Com o anuncio oficial da retirada de cena da BMW, apareceram logo a seguir as reacções das duas principais entidades da Formula 1: a FIA e a Associação dos Construtores, a FOTA.
No lado da FIA, lançou um comunicado oficial esta manhã lamentando a saída deste construtor da Formula 1, para depois afirmar que não ficou surpreendida com esta decisão: "A FIA lamenta o anúncio da retirada da BMW da Fórmula 1, mas não está surpreendida com isso.
Ficou claro há algum tempo que o desporto automóvel não pode ignorar a crise económica mundial. Não se pode esperar que os fabricantes de automóveis continuem a deitar grandes somas de dinheiro na Fórmula 1, quando a sua sobrevivência depende de despedimentos, encerramentos de fábricas e do apoio dos contribuintes.", declarou.
O comunicado também serve para defender o seu ponto de vista, aproveitando para dar uma "alfinetada" à FOTA: "Se esses regulamentos não tivessem sido tão fortemente contestados por uma série de directores de equipas, a retirada da BMW e outros anúncios semelhantes no futuro poderiam ser evitados.
No entanto, como resultado de uma campanha da FIA para reduzir os custos, as novas medidas estão em vias de ser acordadas para facilitar a entrada de novas equipas e peermitir a participação das já existentes com orçamentos mais reduzidos.
Não é segredo que estas medidas não vão tão longe como a FIA gostaria, mas um compromisso era necessário no interesse da harmonia no desporto. Esperemos que isso seja suficiente para evitar novas retiradas e fornecer uma base sólida para a Formula 1.", afirmou.
Do lado da FOTA, a entidade já demonstrou o seu apoio à marca, que é membro da Associação, prometendo apoio para que se mantenha na Formula 1, tal como fez neste Inverno a Nick Fry e a Ross Brawn, quando a Honda se retirou da competição, no passado mês de Dezembro. Simone Perrilo, porta-voz da FOTA, leu em comunicado a posição da associação: "No que diz respeito ao anúncio feito hoje pela BMW, as equipa da FOTA consultaram-se imediatamente entre si e estamos prontos para garantir todo o apoio necessário à equipa baseada na Suíça, cuja adesão à associação é confirmada, para continuar a sua participação no desporto.", declarou.
"É importante mencionar que já teve inicio um trabalho profissional dentro da FOTA, com vista ao aumento da participação dos adeptos e à melhoria do espectáculo da F1. Entre essas iniciativas, uma que poderia ser interessante é a introdução de um terceiro carro na grelha de partida. A FOTA vai ouvir as opiniões de todas as partes relevantes, com o objectivo de trocar ideias e definir propostas para o futuro da Fórmula 1", continuou.
"As equipas da FOTA pretendem agora ter a necessária segurança e estabilidade na Fórmula 1, de maneira a concentrarem-se nas prioridades fundamentais para o futuro.", conclui o comunicado.
"As equipas da FOTA pretendem agora ter a necessária segurança e estabilidade na Fórmula 1, de maneira a concentrarem-se nas prioridades fundamentais para o futuro.", conclui o comunicado.
http://historiasevelocidade.blogspot.com/2009/07/bmw-ta-forae-o-que-isso-significa-para.html
ResponderEliminarhehe, criei lá no Histórias e Velocidade, mais ou menos ao mesmo tempo, um post falando da mesma coisa. Confere lá, Speeder.
Comentei lá no blog do Ridson, mas comento aqui também:
ResponderEliminarEra uma decisão inevitável devido às proporções que a crise econômica atingiu.
Mas poderia ser diferente caso a F1 fosse mais atrativa. Nem coloco aqui a questão da redução de custos. Acredito que isso não seria totalmente necessário desde que a F1 atraísse mais investimentos.
Mosley pensa em reduzir gastos. Mas ele deveria pensar em atrair mais verba para a categoria.
O problema é que a F1 não possui ideias novas. Mas o que poderia se esperar quando se tem um homem perpetuado no poder?