Três semanas depois de Zandvoort, o pelotão da Formula 1 reunia-se no longo e perigoso circuito de Spa-Francochamps, palco do GP da Bélgica. Havia algumas novidades no pelotão, nomeadamente o regresso dos BRP, que tinham os carros prontos para Innes Ireland e Trevor Taylor, que assim estavam de volta. Na lista de inscritos estava também um piloto local, André Pillette, que corria num Sirocco de motor Clímax, que no ano anterior tinha disputado o campeonato do mundo, sem sucesso.
A Lótus queria estrear aqui oficialmente o seu modelo 33, que era uma versão melhorada do modelo 25, especialmente em termos de suspensão e eixos, que tinham sido redesenhados para poderem permitir aguentar novos tipos de pneus, que eram mais largos do que os predecessores. Contudo, nos treinos, o melhor de todos foi o Brabham de Dan Gurney, que levou a melhor sobre Graham Hill e de Jack Brabham. Na segunda fila ficavam Peter Arundell, no seu Lótus, e John Surtees, enquanto que na terceira fila aparecia Jim Clark, que tinha a seu lado o Cooper de Bruce McLaren e o segundo BRM de Richie Ginther. Na quarta fila estavam o Ferrari de Lorenzo Bandini e o BRM do jovem americano Peter Revson.
Antes da partida, o seu carro sofreu uma avaria, e teve que pilotar o modelo antigo, o Lotus 25. Quando a corrida começou, Peter Arundell larga melhor e toma a liderança, mas no final da primeira volta, Clark, Gurney e Surtees conseguem ultrapassá-lo. Na segunda volta, o inglês da Ferrari leva a melhor sobre o americano da Brabham, enquanto que Graham Hill consegue arrebatar o quarto lugar a Arundell. Mas esta liderança seria de pouca dura, pois Surtees começa a ter problemas de motor e atrasa-se, dando a liderança de novo a Gurney, seguido por Clark e Hill, com Bruce McLaren, no seu Cooper, em quarto lugar, à frente de Arundell e Jack Brabham.
Com o passar das voltas, Dan Gurney afasta-se do resto do pelotão, constituído agora por Clark, Hill e McLaren. Estas começam a afastar-se uns nos outros, primeiro Hill e depois Clark. Mas as quatro voltas finais foram dramáticas e de vencedor incerto, pois todos padeciam do mesmo problema: combustível… ou a falta dela.
Primeiro, Jim Clark foi às boxes para meter alguma água, para evitar sobreaquecer o motor, e não entrar em pane seca nas últimas voltas. Na volta seguinte, subitamente, o líder Gurney tem de abrandar para poupar combustível suficiente para chegar às boxes. Consegue lá chegar, mas perde a liderança a favor de Graham Hill, com Bruce McLaren agora na segunda posição. Só que a equipa não tinha combustível disponível, e Gurney partiu de novo, buscando a liderança perdida. Estávamos agora na volta 31, e Hill era o líder, mas tinha problemas na bomba de combustível, e este não funcionava bem. Logo a seguir vinha McLaren, mas este tinha problemas no seu motor, que não funcionava bem. Gurney tentou apanhá-lo, torcendo que existisse combustível suficiente para a meta.
Mas nessa volta final, os golpes de teatro sucederam-se: quando Gurney apanha McLaren, acaba a gasolina do seu Brabham e tem de desistir. Hill continua, mais não por muito tempo, pois desiste com problemas de bomba de combustível. O líder era agora Bruce McLaren, mas com o motor a funcionar mal, tem agora o Lótus de Clark a aproximar-se rapidamente…
O golpe final é no gancho La Source: o motor de McLaren morre e ele arrasta-se lentamente até à meta, com Clark a aproximar-se a toda a velocidade. O escocês consegue passar o neozelandês nos últimos metros e ganha a corrida, com McLaren em segundo. Jack Brabham fecha o pódio, na terceira posição, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram os BRM de Richie Ginther e de Graham Hill, e o Brabham de Dan Gurney.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1964_Belgian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr124.html
A Lótus queria estrear aqui oficialmente o seu modelo 33, que era uma versão melhorada do modelo 25, especialmente em termos de suspensão e eixos, que tinham sido redesenhados para poderem permitir aguentar novos tipos de pneus, que eram mais largos do que os predecessores. Contudo, nos treinos, o melhor de todos foi o Brabham de Dan Gurney, que levou a melhor sobre Graham Hill e de Jack Brabham. Na segunda fila ficavam Peter Arundell, no seu Lótus, e John Surtees, enquanto que na terceira fila aparecia Jim Clark, que tinha a seu lado o Cooper de Bruce McLaren e o segundo BRM de Richie Ginther. Na quarta fila estavam o Ferrari de Lorenzo Bandini e o BRM do jovem americano Peter Revson.
Antes da partida, o seu carro sofreu uma avaria, e teve que pilotar o modelo antigo, o Lotus 25. Quando a corrida começou, Peter Arundell larga melhor e toma a liderança, mas no final da primeira volta, Clark, Gurney e Surtees conseguem ultrapassá-lo. Na segunda volta, o inglês da Ferrari leva a melhor sobre o americano da Brabham, enquanto que Graham Hill consegue arrebatar o quarto lugar a Arundell. Mas esta liderança seria de pouca dura, pois Surtees começa a ter problemas de motor e atrasa-se, dando a liderança de novo a Gurney, seguido por Clark e Hill, com Bruce McLaren, no seu Cooper, em quarto lugar, à frente de Arundell e Jack Brabham.
Com o passar das voltas, Dan Gurney afasta-se do resto do pelotão, constituído agora por Clark, Hill e McLaren. Estas começam a afastar-se uns nos outros, primeiro Hill e depois Clark. Mas as quatro voltas finais foram dramáticas e de vencedor incerto, pois todos padeciam do mesmo problema: combustível… ou a falta dela.
Primeiro, Jim Clark foi às boxes para meter alguma água, para evitar sobreaquecer o motor, e não entrar em pane seca nas últimas voltas. Na volta seguinte, subitamente, o líder Gurney tem de abrandar para poupar combustível suficiente para chegar às boxes. Consegue lá chegar, mas perde a liderança a favor de Graham Hill, com Bruce McLaren agora na segunda posição. Só que a equipa não tinha combustível disponível, e Gurney partiu de novo, buscando a liderança perdida. Estávamos agora na volta 31, e Hill era o líder, mas tinha problemas na bomba de combustível, e este não funcionava bem. Logo a seguir vinha McLaren, mas este tinha problemas no seu motor, que não funcionava bem. Gurney tentou apanhá-lo, torcendo que existisse combustível suficiente para a meta.
Mas nessa volta final, os golpes de teatro sucederam-se: quando Gurney apanha McLaren, acaba a gasolina do seu Brabham e tem de desistir. Hill continua, mais não por muito tempo, pois desiste com problemas de bomba de combustível. O líder era agora Bruce McLaren, mas com o motor a funcionar mal, tem agora o Lótus de Clark a aproximar-se rapidamente…
O golpe final é no gancho La Source: o motor de McLaren morre e ele arrasta-se lentamente até à meta, com Clark a aproximar-se a toda a velocidade. O escocês consegue passar o neozelandês nos últimos metros e ganha a corrida, com McLaren em segundo. Jack Brabham fecha o pódio, na terceira posição, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram os BRM de Richie Ginther e de Graham Hill, e o Brabham de Dan Gurney.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1964_Belgian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr124.html
Olá, gostei muito do artigo, como sempre está muito bom.
ResponderEliminarCostumo jogar GPL e a pista de SPA (traçado antigo) é das mais velozes e ao mesmo tempo das que metem mais respeito, muito curtido.
Um abraço