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Pessoalmente, sempre soube que tinha este feitio. Sempre. Quem tem o anuário de 1989/90 do Francisco Santos, como eu, e ler a história da Brabham, irá topar uma frase dita pelo "Môco" (a.k.a José Carlos Pace) "anãozinho tenebroso". De facto, pode ser baixinho, mas há muita gente que treme na sua presença. Esta arrogância tipicamente britânica anda muitas vezes de mão dada com a auto-confiança nos pincaros. Tou a dizer isso porque muito do que disse faz lembrar o José Mourinho. Só que o "Special One" ou Il Speziale" nunca elogiou, pelo menos até agora, Adolf Hitler. E o "Mad Bernie" sim. Eis alguns excertos da entrevista publicada hoje no jornal inglês "The Times":
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"A democracia não fez muitas coisas boas em muitos países, incluindo este [Grã-Bretanha]".
"Gosto de pessoas com mentes decididas. Acho que é parvo ir sempre falar com a nossa avó antes de fazer qualquer coisa. Eu tomo decisões, às vezes erradas, às vezes acertadas - desde que se tomem mais acertadas do que erradas, então tudo bem".
"Os políticos actuais estão demasiado preocupados com eleições. Cometemos um erro terrível ao apoiarmos a deposição do Saddam Hussein. Ele era o único que conseguia controlar aquele país. Aconteceu o mesmo com os talibãs [no Afeganistão]. Entramos nos países sem termos qualquer noção da cultura deles. Os americanos provavelmente pensaram que a Bósnia era uma cidade em Miami. Há pessoas a morrerem de fome em África e não fazemos nada mas envolvemo-nos em coisas que deveriamos deixar em paz".
"Prefiro líderes fortes. Margaret Thatcher tomou muitas decisões e cumpriu o seu trabalho. Foi ela que construiu este país lentamente. Deixámo-lo ir abaixo, outra vez. Todos estes políticos, Gordon (Brown) e Tony (Blair) estão sempre a tentar agradar a todos ao mesmo tempo".
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Veremos qual vai ser o impacto que esta entrevista terá, nos dias quem vem a seguir.
Ao que parece a crise na F-1 deve ter feito estragos irreparáveis a cabeça de Bernie.
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