Foi um rali decidido ao segundo, mas no final quem levou a melhor foi o Citroen C4 WRC do francês Sebastien Löeb, que bateu o Ford de Jari-Mari Latvala por apenas 2,7 segundos. E tudo isso na derradeira especial, depois de uma penalização de 10 segundos por uma partida lançada, numa das classificativas do inicio do dia, e de ter uma desavantagem de 2,2 segundos à entrada no último troço! Mais tarde, essa penalização foi-lhe retirada, depois de um apelo aos Comissários Desportivos, que viram o video, e concluiram que o francês tinha cumprido as regras. Assim, os 2,7 passaram para 12,7 segundos.
Com esta vitória, curiosamente, a primeira de sempre de Löeb neste Rali da Grã-Bretanha, e o terceiro lugar do seu companheiro Dani Sordo, a Citroen levou este ano para casa o título mundial de Construtores.
A seguir aos três primeiros, chegou Petter Solberg, num dos melhores resultados deste ano do novo Subaru Impreza, que anda a desiludir os responsáveis pela marca, mas este resultado pode ser considerado uma vitória, já que o seu companheiuro de equipa, o australiano Chris Atkinson, desistiu no primeiro dia, vítima de um espectacular acidente, em que desfez o seu carro...
No quinto posto ficou Per-Gunnar Andersson, que deu à Suzuki o seu melhor resultado do ano, mostrando o potencial do Suzuki Swift WRC, e dando algumas esperanças para o próximo ano. O seu companheiro, o finlandês Toni Gardmeister, completou o bom resultado da marca, ao acabar na sétima posição. À frente de Gardmeister ficou o belga Francois Duval (que está fora do seu ambiente) foi o sobrevivente dos Stobart-Ford, ao chegar na sexta posição, enquanto que a fechar os pontos chegou Mikko Hirvonnen, que depois de capotar fortemente no primeiro dia, voltou à estrada pelo método de Super Rally e ainda conseguiu recolher um ponto.
Na categoria de Produção, o austriaco Andreas Aigner tornou-se no novo campeão da categoria, ao terminar em segundo lugar da classificação, sendo batido apenas pelo sueco Patrik Flodin. Armindo Araujo foi sétimo na classificação, mesmo depois de ter abandonado o rlai na primeira etapa, vítima do gelo numa das ligações, e de ter voltado graças ao reciurso ao Super Rally.
"Hoje sabíamos que não precisávamos de arriscar, pois tínhamos uma diferença muito grande para a frente e para trás, para além de que o motor não estava a 100 por cento. Conseguimos somar dois pontos, que acabam por ser muito positivos, num rali muito difícil, com condições climatéricas e de aderência bastante complicadas. Nos últimos dois dias não cometemos erros e acabámos por conseguir um resultado positivo depois do azar de sexta-feira", disse.
Já Bernardo Sousa, o outro português do campeonato, acabou no nono lugar do PWRC, depois de um um problema mecânico no Mitsubishi Lancer Evo IX, no segundo dia de prova obrigou o piloto da Red Bull Rallye Team a desistir no arranque da segunda "especial" desse dia. Tal como Armindo Araujo, voltou ao rali através do método Super Rally, terminando fora dos pontos.
"Hoje foi um dia que não nos correu mal. Andámos sempre entre os seis, sete primeiros, mas infelizmente o 9º lugar final deixou-nos fora dos pontos e impediu-nos de melhorar a nossa classificação no Mundial", referiu o jovem piloto da ilha da Madeira. "Acredito que poderíamos ter terminado nos cinco primeiros se não fosse o problema de ontem, mas obviamente que estou satisfeito com o facto de ter terminado a minha primeira época no Mundial no Top Ten e ter sido o melhor rookie do campeonato.", concluiu.
Para finalizar, uma palavra para Valentino Rossi. O hepta-campeão do Mundo de Moto GP, correu em Gales pala Stobart-Ford e fez um rali aceitável, terminando na 12ª posição da geral, a mais de 13 minutos de Sebastien Löeb, mas superou pilotos mais regulares como o inglês Matthew Wilson (Ford) e o zimbabueano Conrad Rautenbach (Citroen).
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