O piloto sul-africano Tony Maggs, que competiu pela Cooper entre 1962 e 63, e certamente um dos pilotos mais consistentes da sua época, morreu ontem á tarde na sua casa em Pretoria, na Africa do Sul, devido a complicações de ordem pulmonar. Tinha 72 anos de idade.
Maggs foi o piloto do seu país com maior palmarés até á chegada à Formula 1 de Jody Scheckter, doze anos mais tarde, para conquistar o seu título mundial. Na biografia que escrevi sobre ele em Dezembro de 2007, afirmou que começou a correr em 1958 no seu país natal, num Austin-Healey, para depois correr em Turismos na Europa. em 1960, corre na Formula Junior, onde se torna campeão em 1961, a bordo de um Cooper T56, pertencente à equipa de Ken Tyrrell. As suas performances não passaram despercebidas a Charles e John Cooper, que o contrataram em 1962, substituindo Jack Brabham e correndo ao lado de Bruce McLaren.
Conhecido pelo seu capacete amarelo vivo, Maggs conseguiu três pódios: dois segundos lugares em França 62 e 63, bem como um terceiro lugar no seu Grande Prémio natal, em 1962. Porem, o seu contrato não é renovado após a temporada de 1963, decidindo correr pela Scuderia Centro-Sud na temporada de 1964, ao volante de um BRM. A sua última corrida na Formula 1 foi o seu GP natal de 1965, a bordo de um Lotus 25 da Reg Parnell Team, terminando na 11ª posição. Em Junho desse ano, quando corria em Pietermaritzburg, atropela mortalmente uma criança e para de correr.
Em paralelo com a sua carreira na Formula 1, correu nos Turismos. Venceu por duas vezes as 9 Horas de Kyalami e disputou algumas edições das 24 Horas de Le Mans, sendo que o seu melhor resultado foi um sexto lugar na edição de 1964, ao lado do britânico David Piper. Depois da sua carreira competitiva, Maggs retirou-se para a sua quinta, situada no norte da provincia do Transvaal, e foi noticia mais uma vez quando sobreviveu a um desastre aéreo, que matou um dos trabalhadores.
Maggs encontrava-se doente há já vários meses e o desfecho verificou-se hoje. E de uma era onde os sobreviventes foram poucos, estes lentamente se vão. Ars lunga, vita brevis.
Uma pena. Com ele, são dois ex-pilotos sul-africanos a morrer este ano. Em março foi a vez do Jackie Pretorius, que morreu assassinado, em função dos ferimentos que havia sofrido durante um assalto à sua casa.
ResponderEliminarBelo texto, e bela homenagem, amigo Speeder. Bravo Tony Maggs!
ResponderEliminarPor acaso ontem eu estava lendo sobre três pilotos: Masten Gregory, Willy Mairesse e Tony Maggs...por isso me espantei agora. Mais um que foi correr no céu, se junta a outros tantos.
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