Depois da vitória de Mika Hakkinen na Hungria, o campeonato esta ao rubro com a luta entre ele e Eddie Irvine. Ambos estavam separados por escassos dois pontos – 56 contra 54 – e qualquer um não se podia dar ao luxo de errar, se queria ter hipóteses de lutar verdadeiramente pelo título. Ainda por cima com a ausência forçada de Michael Schumacher, definitivamente o melhor piloto do pelotão, essa era uma chance que não podia ser desperdiçada.
Máquinas e pilotos chegavam a Spa-Francochamps para disputar a 12ª prova do Mundial de 1999, e os McLaren eram os claros favoritos. Disputado sob tempo seco em todo o fim-de-semana, isso foi bem aproveitado por Hakkinen para conseguir a sua quinta pole-position consecutiva do ano e teria a seu lado o companheiro de equipa, o escocês David Coulthard.
A segunda fila da grelha era toda da Jordan: Heinz-Herald Frentzen era melhor do que Damon Hill, e ambos tinham batido Eddie Irvine, que iria somente largar da sexta posição, batido ainda por Ralf Schumacher, no seu Williams. Rubens Barrichello, no seu Stewart, era sétimo, e Alex Zanardi, no segundo Williams, conseguia o oitavo melhor tempo. A fechar o “top ten” estava o Ferrari de Mika Salo e o segundo Stewart de Johnny Herbert.
Sob céu limpo e sol, e perante mais de cem mil pessoas, máquinas e pilotos preparavam-se para o GP da Bélgica, esperando que não existisse uma nova repetição dos acontecimentos do ano anterior. Não aconteceu, mas esteve quase. Na partida, a embraiagem de Hakkinen teve problemas, o que foi aproveitado por Coulthard para ficar à frente dele. Hakkinen não se intimidou e travou mais tarde para tentar recuperar a posição perdida, só que ambos tocaram no gancho de La Source. O toque foi sem consequências, mas as recordações de Zeltweg, mês e meio antes, vieram à tona. Contudo, o escocês passou para a frente, e não mais largou o lugar até ao final da corrida.
No final da corrida, Hakkinen justificou o que se passou na partida: “Quando as luzes vermelhas se acenderam, precisamos de sentir a embraiagem para saber onde ela está pegando. Só que pegou quando eu não esperava, e o carro deu um pequeno pulo para a frente. Consegui parar imediatamente e pus de novo o pé na embraiagem. Só que nesse momento, as luzes vermelhas acenderam…”
Coulthard disparou na liderança, e Hakkinen limitou-se a segui-lo, enquanto que mais atrás, Frentzen tinha a corrida controlada, mas em ritmo elevado, pois aspirava o segundo posto de Hakkinen. Mais atrás, Irvine estava a ser pressionado por Ralf Schumacher, mas depois do primeiro reabastecimento, perdeu muito tempo atrás de Salo, enquanto que na luta pelo último lugar pontuável estavam Hill e Zanardi. No final, um segundo reabastecimento mais prolongado deu o sexto posto ao veterano piloto da Jordan. Para Hill, este viria depois a ser o seu último ponto na Formula 1.
Quando David Coulthard cortou a meta pela última vez, a McLaren podia celebrar uma dobradinha, mas com a ordem invertida. E se Hakkinen tinha ganho em pista três pontos a Irvine, a falha de ordens de equipa impediu-o de conseguir mais quatro, e assim, o finlandês era o novo líder do Mundial, mas apenas com um ponto de vantagem, em vez de quatro pontos, caso tivesse ganho. E Monza estava ali à esquina…
Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1999/2000, Ed. Talento, Lisboa, 1999
http://en.wikipedia.org/wiki/1999_Belgian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr642.html
Máquinas e pilotos chegavam a Spa-Francochamps para disputar a 12ª prova do Mundial de 1999, e os McLaren eram os claros favoritos. Disputado sob tempo seco em todo o fim-de-semana, isso foi bem aproveitado por Hakkinen para conseguir a sua quinta pole-position consecutiva do ano e teria a seu lado o companheiro de equipa, o escocês David Coulthard.
A segunda fila da grelha era toda da Jordan: Heinz-Herald Frentzen era melhor do que Damon Hill, e ambos tinham batido Eddie Irvine, que iria somente largar da sexta posição, batido ainda por Ralf Schumacher, no seu Williams. Rubens Barrichello, no seu Stewart, era sétimo, e Alex Zanardi, no segundo Williams, conseguia o oitavo melhor tempo. A fechar o “top ten” estava o Ferrari de Mika Salo e o segundo Stewart de Johnny Herbert.
Sob céu limpo e sol, e perante mais de cem mil pessoas, máquinas e pilotos preparavam-se para o GP da Bélgica, esperando que não existisse uma nova repetição dos acontecimentos do ano anterior. Não aconteceu, mas esteve quase. Na partida, a embraiagem de Hakkinen teve problemas, o que foi aproveitado por Coulthard para ficar à frente dele. Hakkinen não se intimidou e travou mais tarde para tentar recuperar a posição perdida, só que ambos tocaram no gancho de La Source. O toque foi sem consequências, mas as recordações de Zeltweg, mês e meio antes, vieram à tona. Contudo, o escocês passou para a frente, e não mais largou o lugar até ao final da corrida.
No final da corrida, Hakkinen justificou o que se passou na partida: “Quando as luzes vermelhas se acenderam, precisamos de sentir a embraiagem para saber onde ela está pegando. Só que pegou quando eu não esperava, e o carro deu um pequeno pulo para a frente. Consegui parar imediatamente e pus de novo o pé na embraiagem. Só que nesse momento, as luzes vermelhas acenderam…”
Coulthard disparou na liderança, e Hakkinen limitou-se a segui-lo, enquanto que mais atrás, Frentzen tinha a corrida controlada, mas em ritmo elevado, pois aspirava o segundo posto de Hakkinen. Mais atrás, Irvine estava a ser pressionado por Ralf Schumacher, mas depois do primeiro reabastecimento, perdeu muito tempo atrás de Salo, enquanto que na luta pelo último lugar pontuável estavam Hill e Zanardi. No final, um segundo reabastecimento mais prolongado deu o sexto posto ao veterano piloto da Jordan. Para Hill, este viria depois a ser o seu último ponto na Formula 1.
Quando David Coulthard cortou a meta pela última vez, a McLaren podia celebrar uma dobradinha, mas com a ordem invertida. E se Hakkinen tinha ganho em pista três pontos a Irvine, a falha de ordens de equipa impediu-o de conseguir mais quatro, e assim, o finlandês era o novo líder do Mundial, mas apenas com um ponto de vantagem, em vez de quatro pontos, caso tivesse ganho. E Monza estava ali à esquina…
Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1999/2000, Ed. Talento, Lisboa, 1999
http://en.wikipedia.org/wiki/1999_Belgian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr642.html
Brilhante publicação (mais uma vez) Speeder!
ResponderEliminarTenho só a acrescentar este link, que vai dar ao vídeo oficial da FIA sobre essa corrida, que está no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=WWLE6xq26FM.