Agora que a Honda se foi embora da Formula 1, começam a surgir alguns dos pormenpres do descalabro. A edição portuguesa da Autosport fala esta semana em "quatro razões" para o abandono da marca:
- Era a construtora mais pequena das que participavam no campeonato.
- As suas vendas dependem fortemente do mercado americano, que como disse na altura, sofreu uma forte queda nas vendas (mais de 25 por cento).
- Não havia uma verdadeira estratégia de competição, ao contrário da Toyota.
- Era a sede que investia o dinheiro todo, logo, não tinha patrocinios a sustentá-lo.
E é sobre esse último aspecto do qual quero falar. A mesma revista portuguesa fala hoje, na sua edição online, que a sua opção por não mostrar qualquer patrocinio durante as duas últimas temporadas na Formula 1, custou à marca a módica quantia de... 230 milhões de Euros. Um elemento da marca, a coberto do anonimato, afirma isso mesmo: "O dinheiro não entrava porque não havia logótipos no carro e a Honda suportava os custos todos, apesar do que eles disseram, de que era uma nova iniciativa publicitária".
Para esse elemento, o que a Honda devia ter feito era resguardar-se para tempos mais difíceis. "Deviam ter colocado dinheiro de lado para os dias menos bons, como a BMW e a Mercedes estavam a fazer", concluiu.
Em relação à queda de vendas, Takeo Fukui, presidente da Honda, revelou, na altura do anuncio da retirada, que a decisão foi tão repentina e inesperada, tanto para si como para o resto do mundo. "Em todo o mundo, as vendas de Novembro caíram de forma massiva - para além do que se possa imaginar. Em Setembro, esta decisão [de abandonar a competição] não existia".
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