Mais duas semanas se passaram desde o GP do Mónaco, mas os traumas continuavam. E nesses quinze dias, as equipas testaram o novo pacote aerodinâmico aprovado ás pressas pela FIA, que tinha cedido ao pânico dos três dias de Imola, e depois ao acidente de Karl Wendlinger no Mónaco. Mas mesmo esse pacote aerodinâmico já tinha causado vitimas: alguns dias depois do GP do Mónaco, o português Pedro Lamy testava o seu Lótus quando perdeu controlo do seu carro em Silverstone a mais de 270 km/hora na zona de Bridge, desfazendo o seu carro e fracturando ambas as pernas. No seu lugar, foi chamado… Alessandro Zanardi, o homem que substituiu oito ameses antes, quando o italiano teve um grave acidente em Spa-Francochamps.
Em Barcelona, a Sauber corria só com um carro, para Heinz-Harald Frentzen, enquanto que Simtek e Williams tinham finalmente os substitutos dos pilotos caídos um mês antes. A Williams deu um lugar ao seu piloto de testes, David Coulthard, enquanto que a Simtek dava um lugar para o italiano Andrea Montermini. Contudo, na Williams, queria-se o regresso de Nigel Mansell na equipa, pelo menos por algumas ocasiões, para ajudar Damon Hill na sua cruzada para o título mundial. A ideia seria, pelo menos durante essa temporada, que disputaria os Grandes Prémios que não entrassem em conflito com as suas provas na CART, ao serviço da Newman-Haas.
Na Jordan, Eddie Irvine estava de volta, depois de acabar com a penalização de três corridas imposta pela FIA após o acidente múltiplo que causou mês e meio antes, no Brasil.
As coisas nos bastidores da Formula 1 continuavam agitadas. A GPDA (Grand Prix Drivers Assotiation) quis mostrar serviço colocar uma chicane na curva Nissan, no sentido de reduzir a velocidade naquela curva, que era feita de quinta a fundo. A chicane provisória foi colocada na quinta-feira, sob pena de uma greve de pilotos, mas os efeitos não foram muito eficazes. O Pacific de Bertrand Gachot bateu num dos muros de pneus no treino livre de sexta-feira…
No Sábado á tarde, o Simtek de Andrea Montermini perde o controle na curva para a recta da meta, e bateu com estrondo nos muros de protecção, destruindo a frente do carro. O piloto italiano fracturou ambos os pés e teve um traumatismo craniano, fazendo com que o ambiente se tornasse pesado na Formula 1, perguntando muitos quando é que terminaria aquele pesadelo.
No final das duas sessões de qualificação, o melhor foi de novo Michael Schumacher, que bateu Damon Hill por 0.651 segundos. Na segunda fila ficavam o McLaren-Peugeot de Mika Hakkinen e o Benetton de J.J. Letho, enquanto que Rubens Barrichello era o quinto a partir com a Jordan-Hart, batendo o francês Jean Alesi, da Ferrari. Gerhard Berger era o sétimo, com o segundo Ferrari, e logo a seguir vinha Martin Brundle, da McLaren. A fechar o “top ten” estava o novato David Coulthard e o Tyrrell de Ukyo Katayama.
Na partida, Schumacher leva a melhor sobre Hill e Hakkinen. Um pouco atrás, Barrichello toca em Berger e o austríaco da Ferrari cai para a 12ª posição na corrida, enquanto que David Coulthard tentava safar-se bem na sua primeira das suas 247 corridas da sua carreira. No final da 15ª volta, já era sexto classificado.
Enquanto isso, Schumacher afastava-se da concorrência, e tudo indicava que iria ganhar dominantemente a sua quinta corrida consecutiva este ano… começava a ter problemas na caixa de velocidades. O alemão ficou com ela presa na quinta velocidade, e cedo foi ultrapassado por Hill e Hakkinen. Schumacher, de uma certa forma, travava uma batalha heróica para chegar ao final da corrida sem perder pontos, mas fazer curvas e rectas somente com uma marcha, era um feito.
Mais atrás, Coluthard tinha desistido com problemas eléctricos, enquanto que Berger ficara sem caixa de velocidades. Depois da segunda passagem pelas boxes, Schumacher ficou na frente, mas com a problemática caixa de velocidades, cedo perdeu a liderança para o piloto da Williams e depois era ameaçado pelo finlandês da McLaren. Contudo, na volta 48, o motor Peugeot explodiu, entregando o lugar para o seu compatriota Letho. Mas na volta 53, este também desistia, com o mesmo problema: motor.
Sendo assim, o terceiro lugar ficou com Martin Brundle, no segundo McLaren, mas na volta 59, a transmissão do seu carro cedeu, e para o seu lugar foi o Tyrrell do seu compatriota Mark Blundell, que ficou no seu lugar até ao final da corrida. Quando depois foi acompanhar Schumacher e Hill ao pódio, mal sabia que aquilo iria ser o último pódio da história da Tyrrell, quatro anos depois de Jean Alesi, no Mónaco.
Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Ferrari de Jean Alesi, o Minardi de Pierluigi Martini e o Jordan de Eddie Irvine.
Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1994/95, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1994
http://en.wikipedia.org/wiki/1994_Spanish_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr553.html
Em Barcelona, a Sauber corria só com um carro, para Heinz-Harald Frentzen, enquanto que Simtek e Williams tinham finalmente os substitutos dos pilotos caídos um mês antes. A Williams deu um lugar ao seu piloto de testes, David Coulthard, enquanto que a Simtek dava um lugar para o italiano Andrea Montermini. Contudo, na Williams, queria-se o regresso de Nigel Mansell na equipa, pelo menos por algumas ocasiões, para ajudar Damon Hill na sua cruzada para o título mundial. A ideia seria, pelo menos durante essa temporada, que disputaria os Grandes Prémios que não entrassem em conflito com as suas provas na CART, ao serviço da Newman-Haas.
Na Jordan, Eddie Irvine estava de volta, depois de acabar com a penalização de três corridas imposta pela FIA após o acidente múltiplo que causou mês e meio antes, no Brasil.
As coisas nos bastidores da Formula 1 continuavam agitadas. A GPDA (Grand Prix Drivers Assotiation) quis mostrar serviço colocar uma chicane na curva Nissan, no sentido de reduzir a velocidade naquela curva, que era feita de quinta a fundo. A chicane provisória foi colocada na quinta-feira, sob pena de uma greve de pilotos, mas os efeitos não foram muito eficazes. O Pacific de Bertrand Gachot bateu num dos muros de pneus no treino livre de sexta-feira…
No Sábado á tarde, o Simtek de Andrea Montermini perde o controle na curva para a recta da meta, e bateu com estrondo nos muros de protecção, destruindo a frente do carro. O piloto italiano fracturou ambos os pés e teve um traumatismo craniano, fazendo com que o ambiente se tornasse pesado na Formula 1, perguntando muitos quando é que terminaria aquele pesadelo.
No final das duas sessões de qualificação, o melhor foi de novo Michael Schumacher, que bateu Damon Hill por 0.651 segundos. Na segunda fila ficavam o McLaren-Peugeot de Mika Hakkinen e o Benetton de J.J. Letho, enquanto que Rubens Barrichello era o quinto a partir com a Jordan-Hart, batendo o francês Jean Alesi, da Ferrari. Gerhard Berger era o sétimo, com o segundo Ferrari, e logo a seguir vinha Martin Brundle, da McLaren. A fechar o “top ten” estava o novato David Coulthard e o Tyrrell de Ukyo Katayama.
Na partida, Schumacher leva a melhor sobre Hill e Hakkinen. Um pouco atrás, Barrichello toca em Berger e o austríaco da Ferrari cai para a 12ª posição na corrida, enquanto que David Coulthard tentava safar-se bem na sua primeira das suas 247 corridas da sua carreira. No final da 15ª volta, já era sexto classificado.
Enquanto isso, Schumacher afastava-se da concorrência, e tudo indicava que iria ganhar dominantemente a sua quinta corrida consecutiva este ano… começava a ter problemas na caixa de velocidades. O alemão ficou com ela presa na quinta velocidade, e cedo foi ultrapassado por Hill e Hakkinen. Schumacher, de uma certa forma, travava uma batalha heróica para chegar ao final da corrida sem perder pontos, mas fazer curvas e rectas somente com uma marcha, era um feito.
Mais atrás, Coluthard tinha desistido com problemas eléctricos, enquanto que Berger ficara sem caixa de velocidades. Depois da segunda passagem pelas boxes, Schumacher ficou na frente, mas com a problemática caixa de velocidades, cedo perdeu a liderança para o piloto da Williams e depois era ameaçado pelo finlandês da McLaren. Contudo, na volta 48, o motor Peugeot explodiu, entregando o lugar para o seu compatriota Letho. Mas na volta 53, este também desistia, com o mesmo problema: motor.
Sendo assim, o terceiro lugar ficou com Martin Brundle, no segundo McLaren, mas na volta 59, a transmissão do seu carro cedeu, e para o seu lugar foi o Tyrrell do seu compatriota Mark Blundell, que ficou no seu lugar até ao final da corrida. Quando depois foi acompanhar Schumacher e Hill ao pódio, mal sabia que aquilo iria ser o último pódio da história da Tyrrell, quatro anos depois de Jean Alesi, no Mónaco.
Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Ferrari de Jean Alesi, o Minardi de Pierluigi Martini e o Jordan de Eddie Irvine.
Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1994/95, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1994
http://en.wikipedia.org/wiki/1994_Spanish_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr553.html
corridaça essa...uma das poucas que eu me lembro, era muito pequeno, tinha ainda 5 anos. Só me lembro pq o alemão teimava teimava e continuava lá pela frente...
ResponderEliminarhttp://historiasevelocidade.blogspot.com/
só p/ divulgar, lá tem um post falando sobre essa pretensa identidade única e questionando tb se há mesmo identidade da f1 e se havia uma unidade na fota..apareça por lá...gosto muito de suas opiniões.
Montermini retornou em 1994, mas para correr no GP de Cleveland da Indy.
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