Bruno Senna analisou a sua ainda curta carreira no automobilismo numa entrevista ao diario inglês "The Guardian", no qual aborda vários temas, entre os quais a sua vida familiar após a morte do seu tio, e a maneira como começou a sua carreira nos monolugares, aos 21 anos.
"Naqueles primeiros anos, não seguia a Fórmula 1 de forma atenta. Era um assunto delicado lá em casa. Não queria que a minha mãe ou qualquer outra pessoa me encontrasse a ver corridas, mesmo que eu quisesse", refere o jovem de 25 anos, lembrando que a competição automóvel nunca esteve longe dos seus pensamentos.
"Na minha cabeça, eu nunca desisti da ideia [de competir]. À medida que o tempo passava eu queria muito mas não sabia como o fazer, ainda que aceitasse a ideia de que não iria correr profissionalmente. Só mudei de ideias quando a minha mãe me perguntou se eu estava feliz com a minha vida ou se queria fazer algo de diferente", relembra Bruno Senna, que então confessou o seu desejo de voltar a competir, passo decisivo na sua carreira.
A partir daí, Bruno Senna pôde contar com o apoio de Gerhard Berger, amigo da família e antigo companheiro de Ayrton na Fórmula 1, e que lhe permitiu o primeiro teste com um monolugar, em 2004. "Julgo que o Gerhard se apercebeu de que se fosse ao contrário - se o Ayrton fosse vivo e ele não, e se fosse o seu sobrinho [de Berger] - o Ayrton teria feito o mesmo", explicou Bruno Senna, que no ano seguinte estava a competir na Formula 3 Britânica, a conselho do austríaco, considerando mesmo que "foi o melhor conselho" que alguma vez lhe deu.
Para o próximo ano, no entanto, ainda nada está decidido, embora tenha marcado testes com a Honda e com a Toro Rosso. Caso consiga o tão ambicionado lugar, espera ser o segundo piloto com capacete amarelo na Fórmula 1, fazendo alusão ao de Lewis Hamilton, cujo capacete envidencia uma homenagem a Ayrton Senna: "Eu sei, o capacete do Lewis tem uma espécie de tributo ao Ayrton e o meu também. Será fantástico lutar contra pilotos como ele. É isso que me motiva. (...) Sinto cada vez mais o prazer de lutar contra os melhores pilotos e a F1 é o melhor lugar para isso", concluiu o vice-campeão de GP2 em 2008.
se ele conseguir se disvencilhar das futuras comparações com seu tio...pode ser um piloto de futuro...
ResponderEliminarA carreira de Bruno até aqui tem sido inconstante. Ora brilhante, ora sem brilho algum.
ResponderEliminarMas eu tenho a leve intuição de que quando o moleque chegar na Fórmula-1, vai causar surpresas positivas.
Ah, e só pra lembrar, a cor dominante do capacete de Felipe Massa também é amarela.
Germano:
ResponderEliminarAs comparações serão sempre inevitáveis. E para melhor exemplo, tens o Piquet...
Hugo:
De facto, a faixa do capacete de Massa é amarela (amarela limão, para ser mais exacto). Mas a cor de base é azul e verde. E a base do casco de Hamilton/Senna sobrinho é amarela.