sábado, 11 de julho de 2009

GP Memória - Grã-Bretanha 1964

Depois de Rouen, a Formula 1 ia para Inglaterra, mais concretamente para o novo circuito de Brands Hatch. Inicialmente, a prova iria acontecer de novo em Aintree, nos arredores de Liverpool, mas o circuito sido vendido a outro proprietário, e este estava mais interessando em construir um bloco habitacional do que acolher um evento como o Grande Prémio da Grã-Bretanha de Formula 1. Assim sendo foram para um circuito no condado de Kent, não muito longe de Londres, que era gerido desde 1961 por John Webb, que nunca escondera a ambição de ter a Formula 1 no seu circuito.


No pelotão, havia uma importante alteração: na Lotus, Peter Arundell sofrera na semana anterior um grave acidente na prova de Formula 2, em Reims, quando colidiu com o americano Richie Ginther. Arundell fora projectado para fora do carro e sofrera fracturas múltiplas nas pernas e braços. No seu lugar, Colin Chapman chamara outro britânico, Mike Spence.


Outras inscrições eram as de um jovem australiano chamado Frank Gardner, num Brabham BT10 privado inscrito pela John Williment Automobiles, e se estreava aqui na mais alta roda da competição, ou o veteraníssimo Maurice Trintrignant, que continuava a conduzir aos 47 anos. Quem regressava era Tony Maggs, no seu BRM da Scuderia Centro Sud, que iria tentar ver se corria uma prova oficial este ano, depois de duas tentativas frustradas, na Holanda e na Bélgica.


Na corrida estavam inscritos 26 carros, onde o mais interessante era ver um carro de quatro rodas motrizes fabricado pela BRM, e conduzido por um jovem de 24 anos chamado Richard Attwood. Contudo, o modelo não funcionou muito bem, e o carro foi retirado antes da corrida.


Nos treinos, Lotus, Ferrari, Brabham e BRM lutavam entre si para conseguir a “pole-position”, e o melhor foi Jim Clark, ainda no seu Lótus 25. Ao seu lado tinha Graham Hill, no seu BRM, e o vencedor da corrida francesa, o americano Dan Gurney, no seu Brabham BT11. Na segunda fila estavam John Surtees, no seu Ferrari, e Jack Brabham, no segundo carro com o seu nome. A terceira fila tinha o Cooper de Bruce McLaren, o prabham privado de Bob Anderson, na sua melhor performance da sua carreira, e o segundo Ferrari de Lorenzo Bandini. A fechar o “top ten” ficaram o Brabham privado de Jo Bonnier e o BRP de Innes Ireland.


A corrida começa com Clark a largar na frente, seguido por Gurney e Hill. Na volta seguinte, o piloto da BRM supera o americano, e pouco depois, Gurney tem de abandonar a sua corrida devido a problemas de ignição no seu carro. A corrida foi uma luta constante entre Clark e Hill, onde ambos pilotavam juntos, mas apesar das ameaças, Hill nunca conseguiu apanhar o piloto da Lótus. A meio da corrida juntou-se-lhes o Ferrari de John Surtees, mas com o tempo, o piloto inglês afastou-se, deixando-os de novo a sós.



Mais atrás, Jack Brabham seguia calmamente na quarta posição, mas teve de parar nas boxes para ver se a suspensão estava a trabalhar bem, pois tinha detectado alguns problemas. Quando voltou à pista, tentou recuperar o quarto posto, que agora pertencia ao segundo Ferrari de Lorenzo Bandini. O ritmo forte que o australiano imprimiu foi compensado a 14 voltas do fim, quando conseguiu passar o piloto italiano, tendo de se contentar este com o quinto lugar, sendo esta a ordem final quando desceu a bandeira de xadrez.


Para finalizar, o último a chegar aos pontos era o americano Phil Hill, no seu BRM, a duas voltas do vencedor Jim Clark. Nessa altura não se sabia, mas era a última vez que o campeão do mundo de 1961 iria pontuar na sua carreira da Formula 1.


Fontes:


http://en.wikipedia.org/wiki/1964_British_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr126.html

1 comentário:

  1. O começo de uma relação bastante forte: Clark e Brands Hatch. ~Por incrível qe pareça, qum não gostava do autódromo era Stewart. Não à toa, nunca ganhou.

    O que eu não conhecia da prova era o cartaz, que até usa de alguns recursos gestálticos, mas, como um legítimo exemplar britânico, é feio de dar dó...

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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...