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Quando foi revelado o calendário para o Mundial de Formula 1 em 1958, este trazia duas estreias consigo: Portugal e Marrocos. Ambos os circuitos eram citadinos, e o primeiro era uma promoção do Grande Prémio de carros de Sport, que se fazia desde 1951 na zona da Boavista, na cidade do Porto, a segunda maior do país. A segunda prova, em Marrocos, encerraria o campeonato.
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Quando máquinas e pilotos chegam ao Porto, o pelotão ainda estava a abalada por mais uma morte na Formula 1, a de
Peter Collins, o vencedor do GP inglês, e que tinha morrido na prova seguinte, no circuito alemão de Nurburgring. Ainda de luto, e tentando recuperar da morte de
Luigi Musso mês e meio antes, em Reims, a Ferrari só levou dois carros para a prova portuguesa, pilotados por
Mike Hawthorn e
Wolfgang von Trips. Hawthorn só queria duas coisas: ganhar o título mundial e retirar-se da Formula 1 de vez, antes que os carros o matassem…
A Vanwall, sua rival, levara três carros, para
Stirling Moss,
Stuart Lewis-Evans e
Tony Brooks, e tinha ambições legitimas para ganhar esta corrida, pois estava em jogo não só o título mundial de pilotos, como também o de construtores, algo que tinha sido lançado nesse ano.
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Na BRM, o francês
Jean Behra e o americano
Harry Schell eram os representantes da marca no circuito português, e a Cooper trazia
Roy Salvadori,
Maurice Trintignant e
Jack Brabham, e a Lotus só inscrevia um carro, para
Graham Hill, já que
Cliff Allison iria alinhar com um Maserati 250F, da mesma forma que o americano
Carrol Shelby, o sueco
Jo Bonnier e a italiana
Maria Teresa de Fillipis. Assim sendo, somente 15 carros alinhariam na prova portuguesa, corrida num traçado urbano, onde teriam que correr em troços de paralelepípedo, e atravessar linhas de eléctrico…
Nos treinos, o melhor foi Stirling Moss, no seu Vanwall, seguido por Mike Hawthorn, e o segundo Vanwall de Stuart Lewis-Evans, uma primeira fila toda inglesa. A seguir vinham o BRM de Jean Behra e o terceiro Vanwall, de Tony Brooks. Wolfgang Von Trips era o sexto.
O dia da corrida tinha amanhecido com chuva, mas o traçado estava a secar quando máquinas e pilotos iniciaram as 50 voltas de corrida do GP de Portugal. Hawthorn partiu melhor, mas cedo Moss recuperou a liderança da corrida, e de lá não mais saiu. Hawthorn andou no segundo posto, seguido por Behra e Lewis-Evans, mas algum tempo depois teve problemas de motor e teve que ir à boxe, caindo para o terceiro posto. Behra herdou o lugar, mas pouco tempo depois, foi a vez dele de ter problemas de motor, e perder o segundo lugar para Hawthorn. Mais tarde, escapou a hipótese do pódio, a favor de Lewis-Evans.
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No final, Moss ganhou a corrida, mas sem fazer a volta mais rápida. E no final, o inglês viu o seu compatriota Hawthorn parado na berma, tentando pegar o seu motor. Quando viu que os espectadores tentavam empurrá-lo para que pudesse voltar à corrida, Moss assinalou-o, pois caso isso acontecesse, seria desclassificado. Hawthorn agradeceu, e tentou ele mesmo pôr o carro em funcionamento. Conseguiu, e ainda fez a volta mais rápida. Ninguém sabia na altura, mas esse gesto seria decisivo no campeonato…
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr073.htmlhttp://en.wikipedia.org/wiki/1958_Portuguese_Grand_Prix
Caramba! Dessa história do Mos avisar o Hawthorn eu não sabia... Além de ter sido um dos melhores pilotos, Moss também era um gentleman.
ResponderEliminarEm minha mania de checar inescrupulosamente, notei que a Ferrari da foto acima não pode ter corrido no Porto, já que, neste GP, o número 10 pertencia à BRM de Schell. Von Trips, Hawthorn e Phil Hill correram com os números 20, 22 e 24.
ResponderEliminarTens razão, Daniel. E só dei pelo erro pouco depois, porque não era esta a foto que queria colocar do Hawthorn. Esta deve ser de Inglaterra 57 ou algo assim, porque se fores ver, nem é do modelo que usa no Porto...
ResponderEliminarOlá...fiz um ranking dos melhores pilotos do F1 baseado em alguns criterios...vejam lá o que acham. https://f1lapbylap.blogspot.com/
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