Em muitos aspectos, a noticia da chegada desta revista às nossas bancas, numa altura de crise, parece ser contraditória. Mas se vos disser que há menos de oito anos não havia qualquer revista masculina nas bancas, o que diriam? Surpreendente, não?
Em menos de oito anos, aceitamos a ideia de ver actrizes famosas, modelos, e algumas atletas de lingerie, em elaboradas produções artisticas, algumas delas a roçar ou a sugerir a nudez. Fazem-se "castings" para escolher "a mais bela da freguesia" (FHM dixit) e essas meminas não tem qualquer pudor em mandar os seus "books" em poses sugestivas. A diferença entre uma GQ e uma Playboy é que... nesta, mostra-se tudo.
E acho que esse é o grande desafio. Como nasci e cresci no Brasil, achei (e acho) natural ver actrizes, modelos, cantoras, desportistas... a posarem como vieram ao mundo. Acho natural e nada ofensivo. E se os ensaios forem bem feitos, melhor ainda. Mas quando vim para Portugal, achei estranho que isso não acontecia aqui. Com o tempo, descobri que isto tem a ver com a história dos costumes: até 1974, ver uma mulher a fazer "topless", por exemplo, era motivo para prisão! Com o tempo, isso tornou-se natural pelas praias tugas.
Mas também, a Playboy é muito mais do que meninas nuas e o "poster" habitual no centro da revista. Também são as entrevistas, e os artigos de fundo, como em qualquer outra revista masculina. E a moda, os gadgets... nas edições internacionais, foram milhares os entrevistados pela revista fundada por Hugh Hefner há 53 anos, e que virou um icone cultural do século XX. Personalidades como Mick Jagger ou Norman Mailer, nos Estados Unidos, Nelson Piquet e Aytron Senna, no caso brasileiro (e puxando a brasa à "sardinha" automobilistica) já foram entrevistados pela revista das "coelhinhas". Publicou contos de escritores famosos como Arthur C. Clarke (o homem de 2001), Ian Fleming (o criador de James Bond) ou Vladimir Nabokov (que escreveu Lolita).
Agora, o grande desafio é este: com a quantidade de meninas que posam de bikini e "lingerie", a partir de Março, estas revistas vão concorrência... "desleal". O que me morde a curiosidade é saber quem vai ser a primeira das famosas a dar o passo, e qual vai ser o impacto? A Primavera portuguesa promete ser quente!
Nem imaginava que não tinha Playboy aí...
ResponderEliminarpensei que tinha no mundo todo...
São essas coisas que diferenciam a Europa sivilizada ...do Brasil bagunça....Eu adimiro a moral e bons costumes da Europa e EUA aqui é depravação total sem dúvida caminho para o inferno....pena que daqui à alguns anos Portugal esteja envolvida nessa depravação um abraço Lionel
ResponderEliminarQuem vai ser a primeira?
ResponderEliminarOra pois, a Maria, esposa do seu Manuel, ô pá!
Brincadeiras à parte, parabéns aos portugueses, que terão agora sua Playboy!
Quantas revelações em um único post, Speeder...
ResponderEliminarJamais poderia imaginar que em Portugal não existia Playboy... não que seja algo grave, mas por ser uma marca tradicional e conhecida mundialmente... foi como imaginar Lisboa sem um McDonald's, por exemplo.
E também jamais poderia imaginar que tivesse nascido e crescido no Brasil, essa foi uma grande surpresa! Em que lugar do Brasil viveu?
Abraços!
Ana Berger!!! Maravilhosa!
ResponderEliminarPleeease!
Speeder, o Hugo Becker já fez a mesma pergunta que eu ia fazer... Abraços! (LAP)
ResponderEliminarIco:
ResponderEliminarInfelizmente, não sei por onde para a Sra. Berger, porque depois do casamento, desapareceu de cena. Mas o que não falta nesta praça são MILF's bonitas e sensuais...
Julio:
Quando te mostras as "Marias" que andam por cá, até ficarás espantado...
Já agora: se quiserem ter uma ideia, podem ir aos seguintes endereços:
http://www.fhm.pt
http://maxmen.no.sapo.pt/
http://www.xl.pt/mrkt/gq/
Hugo e Luiz:
Eu nasci em Vitória, no Estado do Espírito Santo, em Julho de 1976. O meu pai trabalhou durante meia dúzia de anos na companhia do Vale do Rio Doce, como electricista-chefe. Vivi em Vila Velha até 1982, altura em que vi para Portugal. Se tinha sotaque, perdi-o quando fui para a escola, e não mais voltei para o Brasil, nem para férias, o que é uma pena. Mas acho que ainda vou a tempo disso...
E quando digo que Portugal e Brasil eram dois mundos diferentes, digo-te que nesse ano, nem havia lojas McDonald's! Hoje, só na zona de Leiria, tenho duas, e não é uma cidade por ali além...