Ao contrário do que é habitual, este ano o vencedor não foi o primeiro a sair da pole-position. Mas o homem que marcou o seu nome na lista dos vencedores é um velho conhecido: Jenson Button. Pela sexta vez este ano, o piloto inglês da Brawn GP ganhou a corrida, numa temporada que está a ser cada vez mais monótona, e que cada vez mais se está a tornar num passeio para ele, pois cada vez mais se torna evidente quem vai ser o novo campeão do mundo de 2009.
Se Button é o grande vencedor, pode-se dizer que o grande derrotado é Sebastien Vettel. Era o "poleman", numa pista onde todos os vencedores anteriores conseguiram-no, depois de partir no primeiro lugar da grelha. Hoje, foi diferente: Button levou a melhor na partida, passando Vettel, que cometeu um erro ao sair ligeiramente de pista, e com o seu companheiro Rubens Barrichello a fazer a pior corrida do ano. O veterano piloto brasileiro partiu mal, atrasou-se, despistou-se quando disputava uma posição com Heiki Kovalainen, desistiu no final da corrida com a caixa de velocidades partida. Por causa deste desastre turco, o seu companheiro de equipa foge na liderança do campeonato e agora tem cada vez mais perto os dois homens da Red Bull.
Button, que tinmha o carro mais pesado, graças ao "génio da tática" Ross Brawn, conseguiu segurar Sebastien Vettel, especialmente depois da primeira paragem nas boxes. Nas seguintes, Vettel teve um mau jogo de pneus e permitiu a ultrapassagem do seu companheiro Mark Webber, que fez o seu melhor resultado do ano, embora tenha optado por uma tática mais conservadora do que o seu companheiro. No final, pode-se dizer que Vettel arriscou e... perdeu. O seu terceiro lugar foi o máximo daquilo que conseguiu salvar.
O resto não teve grande história: Jarno Trulli foi quarto classificado, colocando de novo a Toyota nos lugares de destaque, depois do desastre monegasco, Nico Rosberg conseguiu a sua melhor posição do ano com o seu Williams-Toyota, Felipe Massa foi regular e acabou na sexta posição, seguido por Robert Kubica, que conseguiu os seus primeiros ponto do ano, e por fim o alemão Timo Glock fechou os pontos, numa corrida nada emocionante. Aliás: quando via a corrida, mais me sentia na pele de Homer Simpson quando vê o "2001 - Odisseia no Espaço": boceja, semicerra os olhos e grita: "Boooring!!!"
Mais atrás, viamos Kimi Raikonnen, Fernando Alonso, Heiki Kovalainen e Lewis Hamilton fora da zona dos pontos. Ver o inglês a terminar a corrida na 13ª posição final é confrangedor, pois a sua defesa do título mundial é a pior desde 1997, quando Damon Hill correu na Arrows. Mas para ver esta performance, tenho que recuar 29 anos no tempo e lembrar-me de Jody Scheckter, no seu pífio Ferrari 312T5, a tentar marcar pontos com ele, sem grandes hipóteses de tal. Que a ordem anterior esteja virada para baixo, é um facto. Mas ver Hamilton a arrastar-se nas pistas, com um carro mau, menos de um ano após ter sido campeão do mundo, simplesmente é triste. Já não acredito em ver Hamilton no pódio este ano...
Em contraste com os acontecimentos na pista, nos bastidores, as coisas aquecem a cada minuto. Desde reuniões, ameaças de boicote e afins, a FOTA decidiu cerrar fileiras, para evitar deserções para a FIA, como fizeram Force India e Williams. 12 de Junho é sexta-feira, e muito pode acontecer. E a 19 de Junho, começam os treinos para o GP de Inglaterra, em Silverstone. Que tipo de Formula 1 irá aparecer nesse dia?
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