Mais um episódio da novela FOTA vs FIA

FOTA e FIA tiveram nova reunião ontem em Londres, e uma vez mais, não houve acordo entre eles sobre o assunto "tecto orçamental". A entidade liderada por Max Mosley já disse que o tecto orçamental de 47 milhões de euros vai mesmo por diante, pois segundo eles, os representantes da FOTA não estavam mandatados para dicutir regras. Assim sendo, não há acordo e pior, as posições estão extremadas:

"Tal como acordado na reunião de 11 de Junho, peritos financeiros FIA reuniram ontem com os especialistas financeiros da FOTA. Infelizmente, os representantes da FOTA anunciaram que não estavam mandatados para discutir com a FIA as regras da Fórmula 1 para 2010. Na verdade, eles não estavam dispostos a discutir qualquer tipo de regulamentação. Como resultado, a reunião não poderia alcançar o seu objectivo de comparar as regras da FIA com as propostas da FOTA, com vista a encontrar uma posição comum. Na falta de um bom diálogo, as propostas financeiras da FOTA foram discutidas, mas tornou-se claro que a FOTA não seria capaz de limitar severamente as despesas das equipas. Assim os regulamentos financeiros da FIA permanecem tal como foram publicados.", lia-se no comunicado.

Entretanto, este fim de semana, conheceram-se mais duas opiniões sobre esta actual guerra: os ex-pilotos Riccardo Patrese e Olivier Panis confessaram a sua desilusão com a maneira como a Formula 1 passou a ser gerida, e com o impasse na modalidade quanto às regras para 2010. "Toda a gente percebe o risco de [existir] um desastre, mas ao mesmo tempo ninguém está a fazer nada para o impedir", afirmou Patrese.

Já Panis, que este fim de semana esteve a competir nas 24 Horas de Le Mans, pela equipa ORECA, também admitiu o seu desalento com a Formula 1 actual: "Para mim, é ridículo. Estou a adorar esta temporada, porque a Brawn GP está a fazer um excelente trabalho e porque outros pilotos têm ido ao pódio. Mas a política [da F1] é uma piada", afirmou Panis ao site alemão Motorsport-magazin.com.

Neste contexto, e cada vez menos provável uma solução de contento entre as duas partes. E cada vez mais, a ideia de uma cisão é cada vez mais possivel...