![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgirpcGUxfyCJ6n-3yd-4y0t8tpGqmgY00klrB3JUSjOaNqYS3iZNaRcMKXt874c_o4yn3hBpAE-7ShY8TeA-yM3YsCvmqFPlSBqRBLkxageZYzb3QPkSMnVmkFPFoyS__bNj3ny97ALxiY/s280/Mexico+68.bmp)
Há quarenta anos atrás, tal como agora, a Formula 1 ia decidir na última prova do campeonato quem iria levar o ceptro de campeão. E se este ano, a corrida foi em São Paulo, no Brasil, em 1968 era na altitude da Cidade do México, que vivia ainda o rescaldo dos Jogos Olimpicos, que tinham acabado uma semana antes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioh9X7Z7g3PFHzu_5LXxR_tXHmfqwPHTlo6FiS6choQv5OgdQw4Wp6RO3sL8wXtDuBRTyKSDrBjX_CU3gNEvhcbmWZ-13IPSIcO9vmgELVlDY3Q5Ww8DrjZR5P9giQSwf8AJDXtqP0d1BJ/s280/Mexico+68+2.jpg)
Na última prova do campeonato de 1968, três pilotos poderiam alcançar o título mundial:
Graham Hill,
Jackie Stewart e
Dennis Hulme. O líder do campeonato, Hill (39 pontos), no seu Lotus 49, seria campeão caso alcançasse o pódio, e Stewart (36 pontos) não vencesse a corrida. Se o escocês ganhasse a corrida, era o campeão. Ainda tinha um terceiro candidato, o neozelandês Hulme (33 pontos) no seu McLaren. Mas este só poderia revalidar o título se ganhasse, e nenhum dos dois conseguisse pontuar, ou se Hill ficasse abaixo do quarto lugar, por exemplo.
Uma matemática complicada, que só a corrida permitia desvendar. Mas uma coisa era certa: na maioria das chances, bastava a vitória de um deles para se sagrar campeão.
No pelotão, a Lotus inscreveu um terceiro carro, para o local Moisés Solana, para ajudar a equipa a conseguir o campeonato de Construtores. Ele conseguiu ser melhor do que o segundo piloto, Jackie Oliver, e ficou na 11ª posição na grelha, enquanto que Oliver foi 14º. A Honda inscreveu um segundo carro, para o veterano sueco Jo Bonnier, que ficou no final do pelotão, na 18ª posição.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSSMY-H30EAeO3l_CVpDdc_1uqCNSGXcIUhWqXX-VpLXhIOmisVEwD2fvIW6AEdL_tvvLsD77na2C3w3s-LELExlxG5HW4LkfaeCvjEWetobqrx36Rf58UDAzniIMnf-baoUQF82BlPHYe/s280/Mexico+68+7.jpg)
Mas a grande surpresa foi nos treinos, com a pole-position do suiço
Jo Siffert, no seu Lotus privado, inscrito por Rob Walker. No segundo posto estava o Ferrari de
Chris Amon, e logo a seguir vinha o Lotus de Graham Hill. No quarto lugar estava Denny Hulme, no seu McLaren-Ford.
Jackie Stewart era o sétimo da grelha, atrás do terceiro McLaren de
Dan Gurney e do Honda de J
ohn Surtees. Outro herói local,
Pedro Rodriguez, não conseguia mais do que o 12º tempo no seu BRM.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBvNF85_1CIYhIqeYYTMiJQWcg5Zbv7gxWkjAtJ8VSnhS-vIDylaOxjGgnD9SBI4857RJrLGQd7XkrjohCVeba4tGlLtSyyYLRfL_yt_6JJMOJIjhnKT4MxTQOW2Nz6BW42QSGHJdEWJZV/s280/Mexico+68+8.jpg)
No dia da corrida, um autódromo cheio (mais de cem mil espectadores) aguradavam com ansiedade o desfecho do Mundial de formula 1 de 1968. Na largada, nennhum dos piltoos da frente parte bem, e é Graham Hill que fica com a liderança, arrebatada ainda na primeira volta pelo Honda de John Surtees. Contudo, na volta seguinte, Hill volta à primeira posição, com Stewart no terceiro posto, e Hulme no quinto lugar, atrás de Chris Amon.
Nas voltas seguintes, Surtees atrasa-se, com problemas de motor (acabará por desistir, com sobreaquecimento), e o escocês fica com a segunda posição. Na volta dez, o primeiro dos candidatos ao título desiste; a suspensão do McLaren de Denny Hulme parte-se e tem um acidente, sem consequências.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw4vx5q5ZZOZxR5R4o9zAsO0ENkMjUtQNBBe6uvzeeb9m6-hWIHRrqz2vmPcTKIKLgSUHhNL5312Gu2KboBQdZN-gQb7sG3Nn-gA4VFWrZvO1_-6LkQD65dfb2zzFywKDb_-y2-Dq6IopJ/s280/Mexico+68+5.jpg)
Entretanto, Siffert, que se tinha atrasado na partida, faz uma corrida de recuperação, e intromete-se na luta pela liderança, e subsequentemente, na luta pelo título. Na volta 22 chega à liderança, e fica por lá, caminhando para uma eventual segunda vitória na temporada. Contudo, um cabo do acelerador parte-se, e o piloto suiço vai às boxes para reparar e voltar à pista, com uma volta de atraso.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpmST8A98IKoslobixMXTVHQE4ddYqvOUtorDrg4WaUY-6nWGbeP-cp1FWylW98L-xGWDm7HgdeMnUy0bBqjMcA-YrqFkQMmC196_lntEO9qY6WwNFhmYf4nqLPRd5cBdKsqpVe_vFsSgU/s280/Mexico+68.jpg)
Assim sendo, Hill e Stewart voltam para o primeiro e segundo postos, lutando à distância para saber quem levaria a melhor, amboa a uma larga distância de Jack Brabham, que ia na terceira posição. Então, o piloto escocês começa a ter problemas na alimentação da gasolina, que entope, a começa a atrasar-se, sendo ultrapassado na volta 51 por Bruce McLaren e Jack Brabham. Oito voltas depois, Brabham desiste, com um motor partido, e o terceiro classificado era agora o Lotus de Jackie Oliver.
Entretanto, Stewart atrasa-se cada vez mais, e fica até fora dos pontos, na sétima posição. Graham Hill consegue manter o primeiro posto, e é assim que chega ao fim da corrida, dando a Colin Chapman e à Lotus, o merecido título mundial, certamente dedicado a Jim Clark, morto em Abril. McLaren foi o segundo, Oliver estreava-se no pódio, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o mexicano Pedro Rodriguez, o sueco Jo Bonnier, e o suiço Jo Siffert, que ainda fez a volta mais rápida. E foi assim que terminou o atribulado campeonato de 1968, tão atribulado como o ano que passou...
Fontes:
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...