Finalmente, as medidas que a FIA e a FOTA acordaram para reduzir os custos para 2009 foram reveladas, dois dias depois de ter sido anunciado o acordo. E já há uma pequena surpresa: os motores standard foram abandonados, tendo por sua vez chegado a outras alternativas, como uma maior duração dos mesmos.
Sendo assim, em 2009, cada piloto só poderá usar oito motores por temporada, fora quatro para testes, perfazendo assim o total de 20 por época. Para se atingir esse desiderato já em 2009 as rotações foram limitadas a 18.000, sendo proibido modificar o motor internamente. No ano seguinte, 2010, as equipas independentes terão acesso aos motores de construtores, seja de um fornecedor independente, seja dos já presentes, cujo custo não deverá ultrapassar os 5 milhões de euros por época.
A utilização do túnel de vento também foi limitada, passando a ser proibida a utilização de modelos superiores a 60% e 50 metros/segundo. As fábricas terão de ser fechadas durante seis semanas por ano. Os testes durante a temporada serão proibidos, ficando todas as equipas limitadas às sessões de treinos-livres previstas para os programas dos Grandes Prémios. As sextas-feiras serão muito mais animadas do que o normal...
Para 2010, as peças estandardizadas irão entrar em força, passando todas as equipas a usar a mesma transmissão. Para além disto, serão partilhadas por todas as formações várias peças do chassis, tendo os envolvidos acordado que este componentes não serão diferenciadores de competitividade. Também os rádios e os sistemas de telemetria serão comuns a todas as equipas, ao passo que os cobertores dos pneus, purga de pneus e os reabastecimentos serão banidos. Paralelamente, será ainda mais limitada a pesquisa aerodinâmica e poderão ser impostas mais limites nas fábricas. A FIA irá também conduzir nesse ano uma pesquisa de mercado para verificar se deverão ser implementadas alterações na qualificação, como se o sistema de pontos deverá ser substituído por um sistema de medalhas e se a distância das corridas deverá ser reduzida.
Quanto ao sistema KERS, que tanta polémica tem criado, existe a possibilidade de existir um sistema comum a todas as equipas na tempoarada de 2010, estando esta hipótese dependente de uma proposta a efectuar pela FOTA. Para além disso, algumas equipas poderão decidir contra a utilização deste sistema já na temporada de 2009. A longo prazo, a FIA e a FOTA decidiram que estudarão a possibilidade de ser implementada a partir de 2013 uma nova fórmula de motores, baseada na eficiência do consumo, de modo a que esta tecnologia possa contribuir decisivamente para os carros de estrada.
Se quiserem ver a lista completa, podem ver aqui, no sitio da Autosport portuguesa.
Em suma, estas medidas são uma autêntica revolução na Formula 1. Será uma alteração radical na competição que estamos habituados a ver, e as medidas que foram tomadas irão reduzir, já em 2009, as despesas das equipas em 30 por cento, com reduções ainda maiores nos anos seguintes. As ideias de Max Mosley, de reduzir decisivamente as despesas da categoria, venceram, de uma certa forma, agora resta saber se elas vão ser implementadas e fiscalizadas. E mesmo o sistema maluco do "Tio" Bernie, a FIA teve bom senso, porque:
- Primeiro, não vai ser implementado já.
- Segundo, vai ser "referendado" pelos adeptos, com a tal pesquisa de mercado que irão fazer, em conjunto com outras medidas, como a redução da duração das corridas ou a atribuição de um ou mais pontos na qualificação.
E então, meus amigos, o que acham disto tudo?
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