Massa, o furo de Lewis Hamilton, e o golpe de teatro do piloto da Ferrari, a três voltas do fim.
Se a partida do brasileiro, que foi do tipo canhão, e que conseguiu surpreender e ultrapassar os McLaren, colocando-o na liderança, o furo do inglês 35 bvoltas mais tarde, parecia confirmar a vitória do piloto da Ferrari, que seria a sua quarta do ano. Mas a alma do Cavalino decidiu ir ter com Il Commendatore três voltas antes do tempo, e deixou o pobre brasileiro nas lonas...
Claro, com os problemas do lider, restou a Heiki Kovalainen "salvar a honra do convento". Lá conseguiu, caída do Céu, mas não menos merecida, a sua primeira vitória na Formula 1, no mesmo fim de semana em que ele renovou o seu contrato com a McLaren por mais uma temporada. Pode ser como escudeiro de Hamilton, mas quando o lider falha, ele lá está para ajudar a equipa. Um fiel escudeiro, sem dúvida.
Lewis Hamilton, mesmo depois do furo, conseguiu amenizar os prejuízos, ao ser quinto classificado, mas viu outro dos seus rivais pontuar à sua frente, que foi Kimi Raikonnen. Mas como se diz no futebol, o resultado foi melhor do que a exibição, pois este finlandês teve um fim de semana muito apagado. Sexto na grelha, não fez grande coisa na corrida, pois nem sequer conseguiu ultrapassar o Toyota de Timo Glock. A equipa diz que o carro teve problemas, mas acho que há um dedo da pouca motivação do piloto...
A Toyota teve um fim de semana de sonho. Colocou Glock no pódio, e levou Trulli ao sétimo lugar, melhor do que por exemplo, a Renault, que deu Alonso em quarto e Piquet em sexto... o segundo lugar do alemão, actual campeão de GP2, foi inteiramente merecido por várias razões. Não só para compensar o desastre de Hockenheim, com aquele espectacular acidente na recta da meta, causada por uma suspensão quebrada, mas também para recompenasr o bom quarto lugar da grelha no dia de ontem.
Se os Toyota pontuam, e os Renault mostram um ar da sua graça, tem que haver perdedores. Aqui, foram os BMW e os Red Bull. No caso alemão, Kubica só foi oitavo, e dos Red Bull... nem sinal deles. A Hungria lhes foi madrasta, e para o polaco, o carro demonstra que estão a perder a força que tinham no inicio do ano.
Tilke escolheu as ruas de Valência, mas não projetou-as, o que me reconforta.
ResponderEliminarCurioso saber que usamos quase o mesmo ponto de partida em nossos textos. Realmente, a corrida foi uma longa monotonia quebrada por três ocorrências relevantes.
Foi triste, mas faz parte das corridas de carros,não?
ResponderEliminarAgora é esperar a proxima corrida, que pelo que vi no you tube, tem tudo para ser chatérrima.